quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Crise chinesa, alerta mundial?

Escrevi em novembro de 2006 - Clique e veja sobre a liquidez mundial e suas consequências.

O que está ocorrendo na China é prenúncio e aviso. Escrevi outro artigo alertando sobre uma possível crise americana- Clique e veja.

Hoje assisti e li em diversos jornais que o problema tem várias causas, mas discordo. A verdade é uma só, insisto: O excesso de liquidez mundial e a bolha criada. Vejam como não é tão complicado o raciocínio:
O mundo cresce, especialmente a China, há muitos anos. Criou-se riqueza, aumento de renda. A classe média, empregados remunerados atraídos pela alta dos mercados entram e compram mais. Lenha na fogueira, os preços com pressão compradora sobem mais. Uma hora esta bolha estoura, perde-se folêgo e o mercado passa de comprador a vendedor. O efeito manada se estabelece e todos correm para sair. Os profissionais já realizaram lucro e a bomba sobra nas mãos dos últimos, normalmente os incautos.

Foi isso que ocorreu na China. As justificativas de intervenção do governo são falácias. Ela é necessária e mais cedo ou mais tarde ocorrerá para melhorar a bolsa de Xangai. O processo de aperfeiçoamento é natural, não faz cair mercado.

Porque então esta queda que levou o mundo inteiro na economia globalizada é sinal de alerta?

Modelos matemáticos e o próprio Allan Greenspan, ex-presidente do FED americano, já falam em possível recessão americana este ano.

A China vive o mesmo processo de euforia e crescimento. A diferença é que lá as coisas são nebulosas, a economia é pouco transparente, variáveis podem estar sendo manipuladas, a democracia é imperativa na segurança de um mercado. A prosperidade chinesa sofrerá também uma correção de rumos.

Fácil perceber e predizer: Se as duas maiores economias mundiais sofrerem as crises anunciadas o mundo virá a reboque. Se a China é vista como potencial primeira economia mundial em 2015, a crise é necessária e natural.

A questão não é ser alarmista, é ser realista.Não ser otimista ou pessimista. A diferença entre o otimista e o pessimista é que o último talvez saiba lidar melhor com os momentos de infortúnio.

A pergunta que faço e deixo no ar, como em vários artigos: Como ficará o Brasil perante uma crise mundial? Minha sensação não e nada boa.

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