quinta-feira, fevereiro 01, 2007

O problema da previdência no brasil!

Pensando com a razão ou com a emoção?

Hoje vi uma entrevista de Lula falando do problema da previdência, ou melhor, do deficit.
Ele já havia pronunciado em Davos que o deficit era do tesouro sendo política social, hoje confirma a sua tese: " A constituinte de 1988 ampliou os benefícios da aposentadoria para trabalhadores rurais, idosos, etc. Eles precisam ser atendidos e ai está a origem do problema", disse Lula.
Ok, concordo inclusive que a constituinte de 88, vendida como a salvação do país, criou monstros jurídicos e distorções que custaram e ainda custarão muito ao Brasil, não só este.
Lula está falando com o coração. Quem paga esta conta presidente?
A fatura da previdência chega a 12,7% do PIB, algo como R$ 260 bilhões. Para se ter uma noção na Argentina é de 8,2% do PIB. O importante na verdade é o equilíbrio da relação arrecadação x benefício. A população beneficiada gira em torno de 5,3% no Brasil.
A altíssima oneração das empresas para arrecadar os fundos, umas das causas da informalidade do emprego, não cobre o custo, nem de perto. Outros dois problemas graves são a corrupção e perdas por ineficiência.
Ou seja, cavamos um buraco, pago pela maioria para atender uma minoria.
Outro grave detalhe: A população mais velha está crescendo mais que as outras faixas de idade, isso é gasolina na fogueira previdenciária.
A pergunta permanece: Quem paga a conta?
Há muito se fala em reforma da previdência, mas até agora nada.
A verdade dói, mas como disse também hoje Roberto Brant, ex-ministro da área: "O Brasil tem que optar se continua gastando 15% do PIB para atender idosos, ou seus jovens com carência de educação e saúde".
É uma decisão díficil, mas alguma saída deve ser encontrada, do jeito que está nem jovens, nem velhos, nem moços serão atendidos. Ou podemos optar e continuaremos com apagão aéreo, de estradas, de energia, de saúde, de educação...
Na minha modesta opinião, previdência deveria ser privada, ou mesclada governo e empresas, assim funciona em vários países. Parece ser o caminho.

Clique e veja uma matéria da Folha sobre o deficit.

Clique e veja uma abordagem do problema pela CNI e algumas sugestões de reforma.

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