quarta-feira, dezembro 09, 2020

A falácia do discurso que a pobreza de muitos é criada pela riqueza de alguns.

 A falácia do discurso que a pobreza de muitos é criada pela riqueza de alguns.

Fonte: 1. http://www.ihu.unisinos.br/186-noticias/noticias-2017/574081-a-reducao-da-extremapobreza-no-mundo-desde-1820
2. https://ourworldindata.org/ “Our World in Data”, projeto da Universidade de Oxford com muitos indicadores globais.

A preocupação com relação à pobreza costuma ser confundida com a preocupação sobre diferença de renda, como se a riqueza dos ricos originasse a pobreza dos pobres e fosse razão da sua existência. Esta é uma das várias formas da falácia de soma zero.

Na verdade, os avanços tecnológicos, da própria economia e de outras ciências foram sempre combatendo a pobreza e sempre buscando a melhoria de qualidade de vida do ser humano.

O gráfico acima mostra que a população mundial era de 1,08 bilhão de habitantes em 1820, com 1,02 bilhão vivendo na extrema pobreza (representando 94% da população total) e 60,6 milhões vivendo acima da linha da extrema pobreza (representando 6% do total). Em 1970, a população mundial passou para 3,69 bilhões de habitantes, sendo 2,2 bilhões na extrema pobreza (60,2%) e 1,47 bilhão de pessoas acima da linha da extrema pobreza (39,8%). Mas a partir de 1970 a população total cresceu muito, enquanto a parcela populacional vivendo na extrema pobreza caiu rapidamente.

Em 2015, a população mundial chegou a 7,35 bilhões de habitantes, com 6,6 bilhões (89,8%) acima da linha da extrema pobreza e 705,6 milhões de pessoas (10,2%) vivendo na extrema pobreza. Em resumo, a extrema pobreza caiu de 94% do total populacional, em 1820, para 10% em 2015. Fato extraordinário.

Vale destacar que os indicadores demográficos melhoram muito desde então, redução de mortalidade infantil, expectativa de vida e de forma geral a qualidade de vida da população. A pobreza não acabou e talvez nunca acabe, mas foi sendo reduzida e tem que ser sempre combatida, até pela própria sobrevivência do mercado.

Isso se deu pelo avanço tecnológico e das ciências em geral, principalmente a economia.

A pobreza e a injustiça social sempre existiram. A desigualdade e classes privilegiadas datam de 10 mil anos atrás quando o homem começa a se organizar em comunidades, deixa de ser nômade, reforça sua condição de sedentário (fixado a terra na primeira civilização ás margens dos Rios Tigres e Eufrastes).

Os primeiros pensadores da economia (Adam Smith, David Ricardo e Stuart Mill) eram filósofos e alertaram para as injustiças sociais que o livre mercado traria.

O socialismo surge na Revolução Francesa, palco da revolta contra o absolutismo e a miséria herdade da Era Feudal, e segue se intensificando na Revolução Industrial pelos abusos que o capitalismo selvagem da época promovia. Era inegável que correção de rumos e ajustes eram precisos.

Os socialistas utópicos viraram os socialistas científicos e depois as fabianos e a social democracia, mas não se conhece que alguns deles representou a panaceia para solução das desigualdades e injustiças sociais.

O capitalismo não é a antítese do socialismo, eles podem e devem conviver em um regime político com liberdade e democracia, isso sim funciona.

Demonizar o capitalismo já mostra a falácia que estes dados aqui mostram, e dizer que não precisamos olhar para as graves injustiças sociais que existem no mundo é tapar o sol com a peneira.

O capitalismo tem problemas, mas ele se regenera, ele é um processo, tem a resiliência para superar a inclinação negativa de seus ciclos. Hoje nos deparamos com a disrupção tecnológica, rápida e implacável que mudará muitos conceitos, sempre fazendo o bem, mas podendo fazer o mal, pelo menos para menos favorecidos.

Nosso olhar tem que ser na direção de corrigir os rumos. Não acreditar que a panaceia ainda terá sua vez. O Socialismo ainda não existiu de verdade é outro discurso que demanda atenção. A democracia tem sido usada por quadrilhas, verdadeiras camarilhas, em vários cantos do planeta. Isso é muito pior do que as desigualdades que ainda existem e precisam ser combatidas.

Murilo Prado Badaró – Economista e ambientalista

Assim caminha a humanidade

 



Artigo interessante sobre como serão algumas situações da população, idade média, renda, pobreza, etc.
Vale a pena ler o artigo:



Para as pessoas entenderem melhor como o mercado e a liberdade fazem isso segue ai um artigo meu sobre a evolução da riqueza desde a Revolução Industrial.





quarta-feira, outubro 07, 2020

Existe legitima intervenção do estado no mercado?

 


Complexo o tema, polêmico com certeza.

Em tese, nós liberais, não admitimos a intervenção do estado na economia e no mercado. O mercado sempre fará mais, entretanto, o estado precisa ser o guardião de uma coisa chamada justiça, onde todos devem ter os mesmos direitos e deveres, os mais fracos não podem ser subjugados pelos mais fortes, a proteção deve acontecer a quem precisa. O mercado não é a panaceia, não é infalível e neste momento o estado pode ter seu papel. 

Qual é o momento? Esta seria a pergunta de um milhão de dólares. Muitas vezes, ´principalmente em regimes socialistas que sempre descambam para as ditaduras, a intervenção falha, e óbvio é invocada em nome da justiça social e da igualdade de direitos.

Pois bem. O estado pequeno é o ideal, mas precisa força para interferir eventualmente.

No início do século XX, o pujante país Estados Unidos da América, no auge da continuidade da Revolução Industrial do século XIX, sem regras e sem conhecimentos da "selvageria" do capitalismo que era então questionado, com toda razão, por muitos. Onde as injustiças iniciadas na Revolução Industrial há 200 anos atrás dava legitimidade para o comunismo crescer em críticas, muitas com a razão e legitimidade no momento.

Não, o comunismo também acabou se mostrando, não é tão pouco a panaceia. Durante quase toda metade do século XX quase todos acreditaram nisso, mas em 1989 o sonho acabou. Era previsível.

Então, qual o ideal? O estado forte, pequeno e atuando na regulação para frear as selvagerias do mercado livre. Lógico que os abusos do mercado livre e selvagem do início do século XX e oriundo da Revolução Industrial foram sendo sanados até os dias de hoje. Não, não está perfeito, precisamos de mais ajustes e atenção, principalmente na Quarta Revolução como está sendo chamado este momento maravilhoso, mas com riscos, principalmente porque temos muitas coisas ainda desconhecidas em seus efeitos sobre a sociedade. Não existe estrada de mão única.

Vamos lá.

No inicio do século XX.

Em 1906, seis grandes sistemas ferroviários controlavam 95% da quilometragem do país. Já em 1904, as 2.000 maiores empresas dos Estados Unidos representavam menos de 1% dos negócios do país. Ainda assim, eles produziram 40% dos bens do país. No início do século 20, muitos setores importantes da economia americana eram dominados por um punhado de empresas, uma condição que os economistas chamam de "oligopólio".

Clique e leia


Os Estados Unidos estavam sendo dominados pelo oligopólio dos transportes, do petróleo e do sistema financeiro. Houve a criação da lei Antitrust. Legítima para o momento.

Leia sobre os primeiros oligopólios nos EUA.

O governo interveio e paralisou a selvageria abrindo caminho para a grande prosperidade que viria a transformar os EUA no país mais poderoso do mundo.

Nos anos 80, houve nova intervenção.

O poder e o monopólio da AT&T e Bell fizeram nova intervenção. Na época, eu estudante de economia, conheci uma palavra em inglês que nunca mais esqueci: DIVESTITURE.

A dissolução da Bell para frear o oligopólio. 

Quem quiser ler mais veja aqui. 

 Hoje, em plena revolução da tecnologia, da disrupção, temos que talvez enfrentar este dilema, mais uma vez.

Uma subcomissão da Câmara dos Deputados dos EUA divulgou na terça-feira (6) um relatório que condena as empresas ‘Big Tech’ – Amazon, Apple, Google e Facebook – por terem abusado de seu poder, e recomenda legislação para obrigar as empresas a dividirem suas linhas de negócios. A subcomissão antitruste é parte da Comissão do Judiciário, que fiscaliza o trabalho dos tribunais e das agências federais de aplicação da lei. Clique e leia

Olha que nos anos 80 as empresas envolvidas não tinham o poder que estas têm hoje.

O dilema de Sofia? Pode ser, mas já existem fortes correntes no mundo para que algumas questões da disrupção tecnológica e concentração de poder na mão de alguns players seja estudada cuidadosamente. Tem muita coisa boa vindo ai, mas tem coisa ruim também.

Como liberal convicto fico preocupado, mas como historiador amador e economista vejo que pode fazer sentido, as outras vezes que aconteceu, deram resultados.

A minha previsão: Acho que a chance é grande. O mercado vai se abalar no momento que ocorrer, se ocorrer, mas depois tudo volta ao normal. Espero.

A minha convicção de que o estado deve ser mínimo permanece. Não acredito no estado de bem estar social sem mercado e economia forte, mas o estado precisa ter mecanismos de ação quando o próprio capitalismo e o mercado podem ser seus próprios inimigos. O fim do capitalismo e do mercado é o fim de todos, inclusive do estado com a democracia e liberdade.


sexta-feira, setembro 25, 2020

Tecnologias em teste, disrupção tecnológica e pode apostar, breve você estará usando e usufruindo

 


Não tem volta, em testes milhões de coisas que vão mudar ainda mais nossa vida. 

Dados extraídos do livro: A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL de Klaus Schwab

Formado em Engenharia e Economia.Doutor em Economia pela Universidade de Friburgo e em Engenharia pelo Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH Zurich). Mestre em Administração Pública pela Kennedy School of Government da Universidade de Plarvard. Fundador e Presidente Executivo do Fórum Econômico Mundial.

O livro é de 2016, mas está mais atual do que nunca, e acreditem, de lá para cá isso só aumentou.

Aguardem:

Na quarta revolução industrial, a conectividade digital possibilitada por tecnologias de software está mudando profundamente a sociedade. A escala do impacto e a velocidade das mudanças fazem que a transformação seja diferente de qualquer outra revolução industrial da história da humanidade. 

Computação ubíqua: 90% da população com acesso regular à internet. A computação está se tornando mais acessível a cada dia; a capacidade de processamento nunca esteve mais disponível para as pessoas — seja por meio de um computador com conexão à internet, seja por um smartphone com 3G/4G (livro de 2016, esqueceu o 5G) ou serviços na nuvem.

Hoje, 43% da população mundial está conectada à internet.79 1,2 bilhão de smartphones foram vendidos somente em 2014.80 Estima-se que em 2015 as vendas de tablets ultrapassarão as vendas de computadores pessoais (PCs) e que a cada computador vendido, seis telefones celulares terão saído das lojas. Tendo em vista que internet tem superado todos os outros canais de mídia na velocidade de sua adoção, espera-se que, em poucos anos, três quartos da população mundial terão acesso regular à rede.

No futuro, o acesso regular à internet e às informações deixará de ser um benefício de economias desenvolvidas, mas um direito básico, como água limpa. Já que as tecnologias sem fios requerem infraestruturas menores do que muitos outros serviços (eletricidade, estradas e água), elas, muito provavelmente, se tornarão acessíveis muito mais rapidamente do que os outros. Portanto, qualquer pessoa de qualquer país será capaz de acessar e interagir com as informações do canto oposto do mundo. A criação de conteúdo e a disseminação se tornarão mais fáceis do que nunca.

O primeiro telefone celular implantável e disponível comercialmente. Até 2025: 82% dos entrevistados esperam que esse ponto de inflexão ocorra. As pessoas estão se tornando cada vez mais conectadas a dispositivos, e esses dispositivos estão cada vez mais se tornando conectados aos seus corpos. Os dispositivos não estão apenas sendo usados, mas também implantados nos corpos, servindo a comunicações, localização e monitoramento de comportamento e de funções de saúde.

 Tatuagens digitais não são apenas bonitas, mas podem também executar tarefas úteis, como desbloquear um carro, digitar os códigos de um telefone celular ao apontar o dedo ou acompanhar os processos físicos do corpo.

Fonte: https://wtvox.com/3d-printing-in-wearable-tech/top-10-implantable-wea rablessoon-

De acordo com um artigo da WT V0X: “A poeira inteligente — matrizes de computadores completos com antenas, cada uma muito menor que um grão de areia — pode agora se organizar dentro do corpo em redes conforme sejam necessárias para alimentar toda uma gama de processos internos complexos. Imagine enxames disso atacando as primeiras células cancerosas, trazendo alívio para a dor de um ferimento ou mesmo armazenando informações pessoais essenciais de uma forma profundamente criptografada e difícil de serem “hackeada”. Com a poeira inteligente, os médicos poderão agir dentro de seu corpo sem precisar cortá-lo e as informações poderiam ser armazenadas dentro de seu corpo, de maneira profundamente criptografada, até você desbloqueá-las a partir de sua nano rede extremamente pessoal”.

Fonte:  <https://wtvox.com/3d-printing-in-wearable-tech/top-10-implantable-wea rablessoon-

A pílula inteligente, desenvolvida pela Proteus Biomedical e Novartis, possui um dispositivo digital biodegradável anexado a ela que transmite dados para o seu telefone sobre como o corpo está interagindo com a medicação.

Fonte:  <http://cen.acs.org/articles/90/i7/Odd-Couplings.html>.

Nossa presença digital : 80% das pessoas com presença digital na internet. Até 2025: 84% dos entrevistados esperam que esse ponto de inflexão ocorra. A presença no mundo digital tem evoluído rapidamente nos últimos 20 anos ou mais. Há apenas 10 anos, isso significava ter um número de celular, um endereço de e-mail e talvez um site pessoal ou página do MySpace.


Clique e veja  Metade da população mundial já está inserida nas mídias sociais

10% de óculos de leitura conectados à internet. O Google Glass é apenas a primeira de muitas maneiras possíveis em que óculos, lentes/fones de ouvido e dispositivos de rastreamento ocular podem se tornar “inteligentes” e levar os olhos e a visão a se tornarem a conexão com a internet e com os dispositivos conectados.
Já existem óculos no mercado atualmente (não apenas produzido pelo Google) que podem:
— Possibilitar a livre manipulação de tam objeto em 3D, permitindo que ele seja moldado como o se fosse argila.
— Fornecer todas as informações adicionais ao vivo que você precisa quando você vê algo, da mesma forma que o cérebro faria.
— Mostrar um menu do restaurante pelo qual você está passando.
— Projetar fotos ou vídeos em qualquer folha de papel.


Tecnologia vestível: 10% das pessoas com roupas conectadas à internet.

A Gartner, empresa de pesquisa e consultoria, estima que cerca de 70 milhões de relógios inteligentes e outras pulseiras (bands) serão vendidos em 2015; esse total aumentará para 514 milhões em cinco anos.

A Mimo Baby criou uma babá eletrônica vestível que informa sobre a respiração do bebê, a posição de seu corpo, as atividades de sono etc.; os dados podem ser visualizados em um iPad ou smartphone. (Isso causou certa controvérsia: qual a linha que separa o que é algo que ajuda e a criação de uma solução para um problema que não existe? Neste caso, os adeptos dizem que o dispositivo ajuda o bebê a dormir melhor, enquanto os críticos dizem que os pais  estão sendo substituídos pelos sensores.)

Fontes:  <http://money.cnn.com/2015/04/16/small business/mimo-wearable-baby-monitor/>.

A Ralph Lauren desenvolveu uma camiseta esportiva que fornece dados dos exercícios em tempo real, medindo o suor, os batimentos cardíacos, a intensidade da respiração etc.

O Ford GT tem 10 milhões de linhas de código de computador.
O novo modelo do popular VW Golf tem 54 unidades computadorizadas de processamento; até 700 unidades de dados são processadas pelo veículo, gerando seis gigabytes de dados por carro.
Espera-se que mais de 50 bilhões de dispositivos estejam conectados à internet até 2020. Para comparar, a Via Láctea, a galáxia da terra, contém apenas cerca de 200 bilhões de sóis!
A Eaton Corporation inclui sensores em mangueiras de alta pressão que percebem quando a mangueira está a ponto de rasgar-se, prevenindo acidentes potencialmente perigosos e economizando com os altos custos do tempo de inatividade das máquinas que utilizam as mangueiras como componente
principal.
Já no ano passado, de acordo com a BMW, 8% dos carros em todo o mundo, ou 84 milhões, estavam conectados à internet de alguma forma. Esse número crescerá para 22%, ou seja, 290 milhões de carros até 2020.

Carros sem motorista Os testes com carros sem motorista, efetuados por grandes empresas como a
Audi e o Google, já estão em curso; várias outras empresas também estão se esforçando para o desenvolvimento de novas soluções. Esses veículos podem ser potencialmente mais eficientes e mais seguros do que os carros com pessoas por trás do volante. Além disso, eles poderiam reduzir os congestionamentos, as emissões e suplantar os modelos existentes de transporte e logística.

A casa conectada: Mais de 50% do tráfego da internet consumida nas casas para os aparelhos e dispositivos (não para o entretenimento ou a comunicação).
No século XX, a maior parte da energia que entrava nas casas servia o consumo pessoal direto e iluminação). Mas ao longo do tempo, a quantidade de energia utilizada para esta e outras necessidades foi eclipsada por dispositivos muito mais complexos, desde torradeiras e máquina de lavar louça até
televisores e aparelhos de ar-condicionado.

Cidades inteligentes: a primeira cidade com mais de 50 mil pessoas e sem semáforos.
Muitas cidades conectarão serviços, redes públicas e estradas à internet. Essas cidades inteligentes irão gerenciar sua energia, fluxos de materiais, logística e tráfego. Cidades progressistas, como Singapura e Barcelona, já estão implementando muitos novos serviços baseados em dados, incluindo soluções de
estacionamento, coleta de lixo e iluminação inteligentes. As cidades inteligentes estão continuamente ampliando sua rede tecnológica de sensores e trabalhando em suas plataformas de dados, que serão o centro de conexão dos diferentes projetos tecnológicos e da adição de serviços futuros, com base na ciência da análise de dados e modelagem preditiva.

Além disso e a ponta de um iceberg temos a IA (Inteligência Artificial), Big Data, robótica, nanotecnologia, etc. etc....enfim, não dá para descrever o que virá por ai, com avanços cada vez mais rápidos.

Os Jetsons (lembra do desenho?) já foram ultrapassados pela tecnologia do século XXI.

Sim, temos que ter consciência, estas maravilhas trarão junto desigualdade, isolamento social, e outras coisas que precisam ser administradas para que o aproveitamento da humanidade seja total e sem injustiças.

Antes que os "defensores" do estado como solução para tudo digam alguma coisa, vamos lá:

É preciso sim regulação e atenção, mas o mercado deve ser soberano, o lucro e o comércio que movem a inovação e a evolução. É preciso encontrar um ponto de equilíbrio no papel dos 2 atores, Não tenho a receita, mas confia na racionalidade e bom senso do ser humano, sempre foi assim.

Não será restrito só a pessoas de alta renda. TODOS se beneficiarão.

 Além disso, os smartphones e tablets atuais contêm mais capacidade de processamento que muitos dos antigos supercomputadores, que costumavam encher uma sala inteira. Em 1985, o supercomputador Cray-2 era a máquina mais rápida do mundo. A capacidade do iPhone 4, lançado em junho de 2010, era equivalente ao Cray-2; agora, apenas cinco anos mais tarde, o relógio da Apple tem a velocidade equivalente a dois iPhones 4. Tendo em vista a queda contínua do preço de varejo ao consumidor dos smartphones para abaixo dos US$ 50.

Espera-se que o número total de assinantes de telefonia celular (smartphones) seja de 3,5 bilhões em 2019, isto é, taxa de penetração de 59%, superando a taxa de penetração de 50% em 2017 e enfatizando o crescimento
significativo desde a taxa de 2013, isto é, 28%.


No Quênia, a Safaricom, operadora líder de serviços móveis, informou que 67% de suas vendas em 2014
foram de smartphones e a GSMA prevê que a África terá mais de meio bilhão de usuários de smartphones até 2020.
A mudança dos aparelhos já ocorreu em muitos países em continentes diferentes (atualmente, a Ásia lidera essa tendência), pois mais pessoas estão usando seus telefones inteligentes em vez de PCs tradicionais. A adoção de
smartphones tende a acelerar com os avanços da tecnologia para a miniaturização dos aparelhos, aumento da capacidade de processamento e, especialmente, diminuição do preço dos produtos eletrônicos.
Países como Singapura, Coreia do Sul e os Emirados Árabes Unidos (EAU) são os que estão mais perto de atingir o ponto de inflexão de 90% da população utilizando smartphones.

A sociedade está a caminho de adotar máquinas ainda mais velozes que permitirão aos usuários realizar tarefas complicadas em qualquer lugar.
Provavelmente, o número de dispositivos que cada pessoa usa crescerá bastante, não só por suas novas funções, mas também em razão do surgimento de aparelhos para tarefas especializadas.

Impactos positivos
— Maior participação econômica das populações desfavorecidas, localizadas em regiões remotas ou subdesenvolvidas (“último quilômetro”).
— Acesso aos serviços de educação, saúde e governo.
— Presença.
— Acesso ao conhecimento, maior emprego, mudança nos tipos de trabalhos.
— Expansão do tamanho do mercado/comércio eletrônico.
— Mais informações.
— Maior participação cívica.
— Democratização/mudanças políticas.
— “Ultimo quilômetro”: maior transparência e participação, contra o
aumento da manipulação e câmaras de eco.

Vivemos hoje em um mundo sob demanda; 30 bilhões de mensagens de WhatsApp são enviadas todos os dias32 e 87% dos jovens nos Estados Unidos disseram que nunca deixam de lado seus smartphones, 44% utilizam diariamente a câmera de seus telefones.33 Este é um mundo em que o mais importante é a partilhapeer-to-peer e o conteúdo gerado pelo usuário. E um mundo do agora um mundo em tempo real, com direções de tráfego instantâneas e compras entregues diretamente em sua porta. Este “mundo do agora” exige que as empresas respondam em tempo real, onde quer que elas estejam ou onde quer que seus clientes e fornecedores possam estar.

Seria um erro supor que isso se limita às economias de alta renda.

Vejamos o exemplo das compras on-line na China. No dia 11 de novembro de 2015, chamado de Single Day (Dia único) pelo grupo Alibaba, o serviço de comércio eletrônico lidou com mais de mais de US$ 14 bilhões em transações on-line, 68% das vendas ocorreram por meio de dispositivos móveis. 

Outro exemplo ocorre na África subsaariana; esta é a região de maior crescimento em termos de assinaturas de telefones celulares, o que demonstra que a internet móvel está deixando a linha fixa para trás. A GSM Association espera por mais 240 milhões de usuários de internet móvel na África subsaariana nos próximos cinco anos.

E, enquanto as economias avançadas têm as maiores taxas de penetração das mídias sociais, o leste asiático, o sudeste Asiático e a América Central estão acima da média global de 30% e em rápido crescimento. WeChat (Weixin), um serviço chinês de mensagens de texto e de voz para celulares, ganhou cerca de 150 milhões de usuários em apenas 12 meses até o final de 2015, um crescimento anual de, no mínimo, 39%.


quinta-feira, setembro 17, 2020

Bolsa de valores e mercado financeiro, quais são as projeções ?

 


Vamos lá. Já disse que se fosse pitonisa estaria operando em Wall Street. Não há como prever o futuro com certeza.

No mercado financeiro há como fazer projeções, não sem antes saber que fatores exógenos e comportamentais podem mudar tudo.

O mercado financeiro que movimenta o mundo, são as bolsas de valores, commodities, derivativos, etc.

O Brasil passa por um momento mágico para nosso mercado. Vou explicar porque e deixar aqui registrado.

Nos últimos 30 anos nunca tivemos juros baixos. Sempre vivemos na usura e na armadilha do rentismo.

Hoje com a Selic a 2% e a concorrência á máfia bancária, o mundo será melhor em breve para o setor produtivo, e isso quer dizer, para todo mundo. Gerar emprego e renda é a melhor forma de fazer justiça social. Oportunidades para todos e muito estudo e educação.

As ferramentas disponíveis no mercado, fruto da tecnologia, da inteligencia artificial são fantásticas, estou impressionado quando volto a este mundo agora. Volto porque participei muito nos anos 80. Uma das coisas que me arrependo na vida, foi ter saído do mercado, mas isso é passado e aprendi muito, coisa que vai me ajudar agora no meu retorno.

As reformas em curso no Brasil, administrativa, tributária e política (que ainda precisa ser melhorada, e muito) somadas aos juros baixos e o fim do rentismo, vão abrir uma grande janela pára o mercado financeiro.

Um detalhe: Bolsa não é jogo, não vive só de especuladores. Bolsas são formas de captação de recursos, proteção para os negócios, etc.

Sim, os especuladores são parte dela, eles movimentam os mercados e dão liquidez as bolsas. São pilares do negócio.

Olhem que dado impressionante.


Temos 1% da população operando no mercado financeiro. Nos EUA são 65%.

No Brasil, 0,3% das pessoas estão na cadeia, enquanto 0,29% investem na bolsa. Já nos Estados Unidos, 65% investem em ações e 0,73% estão presas. Veja este artigo.
 
Na verdade este número melhorou, quase dobrou em poucos anos recentes. Muito bom, mas falta muito ainda. Isso de deve em parte aos juros baixos, mas a tecnologia e a famosa disrupção tecnológica que sempre falo e sou fã, fazem o resto.

Hoje tem muita gente operando, ferramentas excelentes, informações a vontade e a meninada vai caminhando firme, usando a tecnologia e os estudos para ir ao mercado.

Um alerta. Não é para as pessoas se jogarem na Bolsa e mercado financeiro sem antes estudar muito ou buscar assessoria especializada. Fica a dica.

Não sei o futuro, mas os ventos são muito favoráveis.

Passando as reformas, imprescindíveis e necessárias ao Brasil, com a manutenção das taxas de juros baixas e a entrada de pessoas no mercado , aumento da demanda não só institucional, o mercado vai longe.

Quando? Não sei, não há como prever o futuro, não será tão demorado, mas fica aqui o registro . O MERCADO VAI BOMBAR.

Outra dica: O mercado anda em zig zag, ele precisa de idas e vindas para ganhar força. Não se assustem com as quedas, sempre foi assim.







segunda-feira, setembro 14, 2020

A quarta revolução industrial

 


Acabando de ler este livro, muito bom. Escrito antes da pandemia ele mostra muito que aconteceu na pandemia.

Alguns dados são impressionantes.

Processo inexorável, precisamos ter consciência para administrar as mudanças, rápidas e abrangentes.

A disrupção acelerada na pandemia trará custos e benefícios.

Não haverá nova ordem mundial, precisamos nos adaptar nesta que vem ai. Sempre foi assim,

Para alguém que ainda acredita no "socialismo" e na intervenção do estado se sobrepondo ao mercado, deixo um artigo meu com dados da nossa evolução.


Está tudo no artigo, mostrando que a evolução é parte da nossa natureza. O homem muitas vezes atrapalha.
Alguns trechos do livro.

Seria um erro supor que isso se limita às economias de alta renda. Vejamos o exemplo das compras on-line na China. No dia 11 de novembro de 2015, chamado de Single Day (Dia único) pelo grupo Alibaba, o serviço de comércio eletrônico lidou com mais de mais de US$ 14 bilhões em transações on-line, 68% das vendas ocorreram por meio de dispositivos móveis.
Outro exemplo ocorre na África subsaariana; esta é a região de maior crescimento em termos de
assinaturas de telefones celulares, o que demonstra que a internet móvel está deixando a linha fixa para trás. A GSM Association espera por mais 240 milhões de usuários de internet móvel na África subsaariana nos próximos cinco anos. E, enquanto as economias avançadas têm as maiores taxas de penetração das mídias sociais, o leste asiático, o sudeste Asiático e a América Central estão
acima da média global de 30% e em rápido crescimento.

De acordo com uma estimativa do Oxford Martin Programme on Technology, apenas 0,5% da força de trabalho dos EUA está empregada em indústrias que não existiam na virada do século, umaporcentagem muito menor do que os aproximadamente 8% novos postos de trabalho criados em novas indústrias durante a década de 1980 e os 4,5% de novos postos de trabalho criados durante a década de 1990. O fato é corroborado por um recente censo econômico dos EUA, que esclarece uma interessanterelação entre tecnologia e desemprego. Ele mostra que as inovações em tecnologias da informação e em outras tecnologias descontinuadoras tendem aelevar a produtividade por meio da substituição dos trabalhadores existentes;mas não por intermédio da criação de novos produtos que necessitam de mais trabalho para serem produzidos.

Dois pesquisadores da Oxford Martin School, o economista Cari Benedikt Frey e o especialista em aprendizagem automática Michael Osborne,quantificaram o efeito potencial da inovação tecnológica no desemprego; eles classificaram 702 profissões de acordo com a probabilidade de sua automatização, desde as que correm menor risco de serem automatizadas (“0” -nenhum risco) até aquelas com maior risco (“1” - certo risco de o trabalho ser substituído por algum tipo de computador).. 

quarta-feira, setembro 09, 2020

Armadilha para o futuro do Brasil , o défict público

 



Keynes deixou escola.
Era necessário sem dúvida, mas temos que sair logo do problema.
A solução?
Gerar emprego e renda, fazer o país voltar a crescer 3%, 4% ou mais.
É viável? Claro que é, se tomado o caminho certo.
Perigo disso tudo, apropriação da ajuda politicamente e manutenção do problema. Infelizmente. Issi foi denunciado pelo Milton Friedman quando criaram o Imposto de Renda negativo. 
Clique e veja postagem sobre isso.  Quem diria, o bolsa família não foi invenção de FHC e nem de Lula.

Os arrimos do caixa público

Os arrimos do caixa público representam 36% da população total de 212 milhões. Ou 44% da população em idade de trabalhar (174 milhões acima de 14 anos). Equivale a 79% da população ocupada, ou força de trabalho, de 96 milhões (73% antes da pandemia, quando 105 milhões tinham alguma atividade remunerada). Ou 142% dos empregos formais.

É óbvio que não há economia que aguente tamanho ônus. Quem tentou, ruiu, como a Índia antes da abertura econômica, a finada URSS, e a China, paupérrima, com eventos de canibalismo, até os anos 1970.

Não é que o problema seja o Estado de bem-estar, longe disso. Está no Estado hipertrofiado para tantas demandas; carente do que possa mitigar os ônus, o que requer investimentos, empresas em expansão e o uso maciço da tecnologia da informação; sem foco no crescimento sustentado; sem estratégia para gerar empregos que não colidam com o viés da produtividade; sem foco na educação profissionalizante, contemplada pela novo ensino médio, mas ainda não implantado.


Para ler o artigo todo.


quinta-feira, junho 25, 2020

Escravidão, curiosidades importantes e horripilantes.




A escravidão é abominável sob qualquer aspecto que possamos pensar. Não precisa nem comentar.
O racismo da mesma forma é nefasto e degradante no mesmo sentido. O ser humano é igual ao outro, mesmo com poucas diferenças genéticas. 
A miscigenação na maioria dos países, especialmente o Brasil, acaba com este conceito de raça pura. Todos temos parte de todas as raças. Vários estudos apontam nesta direção.

No momento em que se discute o racismo nos EUA, racismo que existe desde os anos 40, recrudescido nos anos 60, e com a invocação  da escravidão, vale a pena alguns comentários.
A escravidão foi um dos motivos da Guerra Civil americana de 12 de abril de 1861 e só teve fim em 22 de junho de 1865. Quem quiser saber mais clique aqui.

Vale dizer que a escravidão sempre existiu desde os mais remotos tempos da nossa civilização. Não foi só a raça negra a escravizada. Todos as raças foram escravizadas. Os prisioneiros de guerra e povos subjugados pelos invasores sempre viraram escravos, negros, brancos ou amarelos.
O mais crítico e provavelmente o maior número de escravos aconteceu com a raça negra do continente africano.
O comércio de escravos era uma atividade muito rentável nos séculos XV, XVI, XVII, XVIII e XIX, sustentou países e fez grandes fortunas.

Estou lendo o excelente livro de Laurentino Gomes, A Escravidão. Aliás, li todos dele, 1808, 1822 e 1889, todos excelentes, recomendo com força.

Não obstante eu ter visto uma entrevista dele no Roda Viva, em que me pareceu um viés ideológico presente em sua narrativa no programa, eu resolvi ler, até porque eu não descarto livros por ideologias, posso até ter minhas preferências e tenho, mas leio tudo, cada vez mais.



Recomendo.

Uma discussão que se faz presente quando a pauta racismo entra em cena, é a escravidão. Existe uma dívida histórica da sociedade, os africanos foram responsáveis pela escravidão ou não? Perguntas difíceis de serem respondidas, mas acho que existe conexão entre as duas. E como mensurar uma eventual dívida? Este é um problema maior ainda.

Pois vamos lá.

No livro, fruto de pesquisa e estudo do autor, com viagens e trabalho em loco, apura muitas coisas. Uma das mais marcantes é o envolvimento da elite e dos próprios africanos no comércio negreiro. Os números são impressionantes e absurdos. O números de mortos e escravizados, arrancados das suas vidas e vendidos como mercadoria,torturados, é de doer o coração. 
Mas vamos a parte que me faz escrever esta postagem. Trecho do livro que mostra que não existiria, pelo menos na dimensão que foi, o tráfico de escravos e a escravidão dos africanos se não fossem as elites e os próprios africanos. 

O tráfico era um negócio que exigia, principalmente, um cuidadoso trabalho de relacionamento dentro do continente africano com reis e chefes locais, que lucravam e controlavam o fornecimento de cativos em suas respectivas áreas. Cabia a eles organizar cuidadosamente as expedições militares para capturar escravos. Na África, Estados inteiros foram criados ou derrubados, assim como sociedades nasceram e entraram em colapso em função do tráfico negreiro. Os chefes africanos definiam os preços, controlavam a oferta, faziam alianças e fechavam negócios com diferentes interlocutores europeus — em geral, rivais entre si — de modo a evitar o monopólio de qualquer país ou grupo de compradores no seu território. Página 165 do livro Escravidão.

Mais:

Por fim, o próprio rei local tinha a prerrogativa de vender, em primeira mão e a preços mais elevados, um determinado número de escravos de sua propriedade. Só então começavam as outras negociações, que podiam ser conduzidas apenas por intermédio de representantes comerciais credenciados pelo soberano. 
“Eram os africanos, e não os europeus que ditavam as regras do jogo, e o comércio no âmbito da África permaneceu firmemente nas mãos dos governantes e das elites africanas”, escreveu o historiador John Russell-Wood. 
“Os  participantes africanos do tráfico de escravos incluíam os príncipes e os mercadores mais ricos e poderosos do continente. A elite africana estava profundamente envolvida com a venda de escravos”, acrescentou Paul E. Lovejoy.  Página 166 do livro Escravidão.

Ainda citadas as fontes pelo autor:

John Russell-Wood, Histórias do Atlântico português, pág. 43. e  Paul E. Lovejoy, Transformations in Slavery, pág. 110.

Acho que fica claro que por guerras, e no caso africano, pela ganância e negócios, os próprios africanos se escravizaram. Conflitos, invasões e guerras foram provocadas em nome e com objetivo na famigerada escravidão.

Sob os olhos da História e no momento atual é fácil julgar e condenar isso. As recentes discussões de voltar ao passado e condenar atos que representam crimes absurdos contra a humanidade, como a escravidão, tem que ter o cuidado de avaliar o contexto histórico. Assim como esta pauta de dívida da sociedade por culpa da escravidão.

Muito mais serventia para a sociedade e para a História, mesmo para com a raça negra, seria cuidar de promover a justiça social com mais oportunidades e liberdade para todos, sem distinção de raça ou cor da pele, não com tentativas de reparar o que a história já determinou como fato, condenável com certeza. mas irreversível.
O fim da escravidão começa pelos iluministas, na Inglaterra por volta do século XVII, depois em outros países, o Brasil foi um dos últimos a abolir a escravidão em 1888.

Se for julgada a Escravidão, terá que ser por mais fatos nefastos e desumanos.

Acho que as lições deste período de nossa História que durou séculos foi aprendida e nunca mais vai se repetir. Ainda bem.

O Brasil foi o campeão do tráfico de escravos. Quem diria.
Clique na figura para ver melhor

Rio de Janeiro: 1,5 milhão
Salvador: 1,3 milhão
Liverpool: 1,3 milhão
Londres: 829 mil
Bristol: 565 mil
Nantes: 542 mil
Recife: 437 mil
Lisboa: 333 mil
Havana: 250 mil

Página 198 do livro

Estima-se em 12,5 milhões de escravos traficados da Africa. Foram mais de 2 milhões de mortos.

Página 200.

A descrição do navio negreiro embrulha o estômago. Não há como descrever, melhor ler os relatos dos historiadores.

Dentro dos navios, os compartimentos destinados aos cativos eram minúsculos, insalubres, sem ventilação e iluminação adequada. Os porões, adaptados para o transporte de cativos, eram subdivididos em camadas construídas com pranchas de madeira, tão próximas umas das outras que era impossível caminhar de pé entre elas. Por isso, os escravos passavam a maior parte da viagem deitados, muitas vezes de lado por não haver espaço suficiente para que todos ficassem de costas. “Acorrentados aos pares, perna direita com perna esquerda e mão direita com mão esquerda, cada escravo tinha menos espaço do que um homem dentro de um caixão”, escreveu o historiador Eric Williams, reproduzindo as observações feitas dentro de um navio negreiro pelo abolicionista britânico Thomas Clarkson.
A quase imobilidade num ambiente tão exíguo criava situações desesperadoras. Presos por correntes em duplas, os cativos tinham dificuldade para chegar até os tonéis que lhe serviam de latrinas nas laterais dos porões. Subir até o deck superior, onde ficavam as cloacas (buracos na amurada do navio, de onde os dejetos caíam no mar), seria impossível porque à noite os porões geralmente eram fechados com cadeados pela tripulação.
Muitos preferiam urinar e defecar no próprio espaço em que dormiam, o que gerava tensões e brigas entre eles. Disenterias eram frequentes devido ao consumo de alimentos estragados e água contaminada. Outros tantos sofriam de enjoo porque não estavam habituados a viajar em alto-mar e tinham crises prolongadas de vômito. Depois de alguns dias, os fluídos humanos iam se acumulando nos porões, criando um ambiente fétido, irrespirável, nauseante.
“Aquele barco [...], pelo intolerável fedor, pela escassez de espaço, pelos gritos contínuos e pelas infinitas misérias de tantos infelizes, parecia um inferno”, relatou frei Sorrento, capuchinho italiano e testemunha do embarque de novecentos escravos de Luanda para a Bahia, em 1649. “Esta é a navegação mais dolorosa que existe em todo o mundo”, confirmou um de seus colegas, Dionigi Carli, também conhecido como frei Piacenza, que em 1669 viajou a bordo de um navio negreiro carregado com 690 escravos entre Angola e Salvador, na Bahia.

                                                                   Páginas 210 e 211.


sábado, junho 06, 2020

A pandemia ainda tem variáveis a serem explicadas. Tem jacaré no lago.


Não vou discutir questões políticas e nem epidemiológicas. Uma tem componentes de paixão e outra tem questão muito técnica com correntes diversas. Não é uma ciência de mão única e só verdadeira quando invocada pelo interlocutor que a defende. A antítese e o contraditório são parte da ciência e dos métodos científicos.
Ando desconfiado há muito tempo. A politização é clara, muito mais aqui no Brasil, Até remédio de 70 anos de uso no mercado virou tema de debates acalorados.

Vazou um relatório na Alemanha que alerta para um grande erro global. Erro acadêmico, sistêmico, precipitação, efeito manada, manipulação, não vem ao caso a razão, mas isso pode ser verdade, cada vez mais a névoa se dissipa e no final do filme veremos a verdade.

O relatório vazado na Alemanha. Clique e leia inclusive quem consegue ler em alemão, tem o link para o original.

Vou reproduzir uma parte que interessa.

Algumas das principais passagens do relatório são:
  • – O risco do Covid-19 foi superestimado: provavelmente em nenhum momento o perigo representado pelo novo vírus foi além do nível normal.
  • – As pessoas que morrem de Corona são essencialmente as que estatisticamente morreriam este ano, porque chegaram ao fim de suas vidas e seus organismos debilitados não podem mais lidar com as adversidades cotidianas (incluindo os cerca de 150 vírus atualmente em circulação).
  • – Em todo o mundo, em um quarto de ano, não houve mais de 250.000 mortes por Covid-19, em comparação com 1,5 milhão de mortes [25.100 na Alemanha] durante o surto de influenza 2017/18.
  • – O perigo obviamente não é maior que o de muitos outros vírus. Não há nenhuma evidência de que isso tenha não sido um alarme falso.
  • – Uma acusação poderia seguir esta linha: Durante a crise do Corona, ficou provado que o Estado é um dos maiores produtores de Fake News.
Até agora, tudo mal. Mas piora.
O relatório concentra-se nas “múltiplas e pesadas consequências das medidas Corona” e alerta que estas são “graves”.
Mais pessoas estão morrendo por causa das medidas Corona impostas pelo Estado do que sendo mortas pelo vírus.
O motivo é um escândalo:
Um sistema de saúde alemão focado no Corona está adiando a cirurgia que salva vidas e adiando ou reduzindo o tratamento para pacientes que não são de Corona. 

Ando pesquisando o site de registros no Brasil. Oficial dos cartórios, acompanhado pelo CNJ.

https://transparencia.registrocivil.org.br/registros aqui está o link

Fiz uma planilha para tentar entender, com dados do site oficial.

Mortes em maio desde 2015 e a variação. Maio porque pode ser o pico. Isso deve se repetir com abril, março e adiante.

Ano Óbitos Variação
2015        67.142 0%
2016        77.911 16%
2017        86.169 11%
2018        90.873 5%
2019      108.873 20%
2020      119.885 10%

O gráfico com a projeção.




Para o Brasil não podemos ainda fechar 2020 pois estamos em maio. Fiz de 2015 a 2019

Brasil Obitos Variação
2015 787.300 0%
2016 906.479 15%
2017 947.069 4%
2018 1.075.726 14%
2019 1.212.326 13%


Não precisa comentar muito.

O crescimento ano a ano é real, com ou sem Covid.

Tudo indica que 2020 segue a mesma tendência com CoVID e tudo mais.

Não morreram 30 mil pessoas a mais como a #globolixo quer mostrar ao mercado aterrorizando a sociedade. É mentira a interpretação que está sendo dada. 

Não estou tirando a seriedade do problema e nem negando, mas o que está sendo feito precisa ser entendido e explicado.
A névoa se dissipa e o final do filme se aproxima. Ainda saberemos a verdade.