sexta-feira, outubro 29, 2010

Superavit recorde: Poucas pessoas conseguem ver e menos ainda falar a verdade.


Clique e leia- Setor público brasileiro tem superávit primário recorde - Esta matéria tem alguns embustes que precisam ser colocados na pauta e mais, podem ter intenções atravessadas.

Vamos lá:
  1. O tesouro com a anuência da Fazenda tem incluído nestas contas operações contábeis entre estatais, isso na prática é nada, pois não existe economia de verdade para a meta de 3,3% do PIB, é só contábil. Lembrem-se um dos pilares da estabilização da nossa moeda é o superávit junto com câmbio flutuante e metas de inflação.
  2. Esta "mágica" melhora indicadores que na verdade podem mascarar outras mazelas.
  3. As últimas "operações contábeis" envolvem transações com o BNDES, o Fundo Soberano e a Capitalização da Petrobrás, esta então envolve armadilhas, como o aumento do governo em seu capital, ou seja "estatização".
  4. Segundo dados que li na mídia, sem a "mágica" o resultado fiscal ficaria em 2,4% do PIB e não os 3,3% da meta, em número, R$ 85 bilhões, menos R$ 32 bilhões na conta deles.
  5. Existem outras jogadas que influem no orçamento e nos gastos do PAC neste "superávit" aparentemente maquiado, mas é complexo para entendimento por aqui. Sem dizer do desequilíbrio que pode haver na questão taxa de juros (a maior do globo) e o câmbio (com a apreciação do real pela entrada de recursos de fora) e ainda perda na balança comercial e da capacidade de exportação já no limite pelo real forte.
Conclusão: Com esta "maquiagem", aumento de arrecadação, pelo crescimento previsto do PIB e pelo arrocho da fiscalização, vão dar margens a manobras que não interessam a nós brasileiros, mas sim aos políticos que lá estão no poder:
Vou dar duas somente:
  1. O aumento dos gastos públicos com o inchaço da máquina, mais do que já houve.
  2. Recursos orçamentários a mais para o PAC, que ainda não decolou na sua realização (digo isso, é só ver previsto x realizado), mas é excelente ferramenta política.
Pelo que vi o BC (com atuação brilhante na minha opinião) não está gostando desta situação. O maior risco que corremos é o da desestabilização da moeda e o risco inflacionário voltar, além do uso deste recurso para burlar a lei da responsabilidade fiscal e aumento dos gastos públicos que vem ocorrendo de forma recorrente.
Uma pena que muitos não conseguem ver, e muito menos discutir estas questões.

quinta-feira, outubro 28, 2010

Arrecadação bate um trilhão de reais

Assunto: Carga Tributária. Dia 26 as 12:30, a arrecadação bateu um trilhão de reais, isso mesmo. um trilhão. INGANA, carga tributária da Inglaterra, serviços de Gana.

Olhem ai:


Comparação governos de FHC x Lula em resumo!

Primeiro, não acho que seja justo a comparação, mas considerando sofismas e mentiras na campanha, acho que vale este resumo.
Acho que o Brasil é maior do que os políticos e os governos. Eles passam a nação fica. Acho que presto um serviço informando. Sempre haverá formas distintas de ver as coisas, depende da referência e da vontade do interlocutor, mas acho que política deve ser vista com a razão e não emoção. Mentiras e sofisma podem fazer parte, mas na minha opinião não deveria ser permitir e a consciência dos políticos deveria evitar. Vê se na França, EUA, Alemanha, Japão e países do primeiro mundo haveria campanha como esta, de acusação, nivelamento por baixo e falsidade. Os custos são abusivos e fazem "políticos meterem a mão na merda" como disse uma das cabeças coroadas. Não admito isso, não quero isso e se fosse nestes países eles estariam na cadeia.
Mas vamos fazer uma antítese a comparação alardeada que um foi Deus e outro o demônio. Quem ler pode julgar.

Indicadores de desempenho
A idéia deste e-mail é reunir os resultados de indicadores importantes entre os governos FHC e Lula, feitas a partir de dados reais de instituições como IBGE, IPEA entre outros, de forma que se tenha dados que ajudem a se obter uma avaliação objetiva dos dois governos.
Para efeito de avaliação objetiva, é importante esclarecer que aos dados abaixo, devem ser considerados, também, os contextos sócio-econômicos e políticos ao qual cada governo estava inserido.
Se você quiser acompanhar atualizações assim que são realizadas ou enviar seus comentários, siga o blog, em: http://governobrasil.blogspot.com/.
Estatísticas de Nível de Vida
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Índice de Desenvolvimento Humano
O Índice de Desenvolvimento Humano, um dos principais indicadores do nível de vida da população de um país.
Fonte: Dados oficiais da ONU
De 1995 a 2000 (FHC) cresceu 7,62% ou 1,48% ao ano
De 2000 a 2007 (Lula) cresceu 2,91% ou 0,41% ao ano
Acesso à Rede de água
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 42,09% em número absoluto ou 4,49% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 9,33% em proporção do total ou 1,12% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) cresceu 19,22% em número absoluto ou 3,58% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 4,02% em proporção do total ou 0,57% ao ano
Acesso à Rede de esgoto
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 55,16% em número absoluto ou 5,65% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 19,23% em proporção do total ou 2,22% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) cresceu 29,52% em número absoluto ou 5,31% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 14,62% em proporção do total ou 1,97% ao ano
Acesso à Energia elétrica
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 7,44% ou 0,90% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 2,48% ou 0,35% ao ano
Porcentagem de Domicílios com geladeira
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 20,75% ou 2,39% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 8,30% ou 1,15% ao ano
Porcentagem de Domicílios com televisão
Fontes: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 18,73% ou 2,17% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 6,66% ou 1,30% ao ano
Porcentagem de Domicílios com telefone
Fonte: Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 224,21% ou 15,84% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 37,82% ou 4,69% ao ano
Mortalidade infantil
Fontes: Dados oficiais do DataSUS, Portal ODM
De 1997 a 2002 (FHC) caiu 21,94% ou 4,83% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) caiu 20,16% ou 2,78% ao ano
Taxa de pobreza
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
De 1994 a 2002 (FHC), a taxa de extrema pobreza caiu um total de 6,28%, com uma variação de -30,98%.
De 2002 a 2009 (Lula), a taxa de extrema pobreza caiu um total de 6,71%, com uma variação de -47,96%.
De 1994 a 2002 (FHC), a taxa de pobreza caiu um total de 8,58%, com uma variação de -19,96%.
De 2002 a 2009 (Lula), a taxa de pobreza caiu um total de 12,98%, com uma variação de -37,73%.
Estatísticas de Acesso à Educação
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Evasão escolar
Fonte: Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) variou -51,44% ou -8,63% ao ano (muito menos gente desistindo da escola)
De 2002 a 2007 (Lula) variou -4,32% ou -0,88% ao ano (muito mais gente desistindo da escola e o povo ficando BURRO, é isso que o PT quer)

Acesso à universidade
Fonte: Censo da Educação Superior do INEP
De 1995 a 2002 (FHC) o número de matrículas em instituições federais cresceu 44,65% ou 5,42% ao ano
De 2002 a 2008 (Lula) o número de matrículas em instituições federais cresceu 20,97% ou 3,22% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) o número total de matrículas no ensino superior cresceu 109,50% ou 9,69% ao ano
De 2002 a 2008 (Lula) o número total de matrículas no ensino superior cresceu 45,98% ou 6,51% ao ano
Índice de analfabetismo
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
De 1995 a 2002 (FHC) caiu 27,77%% ou 3,99% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) caiu 15,60% ou 3,33%% ao ano
Universidades Federais
Duas universidades federais foram criadas durante o governo Fernando Henrique, e três foram criadas durante o governo Lula. Mais detalhes no artigo Universidades Federais em: http://governobrasil.blogspot.com/
Estatísticas de Desenvolvimento Econômico
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Salário mínimo
Fontes: Medida Provisória 637/1994, Medida Provisória 35/2002, Lei 1.255 de 2010
De 1994 a 2002 (FHC) o salário mínimo cresceu 185,71% ou 14,02% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) o salário mínimo cresceu 155,00% ou 12,41% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) o mínimo cresceu, em valores deflacionados, 33,24% ou 3,65% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) o mínimo cresceu, em valores deflacionados, 72,62% ou 7,06% ao ano
Carga tributária
Fonte: Dados oficiais do IBGE, Dados oficiais do IBGE
Carga média de 1994 a 2002 (FHC) de 30,07%, carga tributária em 2002 de 32,35%
Carga média de 2002 a 2007 (Lula) de 33,47%, carga tributária em 2007 de 34,70%
Taxa de crescimento econômico:
Fontes: Dados oficiais do Banco Central do Brasil, Dados oficiais do Fundo Monetário Internacional
Crescimento mundial durante governo FHC: 24,27% ou 2,75% ao ano
Crescimento mundial durante governo Lula: 74,46% ou 8,27% ao ano
Crescimento do Brasil no governo FHC: 19,74% ou 2,28% ao ano ou 82,77% da média mundial
Crescimento do Brasil no governo Lula: 27,66% ou 3,55% ao ano ou 42,91% da média mundial
Crescimento no governo Collor/Itamar: 6,75% ou 1,31% ao ano
Evolução no governo FHC em relação à média anterior: 73,33%
Evolução no governo Lula em relação à média anterior: 55,88%
Taxa de crescimento econômico - Paridade de poder de compra
O conceito de Paridade de Poder de Compra é baseado na comparação do valor de moedas de diferentes países através do preço, no país, de uma cesta de produtos pré-definida. Para fins de comparação de taxas de crescimento econômico entre diferentes países, a utilização de valores ajustados desta forma pode oferecer números mais próximos da realidade do poder aquisitivo de cada população. É importante notar, no entanto, que a limitação na seleção da cesta de consumo, assim como diferenças na qualidade dos produtos sendo medidos, pode gerar inconsistências no fator de ajuste dos valores, levando a inconsistências nas comparações.
Fonte: Dados do Fundo Monetário Internacional
Crescimento, em PPP, do Brasil como proporção do crescimento mundial durante o governo FHC: 78,45%
Crescimento, em PPP, do Brasil como proporção do crescimento mundial durante o governo Lula: 98,68%
Nível de desemprego
Fontes: Dados oficiais do IBGE até 2002, Dados oficiais do IBGE pós 2002
Final do governo FHC (dez/2002): 6,17%
Final do governo Lula (set/2010): 6,9%
Há uma descontinuidade nos dados, o que impede uma comparação direta
A principal mudança é a alteração da idade mínima de 15 para 10 anos
Definição anterior de desocupado: População Desocupada - aquelas pessoas que não tinham trababalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva (consultando pessoas, jornais, etc.)
Definição atual de desocupado: São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho na semana de referência, mas que estavam disponíveis para assumir um trabalho nessa semana e que tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias, sem terem tido qualquer trabalho ou após terem saído do último trabalho que tiveram nesse período.
Inflação ao consumidor
Fonte: Banco Central do Brasil - Calculadora do Cidadão
Inflação acumulada de 1990 a 1994 (Collor/Itamar): 41.941.718,61%
Inflação acumulada de 1995 a 2002 (FHC): 114,43%, ou 0,00028% do acumulado anterior. Queda de 99,99972% em relação ao governo anterior.
Inflação acumulada de 2003 a 2010 (Lula): 47,72%, ou 41,71% do acumulado anterior. Queda de 58,29% em relação ao governo anterior.
Dívida pública federal
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Dívida pública federal ao final do governo FHC (12/2002): R$ 560.828.810.000,00
Dívida pública federal ao final do governo Lula (10/2010): R$ 985.808.530.000,00

ACESSE: http://pt-br.governobrasil.wikia.com/wiki/Governo_Brasil_Wiki?t=Governo+Brasil+Wiki#Privatiza.C3.A7.C3.B5es

O lucro recorde do Bradesco

Clique e leia - Instituição lucra R$ 2,5 bilhões, maior resultado para o trimestre já obtido por um banco na história do Brasil - Bradesco tem lucro 39,2% maior no trimestre.

Antes vou dizer: NÃO SOU CONTRA LUCRO, SOU CONTRA ROUBO.

Sempre ataquei aqui os "spreads" criminosos dos bancos e financeiras, cobram taxas que se contarmos fora do Brasil eles vão rir, achar que é piada e mentira.

O governo do PT diz que é governo para todos, os banqueiros estão entre os que se beneficiam. Clique e leia - No governo Lula os bancos nunca tiveram tanto lucro.

Vamos lá:
  1. Taxa de juros campeã do globo + "spreads" criminosos + tarifas escorchantes = Lucros abusivos.
  2. Quem paga a conta é o empresário, pequeno e médio, ele já tem um sócio, governo com 39% de carga tributária e o restante vai para os banqueiros.
  3. Banco não gera emprego e renda, ao contrário, com a automação crescente vão só enxugando a máquina. Resultado, lucros maiores e queda absurda na qualidade dos serviços, experimente ir a um banco e verá.
O pior de tudo é que enquanto países como Chile, Índia, China e Coréia, que podem ser comparados ao nosso, ditos emergentes, aproveitaram muito melhor a prosperidade mundial não jogaram parte da riqueza gerada para o sistema financeiro.
É revoltante ver isso e ainda ouvir as mentiras que contam no programa eleitoral, e o pior é a inépcia da oposição que não aborda este tema.

quarta-feira, outubro 27, 2010

As mentiras da campanha

Clique e leia , inclusive com as fontes. Este é um quadro comparativo entre o governo de Lula e de FHC. Esta história de demonizar FHC e comparar Lula a Deus é deprimente e não podemos nos calar.

Esta na hora de fazer algumas considerações, ambos os lados extrapolam, mas um mente mais que o outro.
Fazer comparações entre dois governos é complexo, ai neste quadro estão algumas referências, existem méritos em ambos, mas erros também. O PT e Lula acharem que só eles governaram o Brasil, pagaram a dívida do FMI e o outro fez privatização e não olhou a população é demais. Serra também promete muito e tem a panacéia, ai está seu erro.
Algumas considerações:
  1. O Lula pagou o FMI, mas a dívida interna foi ao espaço. Temos a maior taxa de juros do planeta e além do mais, a situação mundial ajudou mais Lula que FHC que enfrentou pelo menos duas sérias crises, Lula enfrentou uma e o Brasil saiu incólume.
  2. O mundo cresce desde a década de 60, nós poderíamos estar melhores, mas isso é outra conversa, uma hora vamos abordar isso aqui.
  3. A Carga tributária de ambas foi alta, a de Lula pior. INGANA, taxa da Inglaterra e serviços de Gana. Lula teve este ano 10% de aumento real na arrecadação, batemos um trilhões de reais as 12:30 de ontem. Lula gasta mal, aumenta o custeio em detrimento do investimento.
  4. Lula diz que governou para os pobres, parece que tem convicção disso, mas nunca os banqueiros e os empreiteiros ganharam tanto dinheiro.
  5. A privatização que o PT ataca como arma eleitoreira é absurdo. Poderíamos talvez ter tido mais transparência em algumas, mas as privatizações fizeram muito bem ao Brasil e o que Lula e o PT fazem é cuspir no prato que comem.
  6. Acho que Serra também extrapola, salário mínimo a R$ 600, Décimo terceiro para Bolsa Família, e outras coisas demagógicas que não me agradam.
O Brasil é a maior riqueza, mas a baixaria e a fuga de temas importantes jogando o debate em pautas oportunistas e irreais é o pior que acontece e deixa muita gente indignada.
Vou votar em Serra, ele mente menos e promete menos também. Não será fácil ganhar, mas ainda há esperança. A democracia no Brasil pode estar sentindo seu primeiro baque, vamos ver depois com Dilma eleita o que eles vão querer arrumar.

sexta-feira, outubro 22, 2010

A agressão a Serra e a intolerância.

O problema não é a bolinha de papel ou rolo de adesivo, é não deixar os adversários se manifestarem e serem tratarem como inimigos. Isso não é política, é intolerância e radicalismo. E se fosse um tijolo?

Não existe meio termo, com tijolo ou bola de papel, os militantes de outros partidos não podem impedir a livre manifestação de candidatos adversários. É simples assim, isso é democracia. O PT tem história de baderna e agressão.

O voto deve ser precedido de consciência e não de emoção. Não dá para discutir política com o coração e sem educação.

O JN será acusado de manipulação agora porque mostrou uma outra versão para o fato. E o SBT? Como fica a sua qualificação no episódio? A verdade é que, com trocadilho e tudo, a mentira deslavada tem imperado nesta eleição, mas um lado tem deixado muita gente indignada! O presidente não deveria ter se metido na confusão, pelo decoro e pela isenção que deveria ter, pelo menos em tese. Ele adula os agressores quando minimiza a atitude dos radicais e ainda tenta desqualificar o Serra e o médico. O Presidente perdeu a chance de ficar calado.

Vamos debater política com educação e não com emoção! Isso é risco para a democracia e a ordem. As lideranças devem agir com rigor e educar seus militantes mais exaltados.

A agressividade dos cabos eleitorais petistas em si mesma já era motivo para preocupação, pois em democracias não é aceitável que grupos tentem impedir outros de se manifestar.

O pior de tudo é que são recorrentes estes episódios e os personagens sempre os mesmos. Agora com o aplauso de algumas cabeças. É triste e deplorável isso.

Desemprego recua para menor taxa na série histórica do IBGE

Clique e leia - A taxa de 6,2% nas grandes cidades é um número excepcional porque isso é tolerável dentro da rotatividade com as novas premissas de velocidade com que as coisas acontecem, inclusive ganhos de produtividade e processos inovadores e avanço tecnológico.

Isso é bom para a economia. Outro dado é a melhoria de renda, estamos em ótimo patamar com crescimento. Isso significa combustível na economia. A distorção ainda é não termos a cultura da formação de poupança e sim consumo. O ideal é o equilíbrio.

O sofisma de atribuir isso ao governo de Lula e PT é uma das coisas que me deixam indignado. Não adianta comentar isso ai, é complexo e longo o assunto, mas estou disposto a discutir com quem quiser. Uma coisa eu falo, Lula e o PT têm seus méritos, mas acharem que existia um Brasil antes e outro depois deles é absurdo e leviano. Pena que os números reforçam a falácia e o povão acredita. Se olharmos nossos pares, China, Índia, Chile, México, Coréia, vamos enxergar outra realidade. O mundo tem ventos favoráveis e o Brasil está no rumo certo, meu medo é o radicalismo e as crises institucionais que infelizmente estou antevendo no horizonte. Breve voltarei ao assunto e farei previsões, nem sempre as que gostaria de fazer.

terça-feira, outubro 19, 2010

Governo sobe IOF para atuar na apreciação do Real

Clique e leia - SÃO PAULO - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira duas novas medidas para tentar evitar a valorização excessiva do real frente ao dólar. Pela segunda vez em menos de um mês, o governo elevou a alíquota do Operações Financeiras (IOF) para aplicações de estrangeiros em renda fixa. A nova taxa chega agora a 6%, contra 4% no aumento anterior.
Seguinte, as taxas de juros da renda fixa aqui são as maiores do globo e ainda com este aumento os ganhos são excelentes comparados a outros país, mesmo considerado o risco cambial. O Brasil recebe também dinheiro para a bolsa de valores, em fluxo menor, e para investimentos em infraestrutura(este é o melhor dinheiro externo que podemos receber). O aumento dos derivativos também terá pequena influencia. O mercado de derivativos é usado para "hedge" e por alguns jogadores, mas é pouco na questão moeda estrangeira. A entrada forte de dinheiro vem pelas comodities, minério, soja, etc. Ainda que paradoxalmente o câmbio esteja atrapalhando as exportações, a balança comercial ainda é boa, mas já com sinal amarelo. Lembrem-se Real forte favorece importação e estamos hoje ocupando a primeira posição na moeda mais valorizada do mundo.
Porque ainda assim estamos com a balança comercial favorável? Na minha opinião é porque os preços e a demanda se recompuseram depois da crise de 2008. China e os países em expansão garantem esta boa performance que ainda não mostra sinais de enfraquecimento no cenário global.
Portanto, assim como já haviam feito, mexer nas alíquotas do IOF não devem surtir o efeito desejado pelo governo. O dólar ainda deve se enfraquecer e as moedas mundiais, o Real incluído, devem se fortalecer. As ações do FED americano são a parte principal deste movimento, é o que tudo indica. Os americanos, com 30% da economia global, aproveita o momento para corrigir alguns rumos internos, principalmente o déficit. Eles, segundo notícias da mídia, emitem dólar, rodam a guitarra como dizem os economistas. Eles podem fazer isso, e pelo jeito atuam no caminho correto. China também tem a moeda depreciada. Faz sentido porque na pujante economia chinesa com crescimento de dois dígitos , a exportação ainda é o carro chefe. Eles lutam para o fortalecimento de seu mercado interno, o crescimento econômico ajuda esta ação, mas ainda dependem das exportações.
Vamos acompanhando, mas hoje as coisas acontecem simultaneamente nos movimentos econômicos, é a globalização e a velocidade com a informação em tempo real. Precisamos ficar atentos ao que acontece globalmente, mas sempre é bom não tentarmos inventar a roda. O cenário ainda é positivo, com algumas luzes amarelas acesas, mas isso é parte do mercado, sempre foi.

segunda-feira, outubro 18, 2010

Como andam os votos de Serra e Dilma?

Vi o debate ontem, acho que Serra foi bem, ele melhorou muito. Ainda acho que a eleição está pró Dilma, mas com uma indefinição que alegra Serra e deve incomodar Dilma e o PT.

Lula entrou pesado na campanha novamente. Será que ele agrega ainda mais votos? Não creio, a posição dela está consolidado em 91% segundo o Datafolha, isso quer dizer que estes não mudam o voto. Serra tem 89% cristalizado, como dizem.
Os indecisos são 8%.
Alguns detalhes que podemos inferir são favoráveis ao Serra:
  1. No debate de ontem colocaram 23 indecisos, desses 14 resolveram votar em Serra e 6 em Dilma e 3 permaneceram indecisos.
  2. A revista Veja faz uma análise da entrada de Aécio em cena e ele pode mesmo virar a eleição em MG e ajudar em outros lugares pelo carisma e estrela.
  3. O Cláudio Humberto coloca uns cálculos feitos logo após a virada e a consolidação do segundo turno- Clique e leia - O resumo é o seguinte: Serra ganhou 10,6 milhões de votos e Dilma perdeu 700 mil. A diferença que era folgada está apertada. Segundo este cálculo 3,1 milhões. Friamente pensando, se Serra melhorar em MG, SP e PR (com os governadores eleitos do PSDB) e no Rio onde Marina foi bem, ele pode virar sim a eleição, não é fácil.
  4. Acho que o ataque a privatização como eles vêm fazendo, e algumas mentiras que andam contando podem tirar votos da classe média que votou em Dilma.
Vamos ver, ainda existe indefinição, com ligeria vantagem para Dilma, mas considerando que Serra está 15% atrás e segundo um das pesquisas está em empate técnico, ele está levando a melhor até aqui. Vamos ver as próximas pesquisas, mas de todo jeito a eleição será duríssima com uma definição muito clara da geografia do voto e isso pode nos levar a ilações diversas, vamos ver o resultado primeiro.

sábado, outubro 16, 2010

Inadimplência do consumidor sobe pelo 5º mês seguido, diz Serasa

Inadimplência do consumidor sobe pelo 5º mês seguido, diz Serasa - Clique e leia


O problema, já postado aqui várias vezes, é que podemos ter uma bolha do crédito, da inadimplência do crédito farto e caro. Verdadeira "festa na floresta".

O aumento do crédito no Brasil é exponencial, a ascensão social e a melhoria de renda das classes D, C e E levam a esta condição. Ainda não temos os mesmos patamares de países desenvolvidos na relação crédito x % no PIB ( por exemplo: EUA na casa de 130%, outros países desenvolvidos, na casa de 100%. Chile na faixa de 70% e nós na casa de 40%), mas eles não têm o roubo praticado nos "spreads" bancários, ou seja, as dívidas são "pagáveis", aqui é assalto a mão armada e o incauto não sabe a armadilha que se mete quando toma este dinheiro. A proliferação das empresas, inclusive financeiras de "fundo de quinta" que provavelmente fazem carteiras e vendem aos bancos mais fortes é uma praga e combustível nesta bomba que pode explodir.

Seguinte: Não existem nuvens negras no horizonte econômico, mas se tivermos uma crise, uma retração qualquer, por fatores internos ou externos, esta bolha explode.

Alguns enchem a burra de dinheiro, os emprestadores desta grana cara, o povão toma na farra do consumo, pelo menos isso ajuda o crescimento. O risco está na situação qualquer de retração ou redução da atividade econômica.

Existem riscos para isso? Poucos, mas existe. O problema cambial que está na pauta mundial pode desencadear ações e bagunçar as coisas por aqui. A questão da fragilidade de alguns países que ainda andam de lado na Europa. As chances são pequenas, mas existem.


Espero que este crescimento da inadimplência esteja ligado a expansão do crédito.

Não sou contra a expansão do crédito, ao contrário, ele é saudável, o crédito é sinal de vigor e força no ciclo virtuoso da economia, Sou contra o roubo, aqui por conta de uma inadimplência alegada, eles metem a mão e acabam causando esta mesma inadimplência. Já disse várias vezes aqui, é como dizer que a febre é responsável pela infecção do doente.

quarta-feira, outubro 13, 2010

A primeira pesquisa do segundo turno de 2010

Saiu a pesquisa Ibope da Rede Globo. Dilma 49% x Serra 43% - Clique e veja no JN da Rede Globo.

Minhas impressões:
  1. Dilma ainda é favorita, mas perdeu terreno e os ganhos de Serra foram mais significativos desde a derrota no segundo turno.
  2. O Ibope afirma que não é possível dizer quem vai ganhar a eleição, isso é ruim para Dilma e segundo analistas eles batem cabeça na campanha dela, enquanto Serra é tomado de ânimo e otimismo.
  3. A diferença não são 6%, são na verdade 3%. Isso poderia estar na margem de erro.
  4. O voto de Dilma é bem "cristalizado", mas 15% admitem trocar de voto.
  5. Serra bate pesado nos casos de corrupção e nepotismo, ele não tem nada a perder.
  6. Dilma parece querer assumir a sua identidade, Lula não deve agregar mais nada, ou seja, já fez o que poderia fazer, será?
  7. O primeiro debate mostrou Dilma agressiva, isso pode ser um sintoma de mudança de estratégia por saber que está em processo de desvantagem, afinal, bater é para quem está atrás e não na frente.
  8. Serra deve trabalhar o Sul, Sudeste, principalmente MG, SP e PR onde tem os governadores eleitos no primeiro turno.
  9. Aécio pode virar a eleição em MG? Pode, amanhã ele reunirá centenas de prefeitos. Viajei na campanha apoiando nossos candidatos e percebi que as lideranças não estavam preocupadas com a eleição presidencial, agora é diferente.
  10. Serra deve tentar virar o voto das pessoas de maior renda e maior escolaridade, este voto tende e pode ser seu, mesmo alguns que votaram em Dilma, ai está a sua chance.
  11. Serra perde feio no Nordeste e Norte do país, mas ganha nas outras regiões com maior contingente eleitoral. Só os estados que aliados ganharam no primeiro turno valem 53% do eleitorado.
  12. Duas eleições que assisti e acompanhei mostram que é possível sim uma virada espetacular. Mário Covas x Maluf em 1998 e Hélio Costa x Eduardo Azeredo em 1994. Covas e Azeredo foram ao segundo turno no último minuto da prorrogação, mas conseguiram virar e derrotar seus oponentes. Pode acontecer o mesmo agora? Vamos ver a próxima pesquisa.
Não sei, ainda acho que Dilma ganha apertado, mas definitivamente as coisas começaram a mudar e podem estar a favor de Serra.
Imaginem depois do show que Aécio deu aqui na eleição, se ele consegue virar MG onde Dilma ganhou? Ele é realmente fora de série, político sem igual e pode se transformar no maior de todos, seja quem ganhar, mas virando a eleição para Serra, será um mito, ou melhor confirmará ser o mito que todos sabemos que é.

Um extraordinário show de solidariedade e valorização da vida no Chile


A minha homenagem ao Chile pelo exemplo de solidariedade, valorização da vida, fé e esperança.
O resgaste dos mineiros soterrados na mina de cobre foi um espetáculo que emocionou o mundo inteiro.
A mobilização de centenas de pessoas, de recursos de tecnologia são prova da valorização da vida, da importância da liderança de um deles, da organização, da família e principalmente da fé e esperança.
A humanidade registra um episódio que marcará para sempre este dia 13/10/2010.

Meu programa de hoje na Rádio Bomsucesso fala da saga chilena. Ver mais: http://www.radiobomsucesso.com.br/

terça-feira, outubro 05, 2010

O segundo turno de 2010

Confesso que esperava a eleição de Dilma no primeiro turno. A economia "bomba" e a maioria das pessoas não consegue dissociar isso de Lula, já abordamos várias vezes o tema aqui.

Quando vi domingo a manchete do jornal Folha de São Paulo, vi que poderia haver o segundo turno. Para o Brasil é importante, a soberba de alguns políticos merecia isso.

Agora pode mudar tudo, mesmo eu ainda considerando que Dilma continua favorita. O que pode ajudar Serra?
  1. Tempo de TV igual.
  2. Os governadores eleitos de SP, MG e PR, estados com grandes colégios eleitorais e tucanos. Eles podem complicar a vida de Dilma e cia.
  3. Segundo turno é outra eleição, alguns dizem que fica tudo zerado e começa novamente.
  4. Soube por algumas fontes que vão estourar alguns escândalos contra o PT e até Dilma, dizem que o jogo será bruto.
  5. O eleitor de Marina deve ir para Serra, a grande maioria na minha opinião.

Serra deve melhorar seu programa se quer vencer, o de Dilma dá de zero no dele. A troca de vice presidente como andam falando, inclusive com Aécio ou Marina, acho que é especulação pura. Até seria uma boa idéia, mas não é política e nem juridicamente fácil esta operação e nesta altura é melhor correr atrás de alguma estratégia viável e não sonhadora. De sonho bastam as promessas dos dois candidatos que ouviremos para valer.

Acho que Serra pode ganhar, mas não será fácil, mas como dizem aqui, eleição e mineração só depois da apuração. Vamos aguardar.

O Tiririca pode não ser diplomado, existem suspeitas de que é analfabeto e isso é ilegal. Os votos seriam anulados e poderia mudar a composição dos deputados por São Paulo. Que a justiça sejá feita, mas o Brasil agradeceria com certeza!

sexta-feira, outubro 01, 2010

Os candidatos para 2010

Confesso que estava na dúvida. Sabia quem quem não iria votar, mas não em quem votar.
Para governador, senadores e deputados de Minas, foi fácil.
Para presidente decidi ontem: Vou de Marina
Vi o debate e confirmei minha opinião sobre cada um:
  • Dilma: Mente muito, promete demais. Para ela só existiu o Brasil depois de Lula. Ela perdeu a estribeira ontem e quase bate boca com a platéia, isso é grave e mostra o destempero dela, muitos sabem disso e é defeito sério para quem quer ser presidente.
  • Serra: Sabe de tudo, promete e promete, chega a ser ridículo. Panacéia do Brasil. Ele é muito arrogante e prepotente e nada tem de simpático. Errou na estratégia. As últimas promessas de 13 para bolsa família, salário mínimo a R$ 600, fere o bom senso e te garanto que ele perdeu muito votos com esta demagogia barata e irreal.
  • Plínio: Este está ali para tentar ressuscitar o comunismo e o socialismo. Ele quer o mundo rosa e colorido, a sociedade ideal. As idéias são absurdas e ridículas e os erros passados mostram isso. Tem o discurso bonito e legitimo, mas desconstituído de qualquer realidade. Quimera na noite de verão.
  • Os outros: Os nanicos que nem sei porque estão ali, não merecem comentários. Os outros do PCO, PSTU e PCB querem o comunismo legítimo do passado. Falam em Cuba, Coreía, Satlin e Mao. Meu Deus, até os países comunistas mudaram e aqui querem levantar os defuntos do muro de Berlim.
  • Marina: A grata surpresa, vi que ela está preparada. Muito realista, não agride a verdade com promessa leviana, mas mostra uma face humilde que me agrada.
Vi uma pesquisa hoje que a Marina passou a Dilma no DF.
Foto
Na mais recente pesquisa do Instituto Soma Opinião e Mercado, cujo campo foi realizado nesta quinta-feira (29), aponta o crescimento espetacular das intenções de voto na candidata do PV à presidência da República, Marina Silva, em todo o Distrito Federal.

Olha isso ai. Marina pode passar Serra? Acho que pode. A onda verde e antecipação por BSB das tendências nacionais já foi comprovada em outras eleições.
Segundo turno? Acho que as chances são reais, principalmente com a onde Marina. Se houver segundo turno, e se Marina for, Dilma vai ficar apertada, escrevam ai.