quarta-feira, março 06, 2024

A lei dos aplicativos no Brasil. E dai?

 


Lei a integra

O que muda com a regulamentação para motoristas de aplicativo?

Vamos lá. Vou resumir minhas considerações em forma de “bullets” como diz o americano para resumir algumas ideias chave.

De boas intenções o inferno está cheio

Foi só para motoristas, mas os outros aplicativos em breve serão envolvidos e regulados

A intervenção do estado, a princípio, é ruim, mas as vezes se faz necessária foi assim que ao longo da história corrigimos falhas no processo de mercado. Será neste caso? O tempo dirá.

O governo de um viés sindicalista foi motivado porque serão criados sindicatos e haverá arrecadação para o governo, já vi números de R$ 279 milhões de arrecada.

O BRASIL TEM 16.293 SINDICATOS E ESTADOS UNIDOS POSSUI 130, A ALEMANHA 70, INGLATERRA 90, não tem algo de errado aqui? Com a “República sindicalista” esperar o que?

Por mais que pensem nos trabalhadores e eles possam ter benefícios, a motivação não foi esta.

Como sempre a sociedade pagará a conta. Não há como não ter repasse aos preços.

É falácia dizer que as empresas são “exploradoras”, é um processo legítimo, gera muitos empregos e a liberdade de mercado impera. Pode ter problema para empresas adiante? O tempo dirá.

Pode haver desemprego? Talvez, o tempo dirá. O trabalhador perderá autonomia? O tempo dirá. Haverá aumento de burocracia? Com certeza. A intervenção e o Estado dão nisso.

Sou contra intervenção de estado, mas as vezes é necessária. Neste caso ainda haverá o congresso que pode melhorar ou atrapalhar os pontos positivos, a conferir.

Tomara que dê certo, mas eu aposto que a motivação é clara, aliás sempre a narrativa é o povo e seu bem, mas pelos personagens envolvidos nisso podemos imaginar muitas coisas “ behind de scene”. Infelizmente.


Lula assina projeto de lei que regulamenta a profissão dos motoristas de aplicativo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assina, nesta segunda-feira (4/3), o projeto de lei que regulamenta o trabalho de motoristas de aplicativo. A cerimônia de assinatura do texto, que será enviado ao Congresso Nacional, será realizada às 15h, no Palácio do Planalto. O evento contará com a presença do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e representantes de empresas de transporte, como Uber e 99.

A proposta regulamenta, por enquanto, apenas o transporte de passageiros em veículos de quatro rodas. Dessa forma, não estão incluídos motoristas de motocicletas ou entregadores de delivery e encomenda.

O texto foi criado a partir de conversas do governo federal com as empresas e de motoristas de aplicativo. O projeto de lei era uma das promessas da campanha eleitoral do presidente Lula.

Veja os principais pontos do projeto:

1.       Jornada: a carga horária estipulada é de 8h, podendo chegar a 12h se houver acordo coletivo;

2.       Sindicatos: será criado a categoria de trabalhador "autônomo por plataforma", com sindicato de trabalhadores e patronal;

3.       Salário: a remuneração será de R$ 32,09 por hora trabalhada. Destes, R$ 8,02 são referentes ao trabalho e R$ 24,07 aos custos do motorista;

4.       Benefícios: os motoristas terão direito a vale-refeição a partir da 6ª hora trabalhada, serviços médicos e odontológicos;

5.       Reajuste anual: o percentual será igual ou superior ao do salário mínimo;

6.       Exclusividade: os motoristas poderão trabalhar em mais de uma empresa de transporte de passageiros;

7.       Suspensão de motoristas: as plataformas terão de seguir regras para excluir os trabalhadores;

8.       Previdência: os motoristas pagarão 7,5% sobre "salário de contribuição" e a empresa pagará 20%.