sexta-feira, setembro 21, 2012

Golpe das elites?



Triste se não fosse cômico, algumas figuras e partidos tentarem defender o Lula e acusarem um suposto GOLPE DAS ELITES contra ele e sua trupe.
Usam o julgamento do famoso mensalão e destilam o ódio ideológico e retrógrado contra uma elite que eles todos fazem parte, principalmente o que chama de injustiçado, Lula.
Outro absurdo é quererem sublinearmente comparar Lula a Jango e Getúlio Vargas ou aquelas épocas a atual.
Quem leu meu livro sabe a pesquisa profunda que fiz sobre Vargas e para quem não sabe cheguei a Jango e aos desmandos dele, governante fraco, dominado por Brizola que acabou levando ao país ao contra-golpe de 1964. Isso mesmo, a revolução de 64 não foi um golpe, mas um contragolpe que seria aplicado por Jango e Brizola.
Quem estudou o mínimo de história não pode comparar Lula a qualquer dos dois, principalmente pela formação acadêmica e política de um e dos outros.
Se querem comparar uma chamada reação das elites as crises de 54 e de 63 e 64, agora deveriam analisar um pouco mais por alguns aspectos que listo rapidamente aqui:

  1. Pelo que me consta Vargas era cercado de bandidos, mas ele nada teve de envolvimento com as mazelas e crimes que ocorreram no seu suplício de 54. Tenho várias restrições a Vargas, mas em nenhum momento minhas pesquisas mostraram ser ele comparável em caráter a nosso personagem atual.
  2. Tudo indica, a verdade e história mostrarão que o episódio do mensalão teria um chefe. Ou será que toda a sagacidade não foi usada para saber o que se passava no terceiro andar do Palácio?
  3. A corrupção que existiu naqueles episódios de 54 e 63/64 não podem nem de perto serem comparadas com o tal mensalão e aos escândalos de hoje. Lá, existia um mínimo de escrúpulos, e a minoria se locupletava, hoje não existe nada disso. A grande maioria está ali para se dar bem, meter a mão e acusar os custos das campanhas por isso, custo que eles mesmos fazem subir com a compra de votos deslavadas e esquemas marketeiros milionários. Como vi uma frase outro dia: Não é a política que faz o cidadão virar ladrão, mas nosso voto que coloca o ladrão na política.
  4. Falarem de golpe das elites, os mesmos elitistas que dominam a política é sofisma puro para continuar tentando iludir a opinião pública e o restante do povão incauto que ainda acredita neles.
  5. As crises de 54 e 64 foram fruto de fatores conjunturais, bandidos e oportunistas que se aproveitaram do governo, mas tiveram conseqüências aos seus personagens, Vargas morreu ou seria deposto, Jango caiu com o contra golpe de 64, enfim, não prevaleceu a impunidade que nos rodeia hoje.
Se querem comparar a história, que ela se repita também na punição e consequências aos seus personagens principais.
O Brasil pode ter uma tímida chance e tudo indica, graça as Deus, que este julgamento pode ser um divisor de águas na questão da impunidade de políticos e caciques. Sem entrar no mérito da questão técnica, espero que seja aplicada a justiça sem restrição. 
O estupro de nossas instituições, a banalização da corrupção e da malandragem por políticos deve começar a ser atacada com a punição de culpados deste triste episódio que manchará nossa história e muitas biografias de atores que gostariam de continuar enganando o povão.

Viva Abraham Lincoln:

 Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...


sábado, setembro 15, 2012

ELEIÇÃO SEM DINHEIRO! SALVEM O BRASIL





Vamos divulgar.
O Mal deste Brasil é a compra de votos e o dinheiro que corre nas eleições. A corrupção tem outras origens, mas uma delas é esta. 
VAMOS ACABAR COM ISSO.
A impunidade é outra, e existem várias, mas esta é a principal.


DIVULGUEM.


O Brasil e as pessoas sérias agradecem.

sábado, setembro 08, 2012

Minhas palavras dizem nada, mas estão ai.


Falando com o coração não é preciso preparação. O improviso de uma fala está sempre ligada a emoção que o interlocutor e os ouvintes sentem. Confesso que nunca me intimidei com a fala improvisada, mas hoje não tive a habitual coragem. Tinha certeza que a emoção e por que não saudade me deixariam inseguro, por isso preparei uma fala, simples mas verdadeira com as palavras que saem do meu coração e com certeza represento os de todos presentes.
Aqui  estamos todos sintonizados. Na sintonia da lembrança e da sauidade.
A saudade não é de todo ruim, ela mexe com a nossa alma, com nossas lágrimas e nos fazer viver, sentir que estamos vivos, que temos pessoas queridas e somos queridos.
Assim como a  distância, que não impede que as relações se percam, nem que as histórias se apaguem.
Me lembro muito bem, dos natais na casa da D. Gelcira e a vinda de todos os filhos e netos. As páscoas, onde a Geralda e a vovó escondiam ovos de galinhas cozidos para que procurássemos, sob o olhar atento dos filhos Murilo e Francisco, noras Lúcia e Lucy e Filhas Maria Tereza  e Yolanda e o genro Belmiro.
Todos nós crianças, alguns ainda em sonhos dos pais, mas a simplicidade e a vontade de D. Gelcira em agradar sua família deixou a marca indelével.
O Dr. Badaró era sisudo e sério, de poucas palavras, olhar e presença que impunham respeito, mas que escondiam uma presteza e bondade em ajudar todos.
Minas Novas, querida por ele e por seu filho Murilo foi o tormento da D. Gelcira e da D. Lucy, muitas vezes, mas que conseguiram na saudade e tristeza criar seus filhos e apoiar seus maridos na luta política.
A tradição política é longa, com muitos feitos e legado inquestionável, mas a vocação pública da história política foi a marca deixada e com certeza herdada por todos nós.
Uma família vai crescendo, agregando pessoas, mas algumas marcas não mudam com a mistura cultural que as pessoas que chegam trazem para o seio familiar. Estes agregados queridos ajudam na conservação da tradição e na depuração dos defeitos.
A marca dos encontros constantes em uma fase da vida e depois um aparente distanciamento é a marca do crescimento  da família e multiplicação da genética, percebemos isso quando vamos crescendo e nos distanciando de nossos queridos. Seguindo outros núcleos familiares, formando nossos próprios.
Não é preciso falar que só existem virtudes, todos temos defeitos e erros no decorrer de uma vida, mas a marca da tradição e da cultura não se misturam a estes. Os Badarós são marcados por muitas coisas, entre elas, a beleza física, modéstia as favas como dizem, mas a ligação com a cultura, com o comprometimento nas ações profissionais, na seriedade e honestidade de suas mulheres, e muito mais que isso, que estão dentro de nós e não seriam as palavras a dimensionar estasquaidades
Este encontro que no passado era rotina na casa simples e querida da D. Gelcira e a inesquecível Geralda Pelegrina  ficou anos sem acontecer, mas agora temos a chance de relembrarmos e culturamos a memória da família, principalmente dos que se foram, Dr. Badaró, D. Gelcira, Geralda, Francisco e Murilo.  Falo com propriedade e testemunho o quanto o Dr. Murilo queria fazer este encontro, mas com certeza eles estão entre nós.
Não saberia dizer quantos estão aqui, o quanto a família cresceu para vários lados, mas a emoção e a reverenciação das nossas tradições vale e marca estas virtudes dos Badarós.
Aqui estamos só pelo lado do Badaró Junior, mas a família é grande, lutadora e vencedora em diversas atividades e segmentos da sociedade, temos vários, engenheiros, advogados, médicos, empresários , até a carreira  religiosa temos entre os Badarós.
A tradição política tenho certeza não está esquecida, talvez adormecida pelos desmandos e qualidade dos atores que vivem este mundo atual. Na destruição das instituições e de valores nacionais.  Na indignação e revolta que todos temos com o que assistimos no Brasil pode estar este afastamento que tenho certeza será temporário, ainda vejo um Badaró em futuro próximo que dará segmento a tradição. Não é que fugimos da luta, é que esta luta não é da altura de nossa vocação e cultura política.
O excesso de dinheiro e o queda  de moralidade e ética na política entraram em conflito com a nossa tradição, tenho certeza. Os Badarós têm defeitos diversos, como todas as pessoas, mas na sua mais forte tradição que é a política, eles nunca denegriram a imagem ou o nosso nome no tratamento da causa pública.
Aqui temos  gente de todas as idades, de várias gerações, alguns mais ligados pela idade, pela proximidade e até pela afinidade, mas não importa, todos temos a carga genética que traz muito mais qualidades do que defeitos, isso todos temos certeza.
Nem todos estão aqui, por motivos pessoais ou até alheios a vontade, mas com certeza gostariam de estar tenho certeza.
A emoção e a lembrança fazem parte da vida e nos deixam vivos,  recordar é viver como diz um poema. A alegria e a diversidade de pessoas e idades, todos que carregam um pouco do sangue que nos une aqui é motivo de orgulho e fortalecimento de nossas crenças e tradições.
Este encontro ficará marcado na vida de todos,  para as crianças e mais jovens  que mal entendem ainda o mundo  é motivo de compreensão do que é uma família tradicional com valores e princípios que não são destruídos.
O Duga deixou esta frase no FaceBook, aliás esta ferramenta da modernidade que tornou mais fácil a gente se encontrar aqui, ela diz:
" A saudade é o passar e o repassar das memórias antigas" de Machado de Assis
Eu mudaria para, “ A vida é vivida com o passar e repassar das  memórias antigas”.
E para encerrar  declamo este poema:
Soneto 30 ~

Quando à corte silente do pensar
Eu convoco as lembranças do passado,
Suspiro pelo que ontem fui buscar,
Chorando o tempo já desperdiçado,

Afogo olhar em lágrima, tão rara,
Por amigos que a morte anoiteceu;
Pranteio dor que o amor já superara,
Deplorando o que desapareceu.

Posso então lastimar o erro esquecido,
E de tais penas recontar as sagas,
Chorando o já chorado e já sofrido,

Tornando a pagar contas todas pagas.
Mas, amigo, se em ti penso um momento,
Vão-se as perdas e acaba o sofrimento

Obrigado

Badaró