segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Estado não cresce, incha!

Estado não cresce, incha e depois explode.

O crescimento econômico em 2006 dos países do B.R.I.C foi: Brasil 2,8%, Rússia 6,7%,Índia 8,2% e China 10,2%.


Leia mais sobre o BRIC.

Desde 1980 temos problemas para crescer. Veja mais.

Por pior que seja, sempre haverá um lado virtuoso no crescimento econômico, mas pelas nossas condições socioeconômicas temos que ter no mínimo 3,5% ao ano, caso contrário perdemos.
O crescimento de 2,8% em 2006 tem um lado bom, o aumento do consumo das famílias, indicador macroeconômico importante e combustível da máquina econômica.
Vejam só que interessante: Em 2006 o consumo das famílias cresceu 3,6% e o PIB, 2,8%. Podemos inferir que parte deste consumo foi atendida com bens importados, ou seja, nossa indústria deveria e poderia ter atendido esta diferença. Não que a importação seja mal, ao contrário, no mundo globalizado esta condição é básica, mas devemos e podemos medir o crescimento de importados como alavanca da economia, na questão de máquinas. Quando importamos máquinas é sinal que nossa indústria acredita e aposta no crescimento. Vejam 2006: crescemos o PIB, 2,8%, o consumo das famílias, 3,6%, mas o setor de máquinas tem redução. É grave e devemos olhar para setores onde exportamos “commodities” e importamos bens de produção com valor agregado, existem diversos exemplos.
O fio da meada todo está na questão grave e parece relevada pelo governo. O aumento do estado e dos gastos públicos com a carga abusiva de tributos, hoje 38% do PIB, uma das maiores do planeta.
Um economista chamado Rogério Fragelli da FGV fez um estudo com temerárias conclusões: O estado brasileiro ficou com 66,8% do PIB gerado entre 1990 e 2006. Ou seja, quem deveria criar o ambiente de crescimento com investimento era a iniciativa privada, mas aconteceu o contrário. A riqueza ficou nas mãos do governo que não deu a contrapartida necessária nos seus quesitos básicos: educação, saúde e infra-estrutura.
Estado não cresce, incha. Como crescer um país que aumenta seu rombo com programas sociais e tem de buscar recursos para se financiar fazendo a alegria da banca com os juros campeões do globo?
Enquanto o estado crescer mais que a iniciativa privada não haverá crescimento real. O desperdício é enorme e justiça social pregada é efêmera. Mais cedo ou mais tarde a conta terá que ser paga. A história é sempre a melhor lição e erros passados são as testemunhas.
Receita explosiva para acelerar o pavio da nossa bomba: Juros altos, impostos excessivos e inchaço do estado. Fácil enxergar o problema, só não vê quem quer.
Outro dado preocupante: Segundo algumas estimativas, o PAC lançado agora tem 76% dos investimentos dependentes do governo. Seria mais apropriado concentramos em investimentos privados nossa esperança futura. Ainda torço para o sucesso do PAC, todos deveríamos fazê-lo.
Os caminhos nossos são ambíguos, enquanto falamos em crescer o Brasil, fazemos o contrário das receitas que deram certo. Aumentar gastos sociais é legítimo, mas anacrônico. Justiça social e distribuição da renda só com geração de riqueza com aumento da renda e emprego.
O Estado vai continuar bancando o bom samaritano enquanto afundamos na lama assistindo outros países irem à nossa frente.
Insisto que o PAC daria mais resultado se fossem tocados pontos chaves: Marco regulatório, PPPs e corte de gastos.
Estes dados que são mostrados aqui confirmam onde está o tumor. Temos que extirpá-lo já. Melhor sangrar e doer agora a deixar o paciente morrer.
O diagnóstico está traçado e a doença vem de longa data, não adianta culpar só o PT e Lula. Alguém dúvida que o apagão aéreo, das estradas e brevemente da energia não são conseqüências desta situação?

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