Ele fala da possibilidade de recorde da indústria automotiva do Brasil em 2010. Em 2009 eles "bombaram" com a redução do IPI e venderam horrores. Só em junho de 2009, em Brasília foram vendidas 10 mil unidades no mês. Sabem o que é esta quantidade de carro entrando no já combalido trânsito?
Agora a perspectiva é a mesma. Alavancado no crédito e na renda melhorando o povão vai as compras de carro novo. Ainda que com "spreads" criminosos de algumas financeiras, existem opções baratas e motiva o comprador. Zero de entrada e financiamento em até 80 meses eu já vi.
O problema é que a maioria não faz conta, mas isso não quer dizer que não existam opções boas.
A economia agradece, a indústria automotiva é forte, sua força é boa para geração de emprego e renda e para o governo impostsos, não se esqueçam que somos os campões do globo em tributos, nos veículos então, nem se fala.
Mas isso tudo tem um lado perverso. A sustentabilidade urbana fica comprometida e usando as palavras de Antonio Machado, as cidades vão ficar entupidas.
Aqui em BH, cidade tranquila de sempre, o trânsito já está caótico. Vou voltar ao tema com dados que tenho sobre o problema dos grandes centros.
Além do inconveninete dos congestionamentos e da perda de tempo de todos (lembre-se que tempo é dinheiro), ainda temos o problema sério da poluição.
Não só do efeito estufa pelo CO2 do combustível, mas a poluição via material particulado e emissões. Por exemplo, o teor de enxofre do nosso diesel é muito acima do permitido nos países desenvolvidos. O fator poluição é muito sério para a saúde pública e muitos bilhões são gastos por conta desta situação.
Não podemos frear o desenvolvimento da indústria nem do mercado, mas ações em paralelo precisam ser tomadas para equilibrar os problemas gerados.
A palavra mágica chama-se sustentabilidade urbana. A mobilidade urbana está relacionada a ela, mas a política que algumas cidades estão adotando têm foco mais abrangente.
Volto ao tema com mais dados horripilantes do problema e com algumas idéias para solução.
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