quinta-feira, março 29, 2007

PIB melhorado, mas lanterna continua!

PIB de 2006 vai a 3,7% e previsão para 2007 já supera 4% - Estadão 29/03/2007 - Veja mais

A nova metodologia moderniza a metodologia para a realidade atual, o PIB foi idealizado em 1940 e de lá para cá o mundo se transformou muito e rápido, as metodologias de cálculo não acompanharam, principalmente no Brasil. A questão é que mesmo com os 3,7% em 2006 e projetando mais que 4% em 2007, ainda assim estamos " fora do mercado".
O mundo deve crescer menos em 2007. Outra coisa, as projeções do PAC são de 4,5% e fora disso teremos mais problemas na alavanca pretendida pelo governo.

Escrevi muito sobre crescimento do Brasil e do mundo. Clique e veja mais

Mas vamos lá: Em 2006 o crescimento médio mundial, o chamado PBM (Produto Bruto Mundial) foi de 3,8% e para 2007 a projeção é de 3,2%. Se fossemos comparados com a média mundial, tudo bem, mas nossa realidade é outra e nosso "benchmark" são os "países em desenvolvimento" e os de "economia em transição".

Vejam ai: Para os países em desenvolvimento, em 2006 o crescimento médio foi de 6,5% e para 2007 deve ficar em 5,9%, já os países em transição, 2006 foi de 7,2% contra 6,5% projetado em 2007. Quem quiser ver mais clique aqui

O Brasil deve ser comparado com os países em desenvolvimento e com economia em transição.

Estamos "fora do mercado", continuo insistindo que as oportunidades se vão e em 2007 a curva mundial começa seu ajuste, nosso custo será maior que o atual em cenário mundial ruim. Não adianta nos contentarmos com o PIBINHO, o Brasil deveria estar brilhando como China, Índia, Rússia, o famoso BRIC. Vejam o que é BRIC

Mesmo com as correções, que acredito sejam de boa fé, estamos na rabeira mundial. Passamos agora El Salvador. Estamos na frente de Haiti e El Salvador agora. Bacana não?

Santiago Dantas dizia que " o mais próximo do limite máximo da ingenuidade é o limite máximo da esperteza". Politicamente prefiro acreditar que estamos sendo ingênuos, pois caso contrário, estão nos fazendo pagar um custo altíssimo no futuro em troca de projetos de poder político de pessoas e partidos.

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