quinta-feira, outubro 30, 2008

A eleição americana e notícias da crise!

Parece que Obama deve vencer apesar de eleição e mineração o resultado só após a apuração!

Pelo dinheiro, pelo momento, pelas pesquisas, pelo desgaste de Busch parece que Obama é barbada. Falei com dois amigos republicanos e o ânimo deles é baixíssimo, isso é outro sinal.

Não sei porque temer Obama, a sociedae americana, a imprensa e a democracia derrubam qualquer um que fizer bobagens por lá. Obama parece bem intencionado, acho que em política não basta boa intenção, mas ele está cercado de gente boa, como Clinton e provavelmente gente de sua equipe. Lembrem-se que na era Clinton os EUA passaram uma das melhores fases econômicas.

Crise: As bolsas asiáticas sobem, Hong Kong sobe 12%, bons ventos sopram hoje, como já havia dito, a volatilidade continua, mas a inflexão é para cima.

O Brasil toma US$ 30 bilhões para segurar o câmbio, não vi ainda detalhes, mas parece que existe o receio de ataque a nossa moeda, any way, a preocupação com o câmbio é real, sem trocadilho. O BC atua com firmeza e competência e acima de tudo, responsabilidade.

EUA baixam os juros e o Brasil mantém, como disse no última postagem. Acho que aqui existe temor com a inflação, principalmente pela maxi valorização que o mercado impôs.

Cada vez mais estou convicto que muita gente acadêmica vai passar a olhar a tese das novas premissas na economia, vamos esperar!

quarta-feira, outubro 29, 2008

O futuro da crise!

Parece que tem gente já aceitando que as medidas tomadas pelos países são eficientes. Paul Krugman que previu a crise, agora prevê que as coisas estão se ajustando. Clique e veja - Nobel de Economia vê 'hora da virada' em crise financeira. O vencedor do prêmio Nobel de Economia deste ano, o economista americano Paul Krugman, disse que a atual crise financeira global pode ter chegado à hora da virada.

O FED reune-se hoje e deve abaixar a taxa de juros. O medo de recessão. Aqui o COPOM deve manter ou subir, mas até o final do ano as previsões são de alta.
O medo da inflação ainda é real por aqui, mesmo com o equilíbrio que pode haver entre a alta do dólar (causa de inflação) e a baixa do petróleo (que alivia a inflação).
Juro alto aqui segura a inflação e deve ter influência no câmbio atraindo moeda estrangeira e forçando o lado comprador. Sou a favor da alta de juros pela primeira vez na minha vida talvez.
Na verdade ainda estamos no nevoeiro e a confiança não está totalmente restabelecida, mas insisto, as premissas são outras, o mundo mudou e os emergentes vão segurar aonda e dar a volta por cima.

terça-feira, outubro 28, 2008

A crise hoje e uma previsão, mas política!

Após o noticiário da crise hoje e a fala do ministro Mantega resolvi postar o seguinte:

Todos sabemos que a economia é tocada por Meireles e, digamos informalmente por Palloci que dá copnselhos ao Lula, o ministro pelo qual o presidente teve que abrir mão por conta de escândalos políticos passados. O Guido Mantega foi assessor econômico na época da campanha, mas sempre achei que ele é figurativo. Não tenho nada contra ele, não digo que é bom ou ruim, mas me parece midiático e recentemente tem falado mais do que deve um ministro da fazenda, pelo menos em plena crise. Clique e veja.

Os fundamentos da economia foram plantados há muito tempo, antes de Lula, e a prosperidade mundial, da qual agora pagamos a conta, foi outra responsável pelo céu de brigadeiro até setembro de 2008 quando estourou a bolha. Sempre falei, assim como Milton Friedman, não existe almoço grátis.

Reafirmo que é a inflexão de um ciclo,mais um ao longo da história da humanidade onde a economia esteve presente. As bolsas têm comportamento atípico, os ativos de depreciam para ajuste a valores racionais. A crise foi causada pela alavancagem, desregulamentação no sistema financeiro americano, a riqueza gerada nos últimos anos e a criatividade do mercado com seus "hedges" e derivativos. É isso.

Peter Druker já havia preconizado, e agora revendo o livro de Alan Greenspan, A Era da Turbulência, novamente confirmei que o mundo não é o mesmo. A informática, telecomunicação e internet mudaram as premissas, continuo afirmando tudo que postei e escrevi recentemente.
Existe uma nova ordem mundial na economia, alguns pilares e fundamentos mudaram.
Vamos sair breve do problema, citarei só alguns pontos novamente:
1- O próximo presidente americano e a resiliência da economia americana
2- O coração do sistema financeiro mundial é em Londres e os EUA não são a força motriz da economia mundial como no passado.
3-Os emergentes capitaneados pela China que vão garantir que a coisa não ficará pior, podemos dizer, foi nosso seguro contra uma catastrófe mundial econômica.
4- Ações de diversos atores, governos e BCs com sincronização e eficácia.
5-Haverá ajustes de segmentos que cresceram muito, que especularam muito, enfim, a conjuntura sempre pega alguns, mas em contrapartida pode criar uma série de oportunidades para outros. A economia sempre é via de mão dupla.
6-A teoria do descolamento das economia (emergente x desenvolvida) não pegou totalmente, mas mostrará sua força. A crise ainda é de insegurança, breve ela voltará ao mercado e as operações continuarão, inclusive no mercado de "hedges" e derivativos, estes cruciais para a economia capitalista e gestão dos riscos.
Só uma questão para reflexão: Estes problemas que estouram agora em diversos segmentos e países aconteceram por causa da crise mundial do sistema financeiro americano? Claro que não, são processos que estavam em curso, parte do ciclo de alta que agora se corrige. Alguns efeitos da crise podem estar por vir, mas nada que possa tirar o sono, pelo menos dos otimistas como eu. São raras as situações imediatas na economia, sempre existem sinais dados. A gestão nesta hora pode significar a ida para o céu ou para o inferno, ainda mais quando se está no purgatório de crise mundial.

A minha previsão: Como disse, não julgo o ministro Mantega, mas ele está boquirroto e figurativo. Lula precisa dar visibilidade a um grande político mineiro, competente e lúcido. Vencedor de uma eleição e patrono de um modelo político moderno e inovador. O quase ex-prefeito Fernando Pimentel, economista de mão cheia, com experiência de executivo e muito competente. Ele substituirá Mantega no MF. Quando? Até meados do ano que vem. Quando a crise arrefecer, quando tivermos um fato político relevante, sei lá. Lula é esperto e já está pensando nisso.
Podem escrever ai, Pimentel deve assumir o MF, se não , será algo importante na área econômica antes do final do mandato de Lula. Podem escrever ai.

quinta-feira, outubro 23, 2008

A canseira do caso Eloá!

Meu deus do céu, a imprensa brasileira parece sem assunto mesmo com toda crise mundial e medidas polêmicas que o governo brasileiro quer tomar para combater os efeitos da crise aqui.
Acabo de assistir o Bom Dia Brasil, ficaram minutos discutindo se houve ou não um tiro antes da invasão. O que importa? Na sucessão de erros, da polícia e da imprensa, uma menina de 15 anos perdeu a vida e dstroçaram famílias com trumas que podem jamais serem sanados.
Minha opinião: O assassino foi transformado em celebridade pela impresa, quando restabeleceram a luz, a imprensa não poderia ter feito a cobertura do caso como fez. Colocaram adolescentes da periféria como heróis nacionais, de que, me pergunto? Celebridades por cinco dias? A troco de que?
A entrevista de jornalistas com o sequestrador foi patética. Seria cômico se não fosse trágico o desfecho desta história. Falta assunto na mídia ou aproveitam o sensacionalismo para colocar em audiência o povão analfabeto e incauto deste país?
O enterro da menina passou edição nacional ao vivo, milhares de pessoas como um rebanho de ovelhas foi ao cemitério, inebriadas, sei lá por que. O que é isso? Quantas Eloás em casos similares ou mais chocantes não morrem anônimas sem a cobertura da imprensa? Não se respeitou a dor da família dos envolvidos. Um menino "pau de arara" da Paraíba é transformado em celebridade cometendo um crime imbécil. As meninas, vítimas, ganham centenas de luzes da ribalta nas suas vizinhanças e parentes dão entrevistas a todo momento, fazendo do fato triste e perigoso, um evento festeiro, ao vivo, com a chamada de plantão! Reflitam: Se a imprensa não desse a importância que deu, não transformasse o fato em sensacionalismo nacional, qual seria o desfecho? O jovem não teria outra atitude?
A polícia demorou para invadir. Se o tiro ocorreu antes ou depois, o que importa?
A sucessão de erros da polícia, da imprensa e da sociedade em geral que deu a cancha a mídia acabou na tragédia que assistimos, e o pior, a mídia continua com a cobertura irreal. O caso não poderia ser relevado, mas a overdose foi o maior dos erros.
Falta assunto com certeza, ou será que existem outras motivações? Gostaria de entender.

quarta-feira, outubro 22, 2008

A nova ordem econômica mundial e as conseqüências da crise!

Gráfico da crise de 1929.


As crises não são de todo mal, diz Allan Greenspan, Concordo com ele. Esta além de esperada vai dar muitas licções na humanidade, para os outros ciclos virtuosos que virão.
Estamos vendo todos falando no fim do capitalismo, em depressão pior do que a crise de 1929, em nova conferência mundial nos moldes de Bretton Woods e outras coisas mais, a mídia está inquieta, as bolsas de valores apresentam volatilidade insana, sobem em um dia e despencam em outro, o mercado ainda não está acomodado, a confiança não está completamente restabelecida, vamos a alguns fatos:
1-) Existe uma nova ordem econômica mundial, a internet, a velocidade e intangibilidade são premissas.Não podemos comparar a crise atual a de 1929. Hoje se sabe que a depressão que se seguiu a crise da bolsa de 1929 poderia ter sido evitada por ação do governo americano que na verdade agiu na seqüência com o “New Deal” onde aparece Jonh Maynard Keynes e escreve um capítulo a mais na economia.
2-) Bretton Wood foi convocada em função da experiência de 29 e dos estragos que a II guerra estava causando, no final já, mas o mundo precisanso limpar os escombros.
3-) Tivemos chamado “Baby Boom” da década de 50 e 60, conseqüência direta das mudanças pós guerra, inclusive tecnológica e o advento da comunicação. Prosperidade total, logo veio a crise do petróleo na década de 70 e os movimentos inflacionários em quase todos os países, causados pela mesma prosperidade basicamente. Aqui no Brasil foi um pouco diferente, pois experimentamos na década de 70, crescimento econômico médio de mais de 9%, como é a China hoje, o chamado milagre econômico. Depois os períodos de inflação crítica experimentados na década de 80. Em 1973 o primeiro choque do petróleo e início da inflexão mundial na riqueza gerada em 50 e 60.
4-) É difícil comparar a era “Baby Boom” com a virtuosidade econômica iniciada na década de 90, sustos em 97 e 2001 com problemas mundiais que afetaram a tranqüilidade dos mercados. A crise asiática e o atentado ao “World Trade Center”. Estava na hora da correção.
5-) O G-20 e o G 7 são analogamente neste momento uma nova Bretton Woods. Os países discutem mecanismos de combate ao problema sistêmico, característico da globalização e do mundo conectado e veloz. Podem até nomear uma nova conferência para discutir a economia mundial, mas isso já ocorre de maneira coordenada e competente até aqui.
6-) A tendência de uma aumento da regulamentação e mudanças nas regras de bolsas, fundos, derivativos, sistema financeiro e bancário é grande, mas demora algum tempo. Não digo aqui anos, nem meses, mas muitos dias. Lembre-se uma das premissas é a velocidade. A movimentação e a liquidez de suporte que os BCs dão ao mercado são ágeis e rápidas, ainda bem. 7-) O Capitalismo não acabou nem está sendo revisto. O lucro ainda é a melhor forma de gerar riqueza, emprego e renda. O sistema de mercado ainda é o mais democrático e livre. Intervenções de governos? Sempre que necessário. Em 1929 ficou provado que o capitalismo não pode prescindir de regulamentação e fiscalização, em nome até de sua própria liberdade.
8-) As bolsas estão voláteis não por causa das notícias de potencial recessão mundial. O mundo ainda crescerá 2,5% médio ao ano segundo diversas previsões. A China ainda crescerá 9% e os emergentes outros tantos. O Brasil deve ficar com 3,5% ou mais. As bolsas ainda se ressentem de falta de confiança, de ajuste de preços irreais e do momento de instabilidade, natural no meio da confusão.
9-) A confiança da população não poderia seguir caminho diferente neste momento. O mundo não parou, não foi a primeira e nem será a última crise da economia, seja local ou mundial. A diferença é que hoje, tudo ligado sistemicamente, as informações circulam rápido e acabam colocando freios em diversas atividades, mais por receio, acredito eu.
10-) Vão fechar mais fábricas como ocorre com as de brinquedo chinesas, é parte do processo, da inflexão pós prosperidade absoluta. Da competitividade global, da evolução do preço dos insumos, enfim, não é por conta desta crise com certeza. Quebrou uma empresa espanhola de aviação foi a crise?, Espera ai, o setor de aviação está em crise há muito tempo, simplesmente foi neste momento que deu a sua bancarrota, nada mais.
11-) O ajuste iniciado no sistema financeiro vai atingir outros segmentos, é natural na economia globalizada, conectada e veloz, mas é parte de um processo, não conseqüência da crise que assistimos em si.
Ciclo econômico insisto, Nikolai Kondratiev mostrou modelo de ciclo com 40, 60 anos. Lembre-se novamente, a velocidade é um dos pilares da nova ordem, as variáveis são outras.
12-) O novo presidente americano vai dar um gás na economia americna, flam já em algo parecido com o New Deal, dinheiro do governo para incrementar a economia. Seja Obama ou McCain a resiliência da economia americana ficará provada mais uma vez.

Conclusão: Não adianta ficarmos a luz das previsões de pessimistas ou otimistas. As coisas aconteceram com uma lógica previsível, as ações estão sendo tomadas. As crises não são de todo mal, elas serviram para reordenar e organizar muitos parâmetros. Bretton Woods jamais poderá ser repetida, algo como o que ocorreu lá já está acontecendo, o efeito até lá será o que vemos agora, ainda desconfiança e acomodação nos negócios. Recessão e inflação devem acontecer, mas serão movementos rápidos, repito sempre, as ferramentas de gestão são outras, mais modernas, mais eficazes, a experiência aliada a tecnologia e aos novos pilares da economia global vão fazer muita gente se surpreender.

Fica aqui registrado mais uma vez.



terça-feira, outubro 21, 2008

A eleição nos EUA, o papel da mídia, a crise.

1-) A eleição dia 04/11 nos EUA tem um favorito, Barack Obama. Segundo as pesquisas ele tem até 10 pontos na frente de McCain no voto popular e no números de delegados ao colégio também a vantagem é grande. Já disse aqui que eleição lá é complicada e disputada. Quem ganha no voto pode perder no colégio eleitoral. Assim ocorreu com Al Gore x Busch em 2000.
Existe um fator que alguns analistas observam chamado “Efeito Bradley”- clique e leia. Diz de um efeito de mudança no voto pela questão racista, onde o eleitor declara o voto, mas não vota. Além disso o recadastramento eleitoral pode atrapalhar Obama e o voto não obrigatório que o eleitor diz que vota, mas não comparece na urna. A história muitas vezes se repete.
Meu candidato? Não tenho preferência, o mundo precisa de sangue novo e "the next" deve olhar para a questão econômica global, e olhará.
Favorito? Claro que é Obama. Os republicanos já vivem 8 anos de poder, a crise tem a cara de Busch e o americano está ainda assustado. Isso atrapalha McCain. No fundo eles são parecidos, a sociedade americana comanda as ações dos governantes, a democracia lá é plena, a liberdade total. Lembre-se de Nixon, Clinton, lá errou, problema com a opinião pública é certo e risco de "impechment" grande.
2-) A mídia é simpatica a Obama, claro, mas a eleição ainda não se decidiu, pela mídia parece que acabou e Obama está eleito. Outra crítica a exposição midiática. O sequestro da jovem Eloá que terminou na morte dela. Pensem comigo: Será que o adolescente não ficou empolgado com as luzes da ribalta da mídia cobrindo o caso? Erros foram cometidos segundo entendidos de ações de resgate, um deles é a questão da cobertura da mídia. Diga-se de passagem, assisti o Bom Dia Brasil hoje e me pareceu uma overdose do caso, será que falta outro assunto? A população participa inebriada do velório da jovem, como se ela fosse uma popstar com 5 dias de fama. E a família dela? E se não houvesse esta exposição, o sequestrador não poderia ter ficado mais humilde, ou no seu ódio apaixonado se sentiu um herói que aparece em cadeia nacional, com chamadas diversas do plantaão na Globo, SBT, Record e toda impensa? Fica minha crítica, falta assunto ou eles querem explorar o sentimentalismo com sensacionalismo de uma caso triste de uma jovem desprezado que tenta se vingar da amada?
A mídia poderia ter ajudado e não atrapalhado, que ocorreu na minha opinião.
3-) Ben Bernanke anuncia uma idéia de novo pacote nos moldes do "New Deal" inventado por Keynes pós crise de 29. Foi um sucesso na época e lá ficou provado que o estado deve conviver com o capitalismo. Vamos ver detalhes e comentamos, mas a idéia, em tese, parece boa e oportuna pelo momento.

sexta-feira, outubro 17, 2008

As postagens desde 2006 prevendo a crise atual!

Deixei registrado aqui todas as postagens que falavam da potencial crise mundial e episódios que foram sinais do que estava para acontecer.
Desde outubro de 2006 até agosto de 2008 postei comentários e informações sinalisando sobre o que está ocorrendo agora. Astrológo, vidente? Claro que não. Já disse que em 2006 fui alertado por um amigo americano que administra bilhões de dólares sobre os riscos da bolha que era originada pela prosperidade e acelerava com o boom imobiliário americano. Era completamente previsível.

Vejam ai as postagens e seus títulos:

2007 pode ser decisivo para a economia - outubro de 2006

Vamos deixar registrado a crise mundial se avizinha - novembro de 2006 - Esta postagem foi logo após a minha conversa com amigos americanos que operam com muita competência no mercado financeiro.

Alívio no mercado - Agosto de 2007 - Sinal da crise

Rescaldo da crise - Agosto de 2007

Em três meses 744 bilhões viram pó - Janeiro de 2008 - Outro sinal

O mago e maestro da economia mundial - Janeiro de 2008

Inflexão para nova ordem mundial - Fevereiro de 2008 - Olha esta então!

Crise americana analisada hoje - Março de 2008 - Esta aqui parece que falamos de hoje!

Velocidade - Agosto de 2008

Hoje comentaram comigo. Alan Greenspan administrou várias crises, inclusive o september 11 famoso atentado. Ben Bernanke substimou a crise do Leman Brothers e não anteviu o problema que agora acontece.
Fácil apontar culpados, mas ainda acho que durou muito, aconteceria de qualquer jeito.
Agora tudo é crise. Quebra companhia espanhola de aviação, é crise! Espera ai, o setor está em crise há muito tempo, quebrou agora durante a crise, não pela crise. Vários segmentos expadiram demais e agora arrefecem, naturalmente, ciclo da produção. Outro dado, indicadores americanos medidos agora só podem estar negativos, alguém acha o contrário?
A Bovespa opera sem muito capital estrangeiro, basta ver os volumes: normal de 6 bilhões, hoje de 4 bilhões.
Acho que existe muita chance de voltarem recursos para cá, com aprendizado óbvio. Nossa taxa de juros ainda permanecerá alta, o risco país é bom e se o câmbio voltar, tudo indica, teremos a volta do fluxo positivo, inclusive na bolsa. Vamos deixar registrado.

quinta-feira, outubro 16, 2008

Fevereiro de 2008 - A nova ordem mundial

Vejam o que escrevi em fevereiro de 2008 - Clique

Mantenho o que disse, o ponto de inflexão e nova ordem mundial. Previa alguma coisa sem saber extamente o que aconteceria, ou seja, para onde seria a migração dos ativos. Falei em movimentação especulativa. Vou achar mais postagens e artigos onde sempre antevi um problema. Agora sabemos aonde e porque ocorreu. As medidas estão sendo tomadas, a volatilidade da bolsa é normal, ainda deve ter papel caro, como deve ter barato. Os jogadores estão se divertindo, gente ganhando e gente perdendo.
Repito quantas vezes forem necessárias, temos novas premissas na economia global e muita gente que está fazendo previsões não considera estas variáveis.

A crise e o debate de ontem entre Obama e McCain

1-)As bolsas asiáticas e européias estão em forte queda novamente. Subiram dois dias e agora descem ladeira, pode ser realização da forte alta dos dois últimos dias, pode ser ainda uma revalorização dos preços apreciados e ainda pode ser um sinal que o mercado de ações mundial ainda não está confiante e calmo. Estimativa de recessão e crise de crédito? Pouco provável.
A futurologia das consequências da crise ainda são especulação. A economia tem novas ferramentas de gestão e premissas que breve aliviarão o problema. Como já disse, não foi a primeira e não será a última.

2-)O debate de ontem foi morno. Achei Obama melhor. McCain deve ter se ressentido com a pesquisa que mostra 2/3 dos americanos contra os ataques pessoais em campanhas políticas.
Insisti na sua experiência contra a de Obama. Já Obama parece que fala o que o povo quer ouvir. É retórico ao extremo e muito articulado. As pesquisas de opinião mostram sua vantagem de 14 pontos sobre McCain, mas também não diz muito. As eleições americanas sempre foram duras, o voto não é obrigatório, houve recenseamento eleitoral em vários estados e um endurecimento nas regras que permitem o cidadão votar, isso ajuda McCain. Em contrapartida, a crise, o temor da recessão e a fraqueza de Busch ajudam Obama.
Não arrisco prognóstico apesar de reconhecer que Obama tem vantagem, até pela alternância de poder, os republicanos estão há 8 anos no poder.
Vamos aguardar, mas tenho fé na resiliência da economia americana e no sangue novo do próximo presidente como coisas que ajudaram a debelar esta crise inédita na economia mundial.

quarta-feira, outubro 15, 2008

Acho que a crise se resolveu e volta rápido ao normal!

Escrevi um artigo que começa assim:
Em 2000 li um livro chamado "BLUR - A Velocidade da Mudança na Economia Integrada", como viver e vencer nessa nova realidade de Stan Davis & Christopher Meyer, editora Campus.
Este livro fala nas premissas da nova economia, velocidade, intangibilidade e conectividade, ou seja, as coisas na economia integrada, na inexorável globalização, têm como pilares a velocidade nas mudanças, a interligação em rede, pelas nets e internet e a intangibilidade. O livro conta passagens onde os autores defendem sua tese, concordei plenamente como acho que de 2000 até aqui, estes pilares só se fortaleceram, vide a crise que vivemos no momento.

Quem quiser ler- Clique e leia

Diz Sêneca, filósofo romano, "qualquer um prefere crer a julgar por si mesmo", cito isso para dizer que a crise econômica é mais midiática do que real. No meu artigo cito a velocidade na economia integrada e esta mesma velocidade fará as coisas se normalizarem antes do previsto por diversos economistas e jornalistas. Alguns dizem em 24 meses de recessão, outros em crise grave de crédito, etc.
Não estou estudando a fundo, nem academicamente o que ocorre no mundo, mas tenho um embasamento bom, além de acompanhar as notícias de diversos países (diga-se de passagem, muito parecidas). Só coloco na questão as premissas da velocidade da mudança, na importância dos atores econômicos e mais ainda, a continuidade, mesmo que menor, do ciclo virtuoso.Parece que muitos não estão considerando isso.
OK, não discordo que a coisa foi séria, mas a ação conjunta dos governos europeus e seguido pelos EUA arrumaram a casa, agora é reorganização natural.
O chinês que continua trabalhando nem sequer ouviu dizer de crise financeira de bancos americanos, o indiano também, o brasileiro, enfim, os países ditos emergentes ainda vão continuar crescendo, a previsão é quase a mesma de 2008, ou seja, China 8%, India, 6%, Brasil 3%. Deve haver uma retração, mas eles vão segurar a economia real. Países desenvolvidos, inclusive os EUA podem ter problemas ai nos próximos meses, dois trimestres estimo, mas lembre-se, a ordem econômica mundial mudou. O Comércio americano não representa mais 50% da economia mundial, mas por volta de 35%, o sangue novo de Obama ou McCain vai dar fôlego novo e outras variáveis que ajudaram a ruptura deste pessimismo e falta de confiança.
As novas premissas reinantes na economia mundial vão agir. Sem querer ser vidente, sempre falei na bolha irreal da prosperidade de quase 17 anos, era uma questão de tempo. Agora posso dizer, A RECUPERAÇÃO SERÀ RÁPIDA. Lógico que as bolsas ainda manterão volatilidade, assim como os mercados de derivativos em geral vão demorar um pouco a retomar seu ritmo. Não acho que demorará 2 anos ou 3 como alguns dizem e outros confirmam.
Vários economistas já dizeram bobagens, Rudiger Dornbusch já previu bobagens, Noriel Rubini acertou em cheio algumas, Jeffrey Sachs já errou feio em outras coisas, Paul Krugman, ganhador do Nobel de Economia este ano, acertou em cheio o estouro desta bolha e previu há 10 anos atrás o que está ocorrendo agora.
O que quero dizer é o seguinte, não existe futurologia, mas uma certa lógica. Contrariando várias previsões, e inveterado otimista, vou pela solução rápida da crise pela ação das forças naturais da economia atual e pelo aprendizado com as crises passadas e evolução das ferramentas de gestão. Vamos ver!

segunda-feira, outubro 13, 2008

Estamos no final da crise?

Se não ainda, estamos próximos. A crise de confiança parece que começa a ser debelada. Ação conjunta dos governos e a experiência passada de outras crises vão fazendo as medidas surtirem efeito, as bolsas européias sobem com força hoje, clique e leia, ainda pode não ter chegado ao fundo do poço, mas está próximo.
Cuidado que ainda existem preços de ativos superavaliados e ações apreciadas, mas já existem muita coisa boa no mercado.
Confesso que estava tranquilo, depois um pouco assustado, quando sexta em Brasília, vi o Busch na TV e as ações pareciam não fazer efeito.
Podem escrever ai, na economia atual a conectividade, intangibilidade e velocidade são pilares, a velocidade vai fazer a normalização ser mais rápida contrariando gente que diz que teremos dois ou mais anos de recuperação.
Acho que até o final deste ano ou em meados de 2009 com o próximo presidente americano as coisas voltam.
Ainda existem preços de comodities altos e ações supervalorizados, a volatilidade continua e todo cuidado é pouco. Ainda existem rajadas do vento gasoso dos ativos junk bond rondando por ai.
Tenho escrito sempre, sem pânico nos piores momentos é o melhor remédio, a hora de comprar está´próxima, até o final do ano, vamos ter muitas alegrias ainda. Escrevam ai.

sexta-feira, outubro 10, 2008

A crise, os boatos e o pavor continua.

As bolsas despencaram hoje na Europa (clique e leia) e Ásia e nos EUA a coisa também está feia. A Bovespa acionou o circuit breaker novamente, o terceiro esta semana.

Busch foi a TV tentar tranquilizar os americanos e o mundo, G-7 e G-20 marcaram reuniões para discutir a crise.

Boatos de feriado bancário mundial e até uma nova Breton Woods (reorganização que ocorreu pós crise de 29) são circulados na internet.

Na verdade as medidas que os BCs e países estão tomando não surtem o efeito. O pavor é enorme e o mercado continua travado. Ninguém se entende em explicar a volatilidade maluca e a falta de liquidez e crédito para alguns segmentos. O problema da apreciação do dólar frente ao R$ não é só isolado, ele se fortalece frente a outras moedas de diversos países. A recessão é anunciada retroalimenta o pessimismo.
Está ficando complicado, e a coodenação dos países em ação conjunta pode estancar a hemorragia da crise. Para onde vai, ninguém pode precisar, mas pode ter fugido do controle e as ferramentas convencionais de gestão podem não fazer mais efeito. Será que surgirão outras medidas?
Tudo bem que a maior supervalorização de ativos foi nas bolsas, mas elas são os termômetros da economia.
Vamos acompanhando, mas o nevoeiro é grande. Otimista inveterado ainda acredito que a confiança será restabelecida e como a velocidade é uma das premissas da economia moderna, acho que voltará tudo ao normal em pouc tempo.

O pavor ainda continua

Clique e veja Pânico ainda continua nas bolsas de valores asiáticas e européias.

Parece que o esforço conjunto dos países, a queda de juros e outras medidas não acalmaram o investidor das bolsas. Acho que acontece algo ainda sério, a queda da Bovespa ontem foi alta e com volume de dinheiro alto, isso é complicado.
Alguém me perguntou, a bolsa chega a 25.000? Ninguém pode dizer nada. Acho que está chegando ao ponto de inflexão para alta, existem papeis que estão com preço desvalorizado demais, ou seja, valem mais que seus ativos reais. Antes estavam supervalorizados, inchados, agora subvalorizados. Isso é o mercado.
Ainda não acho que acabou o mundo e o capitalismo está ferrado como querem alguns. O processo ainda é de temor e medo, mas o esforço e as forças naturais farão sua parte. Nem todo mundo está ilíquido, nem todo mundo está com problemas. O trabalhado chinês, indiano, russo e brasileiro continua trabalhando, comendo, andando de carro e ônibus, etc. Ele nm sonha o que está acontecendo. Ainda acho que a crise está restrita ao mercado financeiro, gasoso e superavalido ainda. A irresponsabilidade de alguns e a liberdade em excesso causou isso. A economia real é afetada fortemente neste momento, mas se recupera, alguns resquícios ficaram, mas poucos e localizados aqui e acolá. A mídia sempre encontra algo para justificar a constante queda das bolsas, acho que ainda é ajuste de preço real x virtual e algumas corretoras e bancos fazendo liquidez para honrar posições.
Vamos acompanhando.

quinta-feira, outubro 09, 2008

A tempestade americana começa a desanuviar?

As bolsas asiáticas hoje começam bem. Gordon Brown diz que banqueiros inescrupulosos deveriam ir presos. Concordo!
A notícia do dia que já mencionei aqui: Clique e leia - O Secretário do Tesouro dizendo que mais bancos ainda vão quebrar.

Na verdade a crise começa a desassombrar-se, BCs de vários países baixam juros, mas a insegurança presente ainda não deu o ponto de inflexão para retomada de alta e tranquilidadeno mercado, está próximo na minha visão.

Os bilionários salários de executivos bancários definitivamente serão regulados. Os Yuppies do século XXI vão mudar hábitos, ocorreu isso na década de 80 após o crash.

A paralização dos negócios começa a diminuir, mas ainda ficaremos um pouco andando de lado, como dizem no mercado. As bolsas de valores, maiores ativos "gasosos" e liquidações financeiras interbancárias ainda têm problemas que que passarão com a calma voltando ao mercado.
FMI revê projeções de crescimento de alguns países, mas nada que assuste, especialmente o Brasil que ainda deve crescer 3,5% em 2009, segundo o FMI. Os EUA 0,1%, ruim, mas nada que não se recupere, principalmente com o sangue novo do próximo presidente, seja quem for.
O tamanho da desaceleração é ainda indeterminada, como dizem os economistas, a crise "virtual" atinge a economia real de formas diferentes, até pelo temor. A queda de atividade e redução de ritmo existe, mas nada também que assuste, é parte do processo e força natural pós ciclo de quase 20 anos de prosperidade e nos ventos do vendaval de estouro da bolha dos ativos financeiros supervalorizados.
Vamos acompanhando. Uma coisa estranha, vários bancos estão sendo estatizados, caminho inverso ao capitalismo e liberdade, mas necessária. Aprendemos mais lições, uma talvez mais importante, a intervenção do estado no mercado pode ser necessária e importante, isso fere brios de liberais mais radicais, não devendo porém exaltar ânimos dos esquerdistas pregando o fim do capitalismo.
Uma coisa muito positiva desta crise: O esforço conjunto dos países na luta para restabelecer a confiança no mercado e debelar a crise e outro, a importância da atenção das autoridades na questão fiscalização e regulamentação a abusos.
Um negativo: a concentração do sistema financeiro na mão de governos e poucos banqueiros, inclusive aqui no Brasil.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Mais notícias do debate e da crise

Acabo de rodar alguns jornais e segundo pesquisas, Obama ganhou de McCain. Pode ser,mas é bom lembrar que em 2004, Jonh Keer ganhou, pelas pesquisas o debate com Busch, na eleição foi outra conversa. As pesquisas de opinião, algumas pelo menos, dão larga margem a Obama, 8 pontos, 9 pontos, outras pequena, 3, 4 pontos. Já disse que é também relativo isso.
Obama enfrenta no YouTube uma campanha sórdida, acusado de várias coisas, inclusive sendo processado por um sujeito esquisito. McCain sofre agora com suas ligações a Jonh Keating, protagonista do escândalo de 80 nas "savings&Loans", sendo até advertido pelo senado americano.
Isso não aparece escancaradamente, mas nas entrelinhas, internet sim, vamos ver mais na frente o que acontecerá.
A crise continua por lá, disse no post abaixo que a Ásia resistia, mas agora Tóquio caiu, não poderia ser diferente. A Bovespa deve acompanhar o ritmo. Enquanto não abaixar a poeira e o mercado "destravar" a volatilidade será alta e os preços estarão sendo ajustado para seu valor real. Vale ler o artigo de Antônio Machado.
Tema de muitas postagens minhas, a riqueza criada por dívidas e alavancagem do mercado é irreal e agora tende a voltar ao números razoáveis.
Acho que não demorará muito tempo para as coisas voltarem ao normal, a confiança será restabelecida com a ação dos bancos centrais, isso já está em curso.
Os juros devem abaixar em todo mundo pelo medo da recessão e agora dane-se a inflação.
Isso vai ajudar o Brasil e a Bovespa. Com juros baixos por lá e a usura por aqui, o fluxo será retomado, o "carry trade" (dinheiro tomado em outros países e aplicados aqui com ganhos em juros e câmbio também) voltará silenciosamente.
Como inveterado otimista e testemunha de outras crises, não estou vendo ainda este temor absurdo que a mídia coloca, até em plantões jornalísticos. Afinal não adianta espernear, a vida continua e muitas atividades seguem seu curso. A liquidação de papéis de curto prazo, operações em vencimento e posições nas bolsas ddevem estar tirando o sono dos BCs e dos atores, mas tudo volta ao normal, inclusive com os preços sendo corrigidos para seu valor real, ou digamos, palpável e não gasoso!

terça-feira, outubro 07, 2008

O debate Obama x McCain de agora a noite

Assisti na CNN o debate, clique e veja um brief do Terra.
Minhas impressões, inclusive sobre as eleições americana.
1- Haverá mais um debate
2- As pesquisas mostram empate técnico, mas com ligeira vantagem de Obama, pode ser devido a crise bancária atual, mas esta mesma crise pode atrapalhar a performance de Obama, veremos mais abaixo.
3- As pesquisas de intenção não são fontes muito confiáveis, não porque podem fraudar ou a metodologia estaistica é ruim, mas por dois motivos básicos, primeiro, o voto não é obrigatório, as pessoas podem declarar intenção de voto e não ir votar, perfil mais do eleitor de Obama, segundo, o presidente é eleito por um colégio eleitoral e não pelo voto direto, lembra de Al Gore que ganhou na eleição e perdeu no colégio?
4- A crise muda o perfil da eleição, a experiência de McCain pode sobressair, assim como a vontade de mudança de Obama.
O debate de hoje, com um detalhe, lá o país para para ver, a audiência é grande:
Sempre tive sempatias pelos democratas, até por ligações pessoais com políticos que conheço lá, mas Obama, articulado, me parece retórico demais, um pouco boquirroto e demagogo.
McCain é menos articulado, é experiente e veterano de guerra, isso tem grande pesso junto ao nacionalista americano.
A minha avaliação do debate é que Obama se enrolou em questões de política externa, mas brilhou na questão do "medcare" quendo disse da morte prematura de sua mãe aos 53 anos. Nos assuntos ambientais, efeito estufa, ambos concordaram. Nas questões militares McCain humilhou Obama. McCain se mostra mais preparado na minha visão, não sei se o eleitor americano terá a minha visão.
Opiniões de jornalistas divergem, todos têm uma ligeira preferência pessoal, a maioria acredito que gosta do mais de Obama. Alguns que já ouvi dizem que houve boa performance dos dois, sem vencedores.
Uma coisa impressionante foi o tema energia, tanto nas questões do Oriente Médio, como da crise do Caúcaso.
Obama insiste que a mudança da matriz energética do petróleo para fontes alternativas diminui o poder dos inimigos americanos. Concordo com o argumento, mas demoraremos gerações para isso ocorrer. Na questão Al Queada ambos foram unânimes, mas quando falou-se em Paquistão e Afeganistão, Obama se enrolou.
Não assisti 100% do debate, mas peguei 90%. Gostei, isso é democracia e liberdade. O americano sempre faz um show e vou pesquisar a audiência, deve ter arrebentado.
Outro dado: a crise atual foi mencionada "an passant" mostrando que as coisas lá vão se normalizar breve, apesar dos dois concordarem em tempos mais difíceis e sacrifícios.
Gostei muito da pergunta se a saúde poderia ser tratada como comodity, McCain é mais liberal neste ponto invocando a iniciativa privada, Obama falou mais em responsabilidade de governo, divergiram feio.
Obama atacou a desregulamentação do mercado financeiro, opinião que concordo, como uma das responsáveis pela crise atual, McCain desconversou.
A demagogia de Obama na questão corte de imposto foi desmascarada com o histórico das votações dele como senador, McCain mandou muito bem, inclusive aludindo ao despreparo dele.
Enfim, foi bacana. Gostei, tive meu vencedor, sem preconceito ou preferido. McCain.

Mais coisas sobre a crise!

Ontem foi um caos, hoje o rescaldo será feito. Já disse, não foi a primeira e não será a última crise. Comparar esta crise ao passado, como 1929, é falácia.
O problema é que o mercado está travado. Tem um ditado que diz: O mercado tem pernas de lebre, coração de passarinho e memória de elefante. A crise é portante de confiança. Os agentes nãos e movem, as bolsas despencam com o estabelecimento do pânico, efeito manada como dizem no jargão das bolsas, mas a hemorragia deve ser estancada. A Ásia já começa a se acalmar, clique e veja.

Os ativos começam a voltar no preço real, em tese, um ativo deve ter um valor correspondente ao preço que alguém estiver disposto a pagar e não alavancado como foram estes derivativos malucos. A VEJA desta semana mostra entrevista com um economista brasileiro, José Alexandre Scheinkman, íntimo de Ben Bernanke e especialista em "bolhas econômicas". Ele diz que ideológicamente, por aversão a regulamentação, Allan Greenspan deixou correr frouxo a questão dos derivativos e foi laxista na ação preventiva. O mercado derivativo alavancado em qualquer papel, "junk bond" criou a bolha. Todos sabiam da existência da bolha dos derivativos. A política de juros foi criticada por ele, juros baixos por muito tempo, inclusive vários economistas batem na mesma questão. Não posso concordar com isso integralmente, Greenspan foi competente nesta administração das taxas e segurou a temida e perigosa inflação. A prosperidade e alavancagem dos ativos via derivativos conseguiu muita riqueza em diversos lugares e ai tem méritos. Prejuízos também e principalmente a lição que será aprendida. Como diz o economista brasileiro dos EUA, os generais lutam as guerras passadas, os economistas também. O mercado financeiro está concentrado, vários bancos continuam sólidos e líquidos. O crédito terá restrições momentâneas, mas voltará breve, principalmente mais seletivo. O mercado está travado porque a falta de confiança tomou conta de todos atores, os governos têm papel importante, e têm feito isso, para debelar esta desconfiança.
Tudo indica que estamos no final da crise, vão quebrar bancos e empresas menos desavisadas, especuladores vão ganhar rios de dinheiros, outros perderão, governos vão gastar recursos do contribuinte, mas entre mortos e feridos, vão se salvar a maioria. Desde 2003 é óbvia a situaçõa, eu mesmo escrevi diversas vezes sobre isso.
Sem futurologia afirmo, em três meses estaremos todos voltando ao normal e a chuva mídiatica da crise vai buscar "outras explicações" para a volatilidade e oscilações do mercado.
O fim do capitalismo é sofisma, não foi a primeira e não será a última crise, as lições ficarão. Uma coisa é certa, elas nunca serão iguais às passadas, devastadoras em muitos casos, mas sempre diferentes.

segunda-feira, outubro 06, 2008

Pânico no mercado?

As bolsas mundiais desabam hoje, clique e leia. Aqui após queda de 10%, foi acionado o "circuit breaker", mecanismo que suspende os negócios para o mercado se acalmar. Voltaram os negócios e a bolsa de valores caiu mais 15%, agora está em 37.000 pontos. Lembre-se, estava em 70.000 mes passado.
A crise é de confiança, a bolha da liquidez gera agora uma incerteza nos operadores, a maioria tenta minimizar o prejuízo e a pressão vendedora faz o mercado despencar alimentando o pavor e o medo.
Os preços ds ações estão chegando no lugar, a crise do crédito será temporária, mas seletivo.
Não acho que seja motivo de pânico, como já disse e readirmo, não será a primeira e nem foi a última, as forças naturais da economia fazem isso, a ciclotimia. A confiança é o problema agora, mas breve será restabelecida, quanto tempo? Díficil dizer, mas creio que um ou dois trimestre no máximo.
As lições ficam e o prejuízo para alguns também. Pode saber, que mesmo nesta volatilidade maluca como o caso de hoje, os profissionais e jogadores ganham rios de dinheiro.
A mídia insiste no fim do neoliberalismo, Delfim Netto em entrevista disse que nem sabe o que é isso, é um neologismo criado pela esquerda para atacar a liberdade de mercados livres.
Ainda com todas as crises que vivemos e ainda vamos enfrentar, sou mais o mercado livre de intervenções. Não deixo de repetir: As forças naturais se ajustam, as humanas são falíveis e distorcidas. Os sistemas de bancos centrais foram muito relaxados com o mercado criativo dos derivativos, agora a conta está sendo paga.
A mesma força natural que cria os movimentos de alta e baixa pela pressão compradora e vendedora vai arrumar o mercado, podem anotar ai.