terça-feira, outubro 31, 2006

2007 pode ser decisivo na economia!

1-) O Brasil tem jeito, mas vem turbulência ai

'Reformas podem levar o Brasil a crescer 6%' (Esperamos)

'O Brasil está muito sólido, mas é preocupante que esteja crescendo apenas 3,5%. O que acontecerá quando houver uma desaceleração global?' (É consenso)

EntrevistaKenneth Rogoff, economista da Universidade Harvard- Grigo meu

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Já foi alertado várias vezes: o mundo terá um ajuste por conta da economia americana e isso trará consequências para todos. Pode ser em 2007, 2008 ou até 2009, Lula estará no segundo mandato. No primeiro não enfrentou crise séria nenhuma, tirando o gás da Bolívia que continuará atentando nossa economia.
Temos que fazer ajustes aqui também.
A crítica é geral e os números não mentem. O Brasil cresce pouco e gasta mal, na economia não existe estrada de mão única, isso trará consequências. Podem apostar. O manto da pífia prosperidade aparente se descobrirá com sinal de qualquer tempestade global.
Vamos lá: Lula enfrentará problemas sérios no setor elétrico, pode começar em 2007, mais provável em 2008, mas virá crise forte. Apagão? Grandes chances. O prejuízo será incalculável.
Outro ponto: uma crise mundial de proporções que afetem o terceiro mundo vai mexer com as estruturas nacionais. O tamanho da mexida é a incógnita. O mercado americano engasga, sinalizando problemas.
Vamos ser francos: Lula teve céu de brigadeiro, mercado externo favorável e forte demanda mundial que alavanca o Brasil. Quanto tempo isso ficará ai?
Não é questão mais de encruzilhada, o caminho foi tomado com a vitória da retórica e do discurso, agora é ação! Repito: Intenção sem ação é ilusão!
Opções: Lula não tem muitas, seja Palocci ou quem for a ordem econômica é a seguinte:
Cortar despesas para diminuir o déficit e/ou baixar juros.
O maior juros do globo e por conta desses, pagaremos 170 bilhões de reais, isso mesmo.
Nossa dívida interna chega a mais de um trilhão de reais. Não há país que resista.
Méritos por zerar a conta do FMI? Alguns, mas com toda certeza correremos atrás novamente no caso de desaquecimento da demanda mundial.
Reservas de 80 bilhões de dólares, recorde histórico? Consequência da prosperidade mundial, do desempenho da balança comercial e sorte do sr. presidente. Isso vai continuar? Do mesmo jeito, pelo mesmo período, muito pouco provável. Vamos torcer, mas é só!
Resumo da ópera: Cortar gastos e baixar juros, ou os dois juntos.
Baixar juros tem riscos inflacionários e a coisa fica complicada tendo que ser muito bem administrada. A receita não é simples, mas tem que acabar a usura.
Lula ou corta ou corta, juros abaixam ou abaixam. O corte profundo nas despesas públicas colabora com a queda de juros de certa forma. O problema politicamente é a medida trágica.
Presidente, sua fala e seu discurso agora não valem nem servem mais. A eleição está ganha, e muito bem. Vamos agora ao mundo real pensando no Brasil. Não podemos errar mais e o ambiente será pior que estes quatro anos passados. Infelizmente!
Torço muito, rezo até, mas a crítica deve ser exercida.
Uma chance: Convoque um bom time. Cuidado com conchavos e fisiologismo. Coloque craque, usando seu jargão. Lembrem-se:
SÓ AS PESSOAS FAZEM AS COISAS, BOAS OU MÁS!

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