quarta-feira, outubro 22, 2008

A nova ordem econômica mundial e as conseqüências da crise!

Gráfico da crise de 1929.


As crises não são de todo mal, diz Allan Greenspan, Concordo com ele. Esta além de esperada vai dar muitas licções na humanidade, para os outros ciclos virtuosos que virão.
Estamos vendo todos falando no fim do capitalismo, em depressão pior do que a crise de 1929, em nova conferência mundial nos moldes de Bretton Woods e outras coisas mais, a mídia está inquieta, as bolsas de valores apresentam volatilidade insana, sobem em um dia e despencam em outro, o mercado ainda não está acomodado, a confiança não está completamente restabelecida, vamos a alguns fatos:
1-) Existe uma nova ordem econômica mundial, a internet, a velocidade e intangibilidade são premissas.Não podemos comparar a crise atual a de 1929. Hoje se sabe que a depressão que se seguiu a crise da bolsa de 1929 poderia ter sido evitada por ação do governo americano que na verdade agiu na seqüência com o “New Deal” onde aparece Jonh Maynard Keynes e escreve um capítulo a mais na economia.
2-) Bretton Wood foi convocada em função da experiência de 29 e dos estragos que a II guerra estava causando, no final já, mas o mundo precisanso limpar os escombros.
3-) Tivemos chamado “Baby Boom” da década de 50 e 60, conseqüência direta das mudanças pós guerra, inclusive tecnológica e o advento da comunicação. Prosperidade total, logo veio a crise do petróleo na década de 70 e os movimentos inflacionários em quase todos os países, causados pela mesma prosperidade basicamente. Aqui no Brasil foi um pouco diferente, pois experimentamos na década de 70, crescimento econômico médio de mais de 9%, como é a China hoje, o chamado milagre econômico. Depois os períodos de inflação crítica experimentados na década de 80. Em 1973 o primeiro choque do petróleo e início da inflexão mundial na riqueza gerada em 50 e 60.
4-) É difícil comparar a era “Baby Boom” com a virtuosidade econômica iniciada na década de 90, sustos em 97 e 2001 com problemas mundiais que afetaram a tranqüilidade dos mercados. A crise asiática e o atentado ao “World Trade Center”. Estava na hora da correção.
5-) O G-20 e o G 7 são analogamente neste momento uma nova Bretton Woods. Os países discutem mecanismos de combate ao problema sistêmico, característico da globalização e do mundo conectado e veloz. Podem até nomear uma nova conferência para discutir a economia mundial, mas isso já ocorre de maneira coordenada e competente até aqui.
6-) A tendência de uma aumento da regulamentação e mudanças nas regras de bolsas, fundos, derivativos, sistema financeiro e bancário é grande, mas demora algum tempo. Não digo aqui anos, nem meses, mas muitos dias. Lembre-se uma das premissas é a velocidade. A movimentação e a liquidez de suporte que os BCs dão ao mercado são ágeis e rápidas, ainda bem. 7-) O Capitalismo não acabou nem está sendo revisto. O lucro ainda é a melhor forma de gerar riqueza, emprego e renda. O sistema de mercado ainda é o mais democrático e livre. Intervenções de governos? Sempre que necessário. Em 1929 ficou provado que o capitalismo não pode prescindir de regulamentação e fiscalização, em nome até de sua própria liberdade.
8-) As bolsas estão voláteis não por causa das notícias de potencial recessão mundial. O mundo ainda crescerá 2,5% médio ao ano segundo diversas previsões. A China ainda crescerá 9% e os emergentes outros tantos. O Brasil deve ficar com 3,5% ou mais. As bolsas ainda se ressentem de falta de confiança, de ajuste de preços irreais e do momento de instabilidade, natural no meio da confusão.
9-) A confiança da população não poderia seguir caminho diferente neste momento. O mundo não parou, não foi a primeira e nem será a última crise da economia, seja local ou mundial. A diferença é que hoje, tudo ligado sistemicamente, as informações circulam rápido e acabam colocando freios em diversas atividades, mais por receio, acredito eu.
10-) Vão fechar mais fábricas como ocorre com as de brinquedo chinesas, é parte do processo, da inflexão pós prosperidade absoluta. Da competitividade global, da evolução do preço dos insumos, enfim, não é por conta desta crise com certeza. Quebrou uma empresa espanhola de aviação foi a crise?, Espera ai, o setor de aviação está em crise há muito tempo, simplesmente foi neste momento que deu a sua bancarrota, nada mais.
11-) O ajuste iniciado no sistema financeiro vai atingir outros segmentos, é natural na economia globalizada, conectada e veloz, mas é parte de um processo, não conseqüência da crise que assistimos em si.
Ciclo econômico insisto, Nikolai Kondratiev mostrou modelo de ciclo com 40, 60 anos. Lembre-se novamente, a velocidade é um dos pilares da nova ordem, as variáveis são outras.
12-) O novo presidente americano vai dar um gás na economia americna, flam já em algo parecido com o New Deal, dinheiro do governo para incrementar a economia. Seja Obama ou McCain a resiliência da economia americana ficará provada mais uma vez.

Conclusão: Não adianta ficarmos a luz das previsões de pessimistas ou otimistas. As coisas aconteceram com uma lógica previsível, as ações estão sendo tomadas. As crises não são de todo mal, elas serviram para reordenar e organizar muitos parâmetros. Bretton Woods jamais poderá ser repetida, algo como o que ocorreu lá já está acontecendo, o efeito até lá será o que vemos agora, ainda desconfiança e acomodação nos negócios. Recessão e inflação devem acontecer, mas serão movementos rápidos, repito sempre, as ferramentas de gestão são outras, mais modernas, mais eficazes, a experiência aliada a tecnologia e aos novos pilares da economia global vão fazer muita gente se surpreender.

Fica aqui registrado mais uma vez.



Um comentário:

Anônimo disse...

valeu amooor , graaças a esse site eu estou concluindo o trabalho ;D
maas se desse , você poderiam dizer mais coisas como oqe é , pra qe serve , os objetivos ..
beeijoos pra vocês :*