quarta-feira, outubro 25, 2006

Vai ter problema de energia! Apagão II a vista!

1-) Vamos ter o apagão II, se em 2007, 2008, 2009 ou 2010 não podemos precisar.

Façam as apostas. O terror está anunciado. Em 2001 foi antecipado pela mídia e pelos especialistas no assunto. Os fatos não mentem. Números podem até deturpar a tragédia que se anuncia, mas não deixam de reverberar a situação. O filme se repete.

Risco de apagão pode chegar a 50%- Nicola Pamplona - Estadão 24/10/2006
Novo cálculo do volume de energia assegurada no sistema pode indicar perigo de déficit e alta iminente de preços - Clique para ver a matéria completa

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começa a definir na próxima sexta-feira qual é o real risco de racionamento de energia no País. O novo cenário será desenhado a partir da redução do volume de energia assegurada no sistema elétrico nacional, com a retirada das térmicas sem gás para funcionar. Segundo simulações do mercado, a medida pode elevar o risco de déficit muito acima dos 5% aceitos pelo sistema, atingindo 25% no Sudeste em 2007. Para 2008, chegaria a 50%.


Governo descarta falta de energia nos próximos anos
O presidente da EPE admitiu, porém, que haverá turbulência até 2009 - Nicola Pamplona- Estadão 25/10/2006- Clique e veja a matéria completa

RIO - Coordenador do programa energético da campanha petista, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, descartou a possibilidade de falta de energia nos próximos anos. Apesar de reconhecer que 2007 e 2008 serão "anos de turbulência" devido à escassez de gás natural para geração térmica, Tolmasquim disse que há usinas a óleo que podem ser despachadas (colocadas em operação) se necessário, mesmo que isso signifique aumento nas tarifas de eletricidade.

Já estão admitindo problemas, senão na falta, no aumento de custos e preços para o consumidor.
De vários aproveitamentos hidrelétricos, a grande maioria tem problemas ambientais e vão furar cronograma de entrada em operação. As térmicas então nem se fala. Os leilões parecem que estão com preços artificiais. Quando chegar a entrega da energia vendida nas usina novas os problemas surgirão: Pela não entrada, pela artificialidade dos preços praticados.
O gás está crítico e a transformação das UTE a gás em óleo demanda tempo, o custo é absurdo, tanto de mudança e principalmente de operação e combustível.
O custo do déficit de energia é de R$ 2.500,00 por MW e o prejuízo para o Brasil, se acontecer o anunciado apagão, será incalculável. Em 2001 foram bilhões de US$ pelo ralo.
A questão é quando vai acontecer. Se o Brasil crescer, ou se estivesse crescendo como deveria, o problema já estaria batendo a nossa porta. O pífio desempenho econômico alivia a energia. Paradoxo maldoso este, não? Precisamos crescer, mas não podemos nem devemos!
O Brasil pode não crescer por falta de energia, mas o problema crítico é a infraestrutura(estradas, portos, etc.) e a política econômica errada. Vamos perder o "boom" mundial, mas por incrível que pareça, um refresco na grave situação energética que está anunciada.
Vai ter muita gente pagando pela verborragia. Fica aqui registrado.
Lembro-me em 1998 até 2000, pessoas discutindo o potencial apagão e autoridades negando. Especialistas e oficiais em contradição e números do governo confirmando o terremoto.
Não deu mais tempo e aconteceu o racionamento de 2001.
Agora é a mesma moeda, pouca poderá ser a ação para extirpar o problema, mas muito pode ser feito para minimizar os efeitos danosos de um potencial apagão II. Vamos ver os próximos capítulos e vou acompanhar de perto relatando aqui os acontecimentos com dados do setor, inclusive os oficiais.

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