quinta-feira, agosto 02, 2007

O nervosismo do dólar e do mercado!

O mercado anda nervoso ultimamente. Clique e veja matéria do Terra Notícias.

São informações, algumas contraditórias, da questão americana relacionada a bolha imobiliária e a redução do crédito. A questão imobiliária parece já equacionada e o crédito é a bola da vez, pois pode reverter a performance americana.
O dólar vem descendo ladeira abaixo há muito tempo. Aqui no Brasil algumas pessoas tentam atribuir esta situação à gestão do governo via BC. Errado, a questão é americana com reflexo mundial, vamos ver por que?
Há 15 anos o déficit em conta corrente americano é crescente e equivalem hoje a 6% do PIB. Ai está o problema para a economia mundial.
Segundo bancos, como Morgan Stanley, os Estados Unidos toma diariamente US$ 2,2 bilhões para equilibrar suas contas, principalmente para cobrir o déficit na balança comercial. Este déficit criou uma dívida de US$ 2,7 trilhões e o financiamento absorve 70% da poupança mundial. De onde vem este monte de dinheiro para sustentar o déficit americano? Dos bancos centrais dos países em prosperidade e superavitários, investindo nos papeis de Washington.
Países exportadores de petróleo, os asiáticos, principalmente China e Japão e outros emergentes em crescimento garantem a liquidez e devolvem os recursos sob a forma de reserva nos papeis americanos. Interessante? Pode ser, mas quando esta liquidez diminuir, como ficará o cenário mundial?
Não há consenso. Assistimos as bolsas de valores de vários países, termômetro da economia, sustentando crises e ajustes, sempre na volta com recuperação dos índices e quedas.
Enquanto o mundo cresce, de certa forma financiado pelo consumismo americano, a China e índia e outros países emergentes, vão no embalo mundial, mas consolidando a economia local. O Brasil se aproveitou deste movimento virtuoso, muito pela alavanca da China e Índia, na mineração e siderurgia principalmente.
Em suma, Estados Unidos continua crescendo e surpreendendo, mas alguns analistas observam um artificialismo, alguns chamam de crescimento desbalanceado, ou seja, o americano gasta mais do que pode e a economia cresce em bases frágeis.
Como sair desta? Segundo algumas fontes americanas, os Estados Unidos deve zerar este déficit até 2012. As projeções, segundo estas fontes, é de acentuada queda, de 25% a 30% na moeda verde, para este pretendido equilíbrio em 2012. As economias dos asiáticos e emergentes lastreadas na exportação sofrerão cada vez mais dificuldades de sustentação com a desvalorização do dólar que implica em valorização de suas moedas.
A prosperidade mundial parece que continua, os ajustes necessários estão sendo feito e até agora representam sustos com a farra da especulação e seus atores.
Os fatos estão ai, o desfecho, previsível para alguns, quando? É a incógnita da equação.
Podemos torcer e esperar que as coisas permaneçam do jeito que estão.
Estaremos sempre a reboque da locomotiva mundial que é a economia americana, gostemos ou não.

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