quinta-feira, agosto 02, 2007

O caso das térmicas e o último leilão.


O último leilão só contratou energia de térmica a óleo e diesel - Clique e veja - Estadão.
A polêmica se vai ter problema ou não continua, veja matéria no Estadão sobre o CPE -Conselho de Política Energética discute risco de apagão.
O setor está andando de lado. O ministro é interino, a Eletrobrás está sem comando desde janeiro e Furnas só agora decide pelo Luiz Paulo Conde, aliás, parece ser bom administrador, mas tem compromissos nebulosos nesta trajetória.
Vamos lá, se clicarem no gráfico acima(para aumentar a imagem) verão como funciona a operação de térmicas.
As térmicas podem entrar em operação em quatro ocasiões: elétricas (para segurança do sistema), energéticas (falta de energia), por inflexibilidade ou testes. Tomemos como exemplo o leilão descrito acima e reparem a questão da inflexibilidade. O cálculo envolve uma garantia física e a receita fixa anual, divulgada ao final do leilão, além da quantidade de MWh que serão disponibilizados pela usina por ano, se despachadas pelo operador do sistema.
A questão toda é o custo do combustível. O preço de R$ 136,00 mWh diz somente respeito à disponibilidade que normalmente é a energia mínima de operação (inflexibilidade). O restante, se despachado, será complementada pelo governo como custo variável de combustível.
Pasmem, algumas ilações e cálculos dão conta que custo variável do combustível de usinas a óleo pode chegar a R$ 662,00, portanto quando ouvimos que teremos energia, não estamos levando em conta o custo desta energia. Neste leilão precisamos saber a inflexibilidade das térmicas que venderam a energia, esta energia sairá pelo preço médio de R$ 136,00 mWh, o restante, se despachadas, terão custo muito superior.
Ou seja, a chance de faltar energia pode ser pequena, mas o custo disso será muito alto para o páis e a sociedade.

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