quarta-feira, abril 04, 2007

Papa Bento XVI

O Papa vai visitar o Brasil breve. Ele que já foi acusado de colaboração com o nazismo é bastante polêmico. Em um livro que lançará, elogia Karl Marx, ateu e iconoclasta de Jesus.

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Karl Marx teve uma grande importância histórica e filosófica quando escreveu O Capital e denunciou os abusos da então revolução industrial. Ele teve grande relevância na história moderna, mas ficou anacrônico e defasado. Todo ensinamento dele e os seguidores quebraram nações e assassinaram milhões. Muito pode ser aproveitado de Marx, mas muito pode ser jogado no lixo, como a defesa da anarquia como regime, ou a ditadura do proletariado, por exemplo. Muitos dizem conhecer O Capital, mas é um livro pesado e chato e poucos conseguem entendê-lo ou até decifrá-lo. Não deixo de reconhecer virtudes em Marx, até mesmo pela época e sua importância no contexto de frear abusos cometidos em nome da revolução industrial, mas o Papa elogiar Marx é estranho e polêmico. A igreja tem seu lado altruísta, de defesa dos oprimidos e dos expoliados. Jesus tem em sua filosofia todo este lado humano, da ágape com toda justificativa e legitimidade.
Mas não consigo entender o Papa elogiando Marx: dizendo que o pai do comunismo "forneceu uma imagem clara do homem vitimado por bandidos". Muito pouco no contexto comunista de Marx e muito polêmico para dogmas e posições da igreja.
Acho que se ele tivesse ficado calado teria mais serventia, inclusive no livro que fala de Jesus.

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