domingo, dezembro 03, 2006

Destruindo, Chávez vence fácil na Venezuela!

1-) A América do Sul caminha na contramão!

Apesar dos quase 9,5% de crescimento registrado pela Venezuela em 2005 o governo de Chávez obteve resultados ruins para o povo. A população considerada abaixo da linha de pobreza - que vive com menos de US$ 1 por dia - aumentou de 47%, em 1998, para 52%, em 2005. O desemprego também cresceu nesse mesmo período, de 12,2% para 13,5%. Paradoxalmente, Chávez venceu a eleição com 60% dos votos. Chávez usa o petróleo com seus preços nas nuvens e distribuiu a riqueza de forma equivocada. A súcia no poder deve manter suas mordomias e o assistencialismo irresponsável garante a vitória acachapante.
Uma hora a verdade aparecerá e a conta será paga.
Impressionante. O populismo tomou conta da América do Sul. Um ciclo perverso que "neo-esquerdistas" tentam imprimir ao oprimido povo sul-americano.
É farsa ou distorção da realidade? A democracia está servindo de palanque aos ditadores disfarçados de benfeitores sociais? Se antes a opressão era pela elite irresponsável, agora vivemos um socialismo bolivariano, como eles chamam, e lideranças como Chávez estão destruindo lentamente seus países.
A conjuntura mundial distorce a realidade nacional maquiando indicadores que parecem bons, mas servem somente ao interesse da classe política dominante. Uma revolução mais no futuro será inevitável e a chance de ocorrer proporcional ao estrago que estes líderes populistas estão causando.
Chávez tem como ídolo Fidel Castro dedicando a vitória ao anacrônico comandante. Ele está levando a Venezuela ao estado em que Cuba se encontra. Só quem conhece Cuba sabe o que estou dizendo. A ilusão causada pelos benefícios artificiais e passageiros dá uma legitimidade pelas urnas e força para manutenção da incompetência e despreparo. O povo inocente se agarra ao pitéu governamental usado como arma eleitoreira, dando força e poder aos malucos despreparados que se dizem bem intencionados. Ao contrário de Cuba onde a mão de ferro do estado preserva o poder de Fidel e a miséria do povo, na Venezuela e em outros países sul-americanos, a falácia e retórica sustentam o populismo, enterrando os eleitores na ilusão do bem estar inexistente. A justiça social só existe com geração de riqueza, renda e emprego.
O Chile, imune com certeza, está fora desta onda tenebrosa, mesmo elegendo uma candidata da esquerda. O estágio de desenvolvimento e cultural do Chile não permite aventuras.
A classe consciente parece anestesiada, iludida pela retórica e chavão eleitoreiro. Ainda teremos pesadelos, estes só terminarão quando a real situação política e econômica com as conseqüências do despreparo aparecerem no bolso da maioria.
Fato de preocupação para as forças democráticas: Potencial ditadura populista, em nome de bem estar social. Ensaio neste sentido está sempre na moda. Uma crise séria pode alterar rumos políticos para pior que serão legitimados pelos zumbis sociais.
Os erros econômicos cometidos dificilmente serão revertidos. Uma conta salgada será apresentada aos países iludidos na democracia populista e irresponsável. Pagaremos todos nós, as instituições e as futuras gerações.
Um modelo ideológico que segrega a pirâmide social e faz da gestão irresponsável, mas bem intencionada, a alavanca política das lideranças anacrônicas.
Ninguém pode ser contra avanços e justiça social, melhor distribuição de renda e melhoria da vida da população marginalizada. O modelo usado e em franca ascensão na América Latina é preocupante. As tentativas e experiências passadas mostram erros primários que não estão sendo considerados pelos populistas.
Assistimos a um novo pesadelo socialista legitimado pelas urnas e por uma democracia que sofre enfrentamento constante das lideranças, normalmente messiânicas.
O filme se repete do México ao Uruguai. A América Latina perde oportunidade e competitividade. Milton Friedman dizia: Não existe almoço grátis. Vamos ver quem tem razão, mas infelizmente a verdade parece clara como a luz do sol.

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