sexta-feira, dezembro 22, 2006

Orçamento 2007: realidade ou ficção?

1-)Orçamento da união de 2007 pode ser uma bomba!

Foi aprovado o orçamento da união para 2007. Clique e veja mais.

O texto aprovado na comissão mantém a projeção do crescimento do PIB para o ano que vem em 4,75%, prevê a taxa de juros Selic em 12,25% ao ano e o dólar na cotação de R$ 2,23. O salário mínimo foi fixado em R$ 380 a partir de 1° de abril.
Olha onde mora o perigo:
Haverá aumento de R$ 5 bilhões nas despesas da previdência por conta da subida do salário mínimo de R$ 367 (proposta original) para R$ 380 (Definição atual). De onde saíra o recurso?
Outro problema grave: A projeção de 4,75% do PIB não vai se realizar. As receitas previstas para pagar as contas estão sendo consideradas a partir da arrecadação em cima de um número irreal. O mercado estima no máximo 3,5% de crescimento em 2007. A receita vai cair muito.
Outro ponto crítico: A taxa da selic de 12,5% é ainda muito alta e isso fará o governo pagar os juros exorbitantes que já paga, quase R$ 170 bilhões em 2006. Como fará Brasília? Aumentar impostos não dá para pensar, cortar despesas é complicado, mas será a saída.
A infraestrutura ficará mais comprometida do que já está.
O raciocínio é claro: As despesas serão as mesmas previstas, muito custeio e desperdício. As receitas cairão pela projeção errada do crescimento do PIB. O governo terá que se endividar mais e ai os juros não cairão mantendo o ciclo vicioso e perverso atual.
A falta de recursos fará o governo cancelar os pacotes de bondade: Aumento dos investimentos e redução de alguns tributos. Brasília não poderá abrir mão de impostos e faltará grana para investir no chamado plano para destravar o Brasil.
Outro previsão crítica: o mundo deve arrefecer o crescimento e isso pode provocar problemas na nossa ótima performance comercial. O câmbio subindo pode gerar outros graves percalços. Conclusão: Vamos continuar andando para trás.
Solução: Atacar as despesas parece ser a mais razoável saída.
O problema é que não estamos olhando para o futuro. A idéia de distribuir renda e manter a estabilidade a qualquer preço nos tira a chance de olharmos para frente.
A melhor forma de justiça social é crescer o país e dar oportunidade de trabalho a todos. O resto é conversa fiada e discurso político.
Não é questão de ser pessimista ou crítico. É percepção, intuição e informação.
Vou continuar rezando e torcendo, espero que uma luz desse natal ilumine as cabeças pensantes de Brasília.

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