quinta-feira, julho 15, 2010

A prosperidade mundial desde 1960 e o Brasil

Li um excelente artigo de William Easterly - Clique e saiba mais sobre ele.

Ele disserta sobre as razões do crescimento dos países, estudiosos desde a década de 60, falam de protecionismo, livre mercado, estado indutivo, estado mínimo, economia planificada, etc. Enfim, ele mostra que existem diversas razões para os países crescerem e é difícil chegar a uma conclusão.

O que chamou atenção, resumo abaixo:
  1. O terceiro mundo não chegou minimamente mais perto do primeiro mundo e ambos tiveram a mesma taxa de crescimento per capita.
  2. A linha de pobreza da miséria diminui
  3. Crescimento médio dos países em desenvolvimento de 1960 até 2008 foi de 2,7% ao ano
  4. A renda per capita aumentou 3,5 vezes neste período
  5. Este crescimento de 2,7% médio proporcionou a maior escapada da pobreza absoluta da história humana
  6. A pobreza humana (definida como renda de menos de 1 US$/dia) diminuiu de 32% em 1960 para 10% em 2008.
  7. A mortalidade infantil decaiu e a democracia e direitos individuais cresceu
Há pouco tempo escrevi aqui postagem - Clique leia- onde abordamos este tema e como o Brasil andou comparado a algumas referências, como Coréia do Sul, Índia e China.

Conclusão: Reitero sempre, governo não é o estado brasileiro. Isso que está ocorrendo é fenômeno mundial, pegamos carona e fizemos nosso dever de casa, mesmo com diversos erros.
Não dizer que desde a década de 70, inclusive passando por Collor, Itamar, FHC e Lula, foram feitas coisas importantes e que nos deixam nesta situação, é ser leviano. Lula com sua estrela colhe os frutos e vai se aproveitar politicamente disso.
A questão é a compreensão da realidade vista aos olhos da economia e da política. Pena que nem todos conseguem fazer uma análise crítica desta situação.

Qualquer que seja o próximo presidente, qualquer repito, apesar de achar que Dilma já está quase lá, deve manter a responsabilidade e os compromissos com as liberdades e democracia.
Existem erros sendo cometidos, como o excesso dos gastos públicos, eles precisam ser corrigidos.
Ainda falta muito para o Brasil, eu não me contento com o que está ai. Vamos aproveitar a onda mundial que deve continuar, sempre com a alavanca da tecnologia. Não vamos esquecer da educação, pilar do desenvolvimento e da justiça social em todos os casos já vistos. A justiça social se consegue com oportunidade para todos e só com pessoas educadas e preparadas este cenário existirá.

Um detalhe, no artigo de Easterly ele fala da importância do empreendedor e cita o caso da Hyundai, onde um incansável mecânico de nome Ju-Yung-Chung, depois de vários fracassos, conseguiu criar a Hyunday.

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