terça-feira, janeiro 22, 2008

2008 começa com nervos a flor da pele

Não adianta quebrar a cabeça. (clique na figura)
Agora os amadores devem ficar quietos, chegou a hora dos profissionais do mercado, profissionais e jogadores, a volatilidade será impresssionante. Clique e veja.
Já postei aqui, a ecopnomia americana é 50% da economia mundial, a China "bomba" pelo seu mercado interno, mas muito pelo seu mercado externo, americano especialmente. A teoria do "descolamento", na qual os países emergentes sustentariam a economia mundial substituindo a locomotiva americana, não tem muita sustentação. Verdade que os parametros são outros, as ferramentas de gestrão dos bancos centrais também, mas ainda levará tempo para ocorrer um descolamento, talvez em 2015, quando a projeção coloca a China no primeiro posto da economia mundial.
O FED já agiu, a baixa extraordinária de juros de 0,75% hoje, extraordinária no sentido de ser fora da época, mas mesmo assim de grande impacto, ajuda a consertar as coisas. As bolsas mundiais reagiram, mas ainda nada está no devido lugar.
É o seguinte, vou repetir: Quando se cria muita riqueza, ativos, recursos, papeis mobiliários, de riscos, investimentos em países emergentes, "trade carry" (aquilo de tomar dinheiro em um país e aplicar em outro de melhor taxa), enfim, uma série de coisas vai crescendo o mercado, mas chega um ponto, que nem mesmo os magos de Wall Street ou de bancos centrais sabem, e o mercado vai sofrer ajustes e correção. Eu esperava que isso ocorresse antes, e nem sei se ainda é o ajuste definitivo. O sinal vem sendo dado há algum tempo. O excesso de liquidez é a causa.
Começou no "sub prime" (títulos podres do mercado imobiliário americano, vendidos e revendidos diversas vezes quando micaram na mão de alguns, grandes bancos diga-se de passagem), agora é a recessão, mas no fundo, uma coisa acaba sendo consequência da outra. O ciclo vai perdendo força e começa a mudar o curso.
A volatilidade dos mercados, das bolsas fica inimaginável e perigosa. Muitos ganham dinheiro, muitos recursos viram pó. O efeito da bolha que desaparece corrige valores de empresas superavaliadas em bolsa com valores muitas vezes a realidade de seus ativos, seu "brend", ou seu fluxo de caixa descontado.
Já assistimos antes este filme, sempre muitos perdem e muitos ganham, a experiência de crises passadas e a ação do FED americano suaviza o problema. Resolve? Não sei ainda, vamos ver, mas como previ há algums tempo, não creio que esta crise será pior que as outras, com certeza diferente. CONSOLO: O Brasil está mais preparado como dizem as autoridades monetárias, mas é ilusão achar que dependendo do tamanho da crise, o Brasil está imune. Acho que os EUA já tomou pancada forte, e continua tomando, no preço do petróleo por exemplo a US$ 100. Uma recessão lá pode até ajudar no ajuste do ciclo virtuoso desde a década de 90.
São as forças invisíveis da natureza econômica agindo e o homem tentando administrar e impedir os estragos.

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