segunda-feira, julho 16, 2012

Um teste político para Dilma

Vejam esta mobilização na Câmara dos Deputados para votar as medidas anticrise: Clique e leia

Acho que veremos um teste real da disposição e relação do congresso com a presidente Dilma.
Desde o começo de seu governo muitas pessoas alertaram, entre elas eu, que ela tinha fama de boa gestora, mas que não era política e isso poderia ser muito ruim. Presidente da república precisa ser político e atuar assim.
Pois bem, Dilma enfrenta percalços diversos, na economia e nas relações com o legislativo. Seu temperamento explosivo relatado pela mídia, broncas e gritos com auxiliares e ministros e o tratamento aos deputados e senadores podem estar criando mais problemas a Dilma.
O congresso já mostrou e deu sinais que este confronto  existe de fato. Acho que esta votação pode ser um teste de fogo para confirmar este cenário de problemas entre Dilma e os deputados e senadores, afinal com ampla maioria no legislativo,só a própria  base do governo pode derrotar o Planalto.
Outro grave problema que desaguará na cena política, estamos vivendo uma crise de desaceleração da economia. O PIB projetado em 4% já bate 1,5% com viés de baixa, alguns já projetando 1%. O Brasil não suporta crescimento inferior a 2,5%. Isso será um desastre político porque implicará em demissões e redução da renda. A população que avalia positivamente em grande maioria o governo dela pode começar a mudar a opinião.
Este pacote a ser votado é importante, pelo menos como tentativa de estancar a crise, mas o congresso pode dar um troco nas estremecidas relações entre a presidente, alguns ministros e os deputados.
O cenário eleitoral  de 2014, antes amplamente favorável a Dilma, começa a mudar a partir destes números da economia. Com crise política as coisas só tendem a piorar.
A presidente Dilma enfrenta mais um teste, mas meu sentimento não é nada bom. Acho que o congresso colocará sua mensagem, mais uma vez.
Dilma pode enfrentar os problemas econômicos atuais que podem se agravar, a sua fama de boa gestora parece que fica na centralização e engessamento da máquina pública e não mostra resultados concretos, se agravar esta questão política da relação com o congresso, ai o cenário se complica muito. Vamos torcer para não se confirmarem estas ilações e esperar para ver o que acontece.

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