sexta-feira, outubro 16, 2009

A lógica da queda do dólar?

A ótima coluna do Antonio Machado vem denunciando a especulação com o dólar e a flexibilidade das regras do mercado financeiro com relação a alavancagem, margens, etc, nas operações com dólar.
Mais uma vez ele comenta o caso e dá sugestões. Clique e veja

Não conheço profundamente as regras, mas ele é fera e deve ter fragilidades sim.
Sei que o dólar entrando no país, via mercado de renda fixa (pelas atrativas taxas de juros) ou renda variável (a Bovespa já recebeu R$ 20 bi e está bombando) ajuda a derrubar o preço, pressão vendedora para troca em Reais e aplicação nos mercados.
Os mercados futuros e derivativos alavancam preços, ou derrubam, lembrem-se que antes da crise, o volume negociado na Bolsa de Chigado, nas comodities e no petróleo, era 15 vezes maior que o volume físico factível, ou seja, alavancaram a alta de preços via pressão compradora de posições futuras e opções. Esta mesma lógica pode estar afetando a nossa paridade cambial. Melhor a CVM e o BC investigar.
De todo jeito, o povo toma dinheiro lá fora a1% e aplica aqui a 8,5% (na Selic) se quiser riscos arruma taxa melhor. Com o câmbio sob pressão vendedora, o risco de alta é baixo aumentando o ganho no spread. Ótimo negócio.
Se Antonio Machado estiver certo, o dólar pode corrigir para cima. As previsões não mostram isso, o crescimento do mercado externo e ainda a festa na floresta do juros nacional mostram que ainda é forte o viés de queda, mas o preço pode estar artificial e haver correção.
Vamos aguardar, mas o mercado ainda é a melhor solução para este equilíbrio cambial. Acho que está sob controle, mesmo com uma ponta especulativa em cima dos derivativos e mercados futuro. Acho que ´patamar atual, R$ 1,70, é o ponto bom, por algum tempo, mesmo com a chiadeira dos exportadores.

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