O dinheiro como
conhecemos hoje, vai acabar.
A disrupção tecnológica que acontece na humanidade, cada vez
mais rápida, vai sim acabar com o dinheiro, a moeda de papel como a conhecemos
hoje. Quando será isso não podemos precisar, mas já está em processo há muito
tempo.
Não vou entrar em detalhes muito técnicos da
economia como Meios de Pagamento Restritos: M1 = papel moeda em poder do
público + depósitos à vista, Meios de Pagamento Ampliados: M2 = M1 + depósitos
especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por
instituições depositárias; M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações
compromissadas registradas no Selic e Poupança financeira: M4 = M3 + títulos
públicos de alta liquidez, ou mesmo o multiplicador financeiro, encaixe, etc...
Vamos tentar
entender começando com a história da moeda.
As transações se
davam na maioria pelo escambo, troca de mercadorias, já a criação de uma moeda
metálica com um valor padronizado pelo Estado coube aos gregos do século VII
a.C.
O dinheiro como
conhecemos surgiu na idade média, onde ourives eram guardiães de ouro e prata e
emitiam recibos com os valores correspondentes ao metal valioso guardado. Os
recibos começam a circular e muito rapidamente os ourives viram que poderiam
emitir recibos com valores maiores do que o ouro e a prata. Nesse momento surge
a figura dos juros, crédito que foram evoluindo na teoria econômica e
alimentando e melhorando as transações comerciais em geral.
Mercado futuro e
embrião da Bolsa de Valores surge na Holanda para financiar as tulipas e as
viagens marítimas.
Na revolução
industrial e como personagem dela surgiram as primeiras escolas econômicas para
entender essa dinâmica que é muito complexa.
Em 1844 a Lei de
Pell na Inglaterra acaba, digamos, com a farra e define o Banco Central da
Inglaterra como o único emissor de recibos. O mundo avança com as maravilhas da
revolução industrial e os estudos acadêmicos da economia, entendendo seus
efeitos, suas vantagens e desvantagens.
A moeda então passa a ser a mola mestra do mundo nas
transações econômicas, mas vejamos como isso evolui.
Primeiramente surgiram o talão de cheques e mais adiante os
cartões de crédito, a moeda de plástico surgida no início do século XX para que
pessoas comprassem combustível a crédito e pagassem depois. O cartão foi
expandido para o comércio em geral. O uso de cheques e de cartões de crédito
mudam as relações de pagamento com a evolução da tecnologia que era pilar
dessas mudanças.
Depois surgiram os caixas eletrônicos, transações on-line e
mais recentemente plataformas de pagamento como Pay-pal e outras similares.
Ainda, cada vez mais rápido, surgiram as moedas eletrônicas,
tipo Bitcoin e similares, hoje já existem muitas.
As teorias econômicas devem já estar sendo revistas, pois as
variáveis de expansão da moeda, encaixe, meios de pagamento, emissão de moeda,
lastro, etc. são importantes ferramentas de gestão macroeconômicas e os
governos e bancos centrais precisam monitorar e administrar isso.
Já existe um novo meio de pagamento, ainda incipiente no
Brasil, mas a utilização de plataformas de telefonia celular e QR codes para
pagamento, ou seja, está acabando a moeda de papel como conhecemos. Na minha
última viagem à China fiquei impressionado, tudo lá é pago dessa forma.
Tudo isso amparado na evolução tecnológica e na disrupção,
que muitas vezes assusta, mas é inexorável. Não há como conter esse processo
que atua em todos os segmentos das nossas vidas, a maioria das vezes tornando
as coisas melhores.
Já existe uma revolução, na forma de informação, na
comunicação, nos transportes, e na forma como transacionamos comercialmente,
não é questão de escolha, é um processo que não sabemos onde vai chegar.
No Brasil a moeda eletrônica via celular já está em
processo, breve tomará conta do mercado.
Pergunto a maioria das pessoas, qual foi a última vez que
assinou ou usou um talão de cheques?
A proliferação de “maquininhas” de cartão, as Finthecs e
aplicativos diversos ainda vão aumentar ainda mais as formas distintas de
transações comerciais, o dinheiro em papel agoniza há muito tempo.
A questão que precisa ser entendida é como esses métodos
podem influenciar as políticas e gestão macroeconômicas. Não acho que serão
problemas, até porque é processo e a tecnologia serve a todos, mas precisam ser
estudadas e entendidas.
Podem anotar aí. O dinheiro vai acabar e será substituído
por outros meios de pagamento, isso tudo se não surgirem ainda mais novidades
que os avanços tecnológicos nos proporcionam.
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