domingo, setembro 09, 2018

A facada em Bolsonaro, e ai? Como fica a eleição?

Abominável o ato, não há como justificar apesar de muitos acharem que foi armação. Como o líder das pesquisas faria uma burrice deste tamanho? Este tipo de pensamento é de gente que tem antipatia por ele e se expressa desta forma.
O agressor, desempregado, é militante da esquerda, confesso, não existem dúvidas. Louco? Com certeza ele é desequilibrado.
Os fatos vão se esclarecendo:
  1. Houve premeditação, isso é fato confirmado. O cara estava há 10 dias em JF. Pagou a pensão adiantado em dinheiro, e pegou o melhor quarto, de R$ 400, (tinha opção por um de R$ 290).
  2. O cara tinha 4 celulares e um notebook, para um desempregado, está bem o sujeito.
  3. Um amigo da PF me disse que foram encontradas passagens de avião e dinheiro na conta que serão ainda apuradas.
  4. Ele esteve rastreando o Bolsonaro.
  5. Alguns vídeos circulando mostram uma possível ajuda de uma mulher e de um homem. Eu vi a filmagem várias vezes e é muito plausível que tenha ocorrido isso mesmo, a PF já investiga.
Quero dizer com isso  que existe um complô e tem mais gente envolvida? Muito provável que tenha e se tiver serão pegos porque a PF é competente e a tecnologia hoje não deixa escapar nada.

E agora, como ficará a eleição? Ele ganha ou perde?

Acho que ganhará, e muito. A rejeição dele que é alta tende a diminuir e muito indecisos irão para sua conta, podem escrever. A conferir na próxima pesquisa.
Os ataques dos adversários terão trégua e ele estará fora do campo de batalha, mas com tremenda exposição a mídia e muita comoção na população.
Dois fatos que me lembro e mostram o que este tipo de atentado causaram:


  1. Berlusconi na Itália em 2008 foi agredido covardemente com um soco. Subiu 7 pontos nas pesquisas.
  2. Mariana, em 2014, com a morte de Eduardo Campos chegou a 34%, contra 7% de Eduardo Campos. Ela subiu para 21% e depois foi a 34% empatando com Dilma que a atacou sem perdão, como é típico do PT. Claro que ela tinha "recall" da eleição de 2010, mas a comoção ajudou nesta subida.
Vi o diretor do Data Folha ontem dizendo algumas coisas que foram refletidas nas pesquisas e me chamaram a atenção com pontos que podem ajudar Bolsonaro:
  1. 80% está pessimista com o Brasil e com muita indignação. Isso ajuda o Bolsonaro e para mim é a razão dele estar liderando. Ele ataca o sistema com força.
  2. 70% da população vive com até 3 salários mínimos. Este povo mais humilde é mais sensível a comoção. A exposição de Bolsonaro vai torná-lo conhecido e esclarecer muitas dúvidas deste extrato da sociedade em que ele não tem muita aceitação.
  3. O mesmo ocorre com as mulheres, onde ele tem maior rejeição, mas com a exposição, pode arrefecer ou mesmo buscar votos.
  4. A pauta segurança, o pilar dele, é a preocupação da maioria da população. Todos temem a bandidagem e 50% não sai a noite por medo. Retrato do Brasil com 63 mil mortes violentas por ano, números de guerra civil. Outro ponto a favor dele.
As próximas pesquisas vão mostrar um cenário que dificilmente vai mudar. Estamos a 28 dias da eleição.
Ainda haverá disputa pelo segundo turno, já disse, Bolsonaro já estava com um pé lá, agora coloca os dois pés. Quem será seu adversário?
A briga na verdade se dá entre Haddad, Marina e Ciro. Haddad continua o favorito, na minha opinião. Pelos votos da seita (20%) mais a transferência de Lula. A conferir.
Segundo turno será outra eleição. O melhor adversário para Bolsonaro é Haddad. Com Ciro ou Marina ele corre riscos.
Pode ser decidida a eleição no primeiro turno? Muito pouco provável, com muitos candidatos é certo que haverá segundo turno.
Um fato, que não é mais exógeno porque já aconteceu e está na eleição, o atentado e possível ligação do agressor com partidos políticos e/ou facção criminosa. Se comprovada esta ligação, pode acontecer mudanças e estas serão todas ainda mais favoráveis a Bolsonaro.
Já disse, não tenho bola de cristal. Minhas postagem são para deixar registradas algumas impressões, baseadas nas minhas informações e sentimento que tenho como escritor e historiador amador e fanático por política, já que a história é a política que já aconteceu.
A conferir as previsões.

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