A nova equipe econômica assume e mantém o discurso do ajuste, necessário e ainda sem firmeza alguma.
Quem ver as projeções de 2015 e algumas considerações que fiz, parece que estava com bola de cristal, infelizmente. Clique e veja
2016 as projeções mundiais são relativamente boas, as nossas não.
O que os ministros novos podem fazer, aliás novos não, velhos e provavelmente comandados por Dilma, e ai mora o perigo, porque ela não sabe nada de economia, aliás não sei mais o que ela sabe.
As opções deles são restritas, a economia em recessão, com inflação inercial já, quadro de estagflação, que é gravíssimo.
Ações:
- Fortalecer o setor produtivo com a redução do estado, muitas privatizações e busca de capital externo. Comentário: Ideologicamente eles têm dificuldades, a credibilidade do governo é péssima e dificulta ainda mais. Se eles, paradoxalmente, reduzissem impostos poderiam dar alento ao setor produtivo. Somos o INGANA, impostos da Inglaterra e servições de Gana, e esquerdista não pensa em abaixar impostos, mas em subir.
- Continuar a busca do equilíbrio das contas com corte de despesas. Comentário: Mesmo falando isso, não acredito que tenha efetividade.
- Abaixar juros. Comentário: Os juros são ferramenta para combater a inflação, mas a recessão também é e freia consumo. Se eles abaixam o juros podem perder uma ferramenta de combate a inflação, mas ganham um alivio das contas publicas porque 40% arrecadado é para pagar juros, e podem ajudar, mesmo timidamente, o crescimento. Sem credibilidade esta receita não existe. Acho que eles terão que pensar, a inflação passou dos 2 dígitos, para subir agora não é tão difícil mais. Aposto que podem até não mexer muito para baixo, mas não sobem. As projeções de 14% e até 15% ficam furadas, eu arrisco aqui até uma baixa. Digamos 12%, que já é alto.
- As reformas da previdenciária e tributária não dependem deles, mas na crise política que vivemos isso é praticamente impossível acontecer.
- Projetam no orçamento a CPMF e a repatriação do dinheiro "sujo". Comentário: CPMF não passa no congresso, 10 bilhões previstos devem furar, não vi as estimativas da repatriação, ouvi falar em 50 bilhões, mas aposto que fura. Alguma coisa pode até vir de volta,
- Congelar o câmbio. A exemplo da Argentina o efeito pode ser de curto prazo, mas no longo arrebenta com a economia. Sem credibilidade do governo, esta interferência é tiro no pé.
Vamos rezar para que eles não venham com as pirotecnias e heterodoxia de esquerdistas e simpatizantes. A economia tem racionalidade e não aceita muita novidade. Acho que por hora o que podemos fazer é rezar.
O impeachment saindo pode ajudar o país, mas acho pouco provável. Não só pelas últimas medidas do STF, mas porque 2/3 do congresso não é fácil de se conseguir. Não é impossível, mas não mantenho esperança.
Um governo de coalizão seria a melhor opção. Ela não teria como fazer isso. Pode surgir alguma coisa, inclusive na volta do parlamentarismo. Lembrem este nome: PEC 20/95. Breve falaremos sobre ela,