quinta-feira, maio 30, 2013

Existe uma crise política em Brasília, acho que ninguém pode negar.

Vejam o que escrevi ano passado: Teste político para Dilma

Uma pitada: " Desde o começo de seu governo muitas pessoas alertaram, entre elas eu, que ela tinha fama de boa gestora, mas que não era política e isso poderia ser muito ruim. Presidente da república precisa ser político e atuar assim.
Pois bem, Dilma enfrenta percalços diversos, na economia e nas relações com o legislativo. Seu temperamento explosivo relatado pela mídia, broncas e gritos com auxiliares e ministros e o tratamento aos deputados e senadores podem estar criando mais problemas a Dilma."

Poi é, o tema voltou a pauta e o congresso está mandando mensagens diversas. A MP do Portos e outras que venceram ou estão para vencer que correm riscos de problemas diversos.
Tudo isso é reflexo da atuação da presidente? Parece que sim. O que tenho visto na mídia é que independente do esforço das ministras Ideli e Gleisi, Dilma barra tudo que se negocia e sempre quer dar a palavra final, e todos dizem, daquele jeito que lhe é peculiar.

O clima de campanha eleitoral  2014 começa a esquentar neste segundo semestre. O fechamento de acordos começa agora, principalmente buscando tempo de TV e capilaridade nos partidos.
Sinais de descontentamento e a constatação de esfacelamento de sua base mostram que Dilma esta cavando mais problemas. Lula seria o plano B? Pode ser.
A inflação e o baixo crescimento são fantasmas que rondam o PT e Planalto, não há como negar.
Dilma continua favorita, mas resultado de eleição e mineração só após a apuração. Os passos dados politicamente até aqui parecem estar atrapalhados, pode ser até culpa dela, mas os sinais são claros. Crise no congresso, atraso e problemas em votações de temas que interessam ao país são quase certos. O pior é neste clima começar as alianças para 2014.
Tem um ditado aqui em Minas que diz: Na política nunca se aproxime demais a ponto de não poder mais recuar e nem se afaste demais a ponto de não poder se aproximar. 
Se ela se afasta muito de sua base pode ter problemas sérios. Eleitorais ano que vem e políticos este ano, o que acaba sendo ruim ao Brasil também.
Vamos acompanhar.

sábado, maio 25, 2013

A mobilidade Urbana com dados.

Hoje o JN da Globo tocou na ferida. Estudo da Fundação Dom  Cabral, que breve publicarei aqui, toca na questão do trânsito. O prejuízo é enorme.
Já escrevi aqui várias vezes sobre o tema desde 2010:
Vejam:





Hoje ouvi de um especialista o diagnóstico:  " a maior prova de ineficiência de gestão pública do Brasil".

Nos anos 80 se planejavam as coisas, pensando no futuro, hoje são só interesses eleitoreiros e partidários, dane-se o futuro. Simples assim.
Triste Brasil


Será mesmo o Bolsa Família uma boa solução?


A imagem acima fala mais do que mil palavras. Por que trabalhar se existe o pitéu do governo?
Pois é, precisamos ir na ferida do Bolsa Família. Existem suas vantagens, mas também muitas desvantagens e ai está a questão. Vamos fazer uma reflexão.
Primeiro é melhor que se esclareça um pouco a verdade e a história deste tal Bolsa Família.
Veja este link: História Bolsa Família:
Resumindo, o Bolsa Família foi a unificação do Auxilio Gás, Bolsa Escola, Cartão Alimentação e Bolsa Alimentação, todos programas criados no governo de FHC. O PT simplesmente unificou estes programas e criou o Bolsa Família.
O programa exige a contrapartida dos participantes, óbvio, filhos na escola é a principal. No passado foi mais rigorosa a fiscalização. Hoje acho que existem grandes falhas de cadastro, fraudes e outras coisas típicas do Brasil. Basta ver o "nível" das pessoas sacando nas loterias o seu Bolsa Família para entender o que digo.
São quase 14 milhões de famílias, que devem abranger quase 50 milhões de pessoas (considerando 4 membros por família).
Não podemos negar que programas assistenciais têm sua serventia. Quando foi idealizado, ele visava dar apoio ao sustento de tantos miseráveis que viviam e ainda vivem no Brasil, mas jamais poderia ser  vista como a salvação da pátria e a extinção da miséria.
Pior ainda quando é instrumento eleitoreiro, sem tirar da pauta o interesse de FHC que teve com certeza o mesmo viés.
Na relação econômica, é impulso no consumo que ajuda a indústria e o crescimento, mas sem sustentabilidade e temporariamente. O Bolsa Família já cumpriu seu papel no tocante a máquina econômica e os ganhos agora devem ser marginais.
Pois bem, se listarmos os benefícios do Bolsa Família e as desvantagens ao país pode ser difícil chegar a uma conclusão e com certeza haverá sempre a polêmica, entretanto a algumas conclusões podemos chegar:
  1. Este programa jamais será extinto por ser forte instrumento eleitoral. Meu receio é quando tivermos uma crise econômica, cíclica ou não. E ai? Alguém vai pagar esta conta, aliás já pagamos com os crescente aumento dos gastos públicos e nossa absurda carga tributária.
  2. Nem os mais ardorosos defensores poderão negar que é um grande estímulo a indolência. Convenhamos que muitos vão preferir o Bolsa Família do que a enxada ou o sol a sol do trabalho. Isso é péssimo.
  3. Deveria haver mais contrapartida e fiscalização do governo. Filhos na escola principalmente. Se temos o programa vamos usá-los para incentivar a educação além das benesses pecuniárias. Não acredito que esta fiscalização exista com o rigor necessário. Ao contrário, acho que existe muita corrupção e erros cadastrais com muitos espertalhões se aproveitando. Vira e mexe temos estes casos na mídia.
Recentemente foi  lançado boato da extinção do Bolsa Família com corrida aos bancos para saque. Isso mostrou a dependência de milhões de pessoas. Acusaram a oposição de usar este boato como ferramenta política, mas há controvérsias e a mídia fala que a CEF se preparou para estes saques , em tese, fora da hora. Não será o governo usando sua ferramenta e uma forma de reforça-la?
Posso garantir e debater com quem quiser. Justiça social não se alcança dando o peixe, mas a vara de pescar, os ensinamentos e as condições para a pesca.
Oportunidades para os jovens, crescimento econômico com sustentabilidade e pensamento no futuro do país seriam a verdadeira justiça social.
Quando um país cresce firme e sustentável as oportunidades de emprego e geração de renda fazem a justiça social de forma muito mais eficiente do que o pitéu do governo depositado no final do mês.
No coração e considerando a situação de tanta gente não é fácil ser contra ou crítico do Bolsa Família, mas na razão e no pensamento de futuro não temos outra alternativa. O Bolsa Família deveria ser transitório, mas ele veio para ficar e o meu medo é quando a festa acabar e a conta chegar para todos nós pagarmos.


quarta-feira, maio 01, 2013

Eleição de 2014! Começam para valer as movimentações


Agora na virada do semestre as coisas esquentam mais. Algumas coisas que andei sabendo e valem registro e ilações.
Eduardo Campos parece que esta firme na estrada, não acreditava que iria até o fim, mas parece decidido mesmo. Além de convidar o secretário de segurança do Rio Beltrame (será grande puxador de voto) para seu partido e a legenda para disputar o governo, ele articula seus palanques. Em Minas Gerais, segundo soube, ele deu um ultimato ao Mário Lacerda prefeito de BH, que vive a dicotomia com o PSDB, aliás vivem relação de amor e ódio pelo que sei. Se Márcio vacilar ele irá de Leonardo Quintão, deputado que está deixando o PMDB e tem um grande potencial de votos em BH e em MG. Campos subu o tom de críticas e se posiciona definitivamente. Chances dele? Ele precisa achar o discurso que será muito na linha do governo do PT que sempre apoiou, a mágica que quero ver e transmitir esta mensagem ao povão: Farei o que eles fazem e melhor. Não é simples.
Aécio parece mudo, mas a candidatura dele não tem volta. SE ele recuar estará morto. Política envolve riscos e ousadia. Ele já se lançou, agora seu grupo e eleitores esperam sua ação.
Ainda não tem discurso, oposição branda que espertamente melhor que seja assim. Lembrem-se que o Brasil está bem e não existe cenário, pelo menos até agora, que mostre que os problemas econômicos (muitos e grandes) vão desaguar antes do pleito e influenciando a eleição de 2014.
Cla´r e óbvio que ele e Campos conversam, ams não acho que ele está conduzindo as articulações. Minha impressão é que a candidatura de Eduardo Campos ganha cada vez mais corpo e a de Aécio pode ficar a reboque dele.
Chances de um acordo PSB/PSDB? Claro, política é como as nuvens, como dizia Magalhães Pinto, raposa mineira.
Chances de um acordo factível? Mário se compõem aqui para valer, Aécio define o quadro complicado de MG e coloca seu escudeiro Anastasia de vice de Campos. Já ouvi isso.
Pelo andar da carruagem, Aécio pode ser vice de Campos? Acho que poderia e existem conversas nesta linha, mas acho difícil, a vaidade de ambos vai bater de frente para definir o cabeça da chapa.
e Dilma e o PT? Seguem lépidos e fagueiros, favoritos e focados na eleição de 2014, farão tudo e mais um pouco para não perder. Este é meu receio de mais bombas de efeito retardado na economia já com sinais claros de desgastes e problemas como a inflação e o baixo crescimento como comentei no post abaixo.
vamos acompanhando, mas por hoje diria que Aécio não tem volta, Campos se consolida, mas Dilma é favorita, pelo menos ainda, e com poucas chances de mudança, pelo menos nos aspectos que envolvem a economia.
Quanto mais candidatos melhor para os opositores, mas é bom lembrar que nem Lula no auge de sua popularidade ganhou em um turno a eleição.
Marina tenta emplacar sua REDE, mas não será fácil, pelo tempo, pela logística e complexidade. Ainda existem esperanças, mas remotas. Se ela sentir que não tem chance de criar a REDE, pode ir a um outro partido e tem "recall" para embolar o quadro.
Vamos acompanhar por enquanto e comentar quando for necessário e firmarmos ilações.