O Brasil passava incólume pela crise de 2008 que devastou a economia em diversos países.
Até ai tudo bem, mas a surpresa veio em 2010. Com projeção de 7% de crescimento, alguns esperando, mais, vamos bater quase R$ 3,5 trilhões. Isso significa prosperidade, aumento de renda e consumo, verdadeira máquina que move a economia.
Vejam bem alguns dados. Hoje a classe de renda de até R$ 2,5 mil representa 93 milhões de pessoas e são a base da pirâmide do consumo. O consumo desta classe é de quase R$ 5oo bilhões ano. Estes cidadãos são os que usufruem da prosperidade que vem deste a década de 60, como já mencionei aqui. Em quem vocês acham que votará este povo? Eles decidirão a eleição.
Lula tem estrela, em pleno ano eleitoral com quase 80% de popularidade vai levar sua candidata a vitória. Para mim será no primeiro turno, fácil, fácil. A economia diz mais que a vontade da mudança de governo.
Mais um dado, em 2010, viajaram de avião até o meio do ano, 37 milhões de passageiros contra 32 milhões de passageiros em ônibus. Isso explica o caos nos aeroportos, que só tende a piorar. Centenas de milhares de pessoas estão cruzando os céus do Brasil pela primeira vez, embalados na concorrência entre as empresas e no aumento de renda eles se esbaldam no consumo do turismo, sem contar o das TVs a plasma, eletrodomésticos de última geração, computadores e peças de consumo de beleza e roupas. É uma verdadeira festa na floresta.
Se temos o lado bom da aceleração da máquina, é importante ficar alerta ao questão da inflação de demanda e ao gargalo, já mencionado aqui diversas vezes, da infraestrutura. Anotem ai, a crise de julho nos aeroportos é o prenúncio de uma pagão maior que acontecerá em dezembro, escrevam ai.
Lula nada de braçada na festa do consumo e na ascensão social de milhões de brasileiro. Ele tem seus méritos, mas não podemos tirar outros méritos, aliás desde a revolução de 64 com o milagre econômico. Todos foram responsáveis de 1960 para cá. Já disse, a maior riqueza do Brasil é seu povo e o potencial de consumo e crescimento pela população e pelos recursos naturais.
Precisamos diferenciar estado brasileiro de governo do Brasil. Um é perene, o outro transitório. Basta os governantes não inventarem muito e agirem com responsabilidade. O resultado está ai, mas precisamos de mais. Afirmo com todas as letras, poderíamos estar melhor, mas ainda há tempo.
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