domingo, outubro 20, 2013

O Pré Sal - Algumas reflexões


O Pré Sal do Brasil


Quem quiser entender mais o Pré Sal- Clique aqui

Vamos lá:

  1. Esta reserva do Pré Sal brasileira é conhecida desde a década de 70. Nunca foi divulgado nada antes pela falta de viabilidade técnica e econômica até então.
  2. Em 2006 constatamos um potencial de viabilidade, mas na minha opinião teve viés político o marketing feito.
  3. A 160 km da costa e até 9 mil metros de profundidade, o campo é negócio de risco.
  4. O regime de partilha e não de concessão é um  erro. Explico. Na partilha a Petrobras precisa de capital e será sócia de todos. A Petrobras terá 41% da produção, mas terá que investir 30% do negócio. US$ 80 bilhões só em Libra, é muita grana. Se fosse concessão, ganharia royalties e deixaria riscos ao empreendedor. Considerando os riscos e o tamanho do negócio, a partilha pode ser uma grande "fria", além de sugar investimento que deverá relegar outros projetos, talvez mais viáveis.
  5. Especialistas dizem que o preço a US$ 100 é o limite para ter a sustentabilidade econômica, como o petróleo é commoditie e a demanda vem caindo, mas a oferta pode até aumentar, podemos inferir que o preço deve vir abaixo também. 
  6. Esta história que o petróleo acabaria em 2050 é conversa fiada, a questão será sua utilização e sua participação como fonte na matriz energética. No Brasil mesmo em 2001 era de 45% a participação, em 2006 era de 38%, com viés de queda. 
  7. O petróleo vem caindo como fonte de energia mundial. Em 1973 era de 48% sua participação hoje não chega a 33% em viés de queda pelas fontes alternativas. A tecnologia e a consciência ambiental trabalhando pela humanidade.
  8. A maior prova que o pré sal ainda é risco é a ausência das maiores e melhores empresas mundiais. Só a Shell e Total se habilitaram. Outras desprezaram solenemente o "potencial". Tudo indica que ficará a cargo dos chineses, estatais a exploração. Aliás eles participam em tudo, mas são frágeis no cumprimento de contratos, eu que o diga, além de outros casos que sei.
  9. A China participa disso porque sua expansão econômica ainda é forte, energia para eles é combustível econômico, mas até quando? Se a curva deste progresso de 8% ao ano não coincidir com a extração real do Pré Sal, podem micar ambos, chineses e brasileiros da Petrobrás.
  10. O risco de "micar" este primeiro leilão foi reduzido pela presença dos chineses, mas precisamos ver o que acontecerá. Podemos até ter um bem sucedido leilão, sinceramente minha torcida, mas os riscos do plano de negócios estar furado é muito maior do que a minha torcida pelo sucesso.

quinta-feira, outubro 10, 2013

Cenário politico atual - Volta ao passado? Nr. 2 outubro

As eleições de 1950- Clique e leia mais-  Foi disputada por 3 candidatos.
Eduardo Gomes- UDN, Getúlio Vargas - PTB e Cristiano Machado- PSD

Veja mapa da vitória de Vargas e dados da eleição de 1950:



Quero fazer uma analogia com o que poderia acontecer em 2014.
CRISTIANIZAÇÃO- No folclore político significa que o partido vai deixar seu candidato.
Em 1950 Cristiano Machado do PSD foi traido pelo partido que acabou votando em Vargas.
Nas eleições de 2010 e até em 2002 dizem que Serra foi cristianizado, e por isso guarda muitas mágoas de partidários seus, um deles Aécio. Não vou entrar no mérito do caso Serra.

Vamos lá. Chegou a vez do PT cristianizar Dilma? Pode ser. Escrevam ai. Economia ruim, inviabilidade eleitoral, rusgas com o partido que ela tem, enfim, o PT pragmaticamente pode ajudar a eleger Eduardo Campos e Marina que sempre tiveram estreitas ligações com o PT, programáticas e ideológicas.
Eduardo Campos tem profundas relações pessoais com Lula, o conhece desde menino pelas mãos de seu avô Miguel Arraes e sempre apoiou Lula. A hora da retribuição poderia vir agora, caso Dilma não se viabilize como candidata forte.
Reitero que o governo e Dilma são favoritos, pelo menos até aqui, mas quero deixar registrado este episódio do folclore político brasileiro: Cristianização. Anotem ai.




quarta-feira, outubro 09, 2013

O cenário político nacional e mineiro em outubro de 2013 - Nr. 01- um ano antes da eleição.

Claro que o cenário eleitoral muda, como as nuvens dizia a velha raposa mineira Magalhães Pinto.
Outra dizia que a eleição começava mesmo depois do dia 07 de setembro. Hélio Garcia. Neste caso acho que já foi assim, os fenômenos das mídias sociais e da comunicação instantânea muda estes conceito.

Vamos lá inferir algumas coisas:

Brasil:

  1. Marina se filia ao PSB e deve fazer dobrada com Eduardo Campos. Ele domina o partido e o espaço dela é de vice, aliás agrega valor a chapa e infla a candidatura dele. Tenho gostado de suas movimentações na TV, articulado e bem feita a mídia de inserção na TV. É player forte.
  2. Aécio tenta ser conhecido nacionalmente e explora a mídia, inclusive a social.Ele esta se saindo bem, mas ainda tem long caminho a percorrer.
  3. Dilma e o PT saem com uma "bandeirada" de 25 milhões de votos. Bolsas diversas e simpatizantes. É favorita, mas tem um desgaste grande dentro dos partidos aliados e do próprio PT.
  4. Lula nunca se sacrificará pelo PT. Ele não correrá este risco de perder pelo desgaste existente, e aliás, campanha é estressante e uma pessoa que passou pelos problemas dele estaria arriscando muito mais do que sua posição na história, a sua saúde entra na pauta.
  5. O PMDB deve ficar com o PT e muito provavelmente Temer será o candidato. Algumas dissidências já foram abertas, mas sempre foi assim.
  6. A economia ainda se sustenta nos indicadores, principalmente nas taxas de desemprego baixas. Ela será o maior cabo eleitoral do PT, contra ou a favor da oposição se sair do rumo.
  7. Os sinais não são bons, INFELIZMENTE...reitero que sou a favor do Brasil sempre e não gosto de ver a economia indo mal, mas esta indo. A inflação ronda e ameaça, o baixo crescimento econômico é visível e já aparece em previsões e indicadores.
  8. Escrevam ai: Baixo crescimento + Inflação é mortal para político no poder. Além disso, baixo crescimento significa desemprego adiante...ai o povão sentirá no bolso e o governo na urna.
  9. A guerra começa para valer, mas a atenção de todos deverá ser na premissa de que os problemas econômicos que vivemos (Isso é inegável e indiscutível) terão efeito já na eleição de 2014...senão em 2015 o próximo presidente vai penar.
  10. Risco sério é o pensamento único na eleição e contra medidas antipopulares que se fazem já necessárias. Isso agrava o problema na frente, mas pode amenizar o clima em 2014. Eu não apostaria nessa a partir do que tenho lido e escutado.
Minas Gerais
  1. Pimenta da Veiga será o candidato do PSDB e o Vice deverá ser Dinis Pinheiro, querido na ALMG e dos deputados estaduais, mas este quadro pode mudar em função da densidade eleitoral do estado geograficamente falando.
  2. Anastasia sairá para o senado, forte candidato. Ainda não se sabe quem serão os adversários.
  3. Pimentel não terá alternativas, é sua missão como soldado do PT e para dar palanque a Dilma. É forte, tem hoje 38% das intenções de votos, disparado na frente, mas ainda é cedo e muito trabalho o espera.
  4. Josué, filho do José de Alencar entra no jogo como coringa, mas é neófito e precisa avaliar bem seus riscos. Bem lembrado por um amigo, muitos empresários poderosos entram e se dão mal, exceção do José Alencar que foi senador e vice presidente. Ele tem postura, grana e herança, mas isso será que é suficiente?
  5. O PMDB deve se dividir e na tese de candidato próprio pode até vingar para talvez levar a eleição para um segundo turno. Lembrem-se com 2 candidatos somente, a chance da eleição ser decidida em um turno é total. Tem acontecido aqui em MG nas últimas eleições.
Previsões: 
  1. Economia deve piorar, mas sem ainda diagnóstico de que afetará ou influenciará a eleição do ano que vem, mas escrevam ai...o baixo crescimento e o consequente desemprego vai machucar o PT.
  2. A eleição hoje tem favoritos, Dilma no cenário nacional e Pimentel aqui, mas tudo pode mudar, aliás deve mudar.
  3. Hoje todos eleitores  têm acesso a informação. O desgaste da classe política e algumas mudanças nas leis freiam um pouco o poder econômico, mas não ainda o suficiente para termos eleições decentes.
  4. O dinheiro ainda correrá solto, mas mais fiscalizados e vigiados pelas mídias sociais, que aliás, vão bater forte em político ficha suja.
  5. As manifestações podem voltar forte na copa do mundo, assim como foi em julho, mesmo com os baderneiros atrapalhando. A economia pautará  este movimento também.

Vamos acompanhando, principalmente se houver mudanças fortes que possamos inferir mais prognósticos.