Artigo do Carlos Alberto Sardenberg hoje analisando a situação e parece mesmo que ela pensa nisso.
Seguinte, claro e rasgado:
- Eu era contra controlar a inflação com os juros, mas é uma medida correta e estamos sob a ameaça de aumento de preços, isso pode atrapalhar os planos dela.
- Sem cortar gatos públicos não é possível baixar juros, este é o maior problema do Brasil. Como ela vai segurar os "companheiros", que vão continuar inchando a máquina pública, principalmente no custeio?
- O panorama montado pela maquilagem do superavit primário não sinaliza redução dos gastos, mas sim aumento.
- Não quero "secar" nem prever nada, mas duas potenciais intervenções de Dilma (no câmbio e nos juros) podem arrebentar este Brasil. Lembrem-se que os pilares da sustentabilidade de nossa moeda são: Superavit primário, metas de inflação e câmbio flutuante) se ele mexer em um deles pode se complicar, em dois, pode abrir um buraco tremendo.
Intenção sem ação é ilusão, de idéias e boas intenções está cheio o inferno, como dizem aqui em MG. Vamos ver, mas a intenção parece boa, se for feita com responsabilidade e maturidade. Quem não quer os juros baixos?
Vou dar uma dica para os "desenvolvimentistas": o juros na ponta final é criminoso pelos "spreads" bancários, porque não se preocupam com a máfia dos bancos e financeiras? Os juros oficiais não têm sido o pior vilão.
O risco de crise mundial é baixo, mas existem movimentos perigosos. Eu não creio, por uma razão simples: o esforço de 2008, nunca visto na humanidade, coordenado por diversos países e com gastos nunca vistos não pode correr riscos de ir ao buraco por causa de um ou dois países, ou como queiram alguns os PIGS ( Portugal, Irlanda, GRécia e Espanha (S do inglês)).
Ainda acho que Dilma vai pegar bons ventos externos, internos temos o problema cambial e da dívida, na verdade estão atrelados.
A baixa de juros me faz olhar com bons olhos a iniciativa dela.
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