sexta-feira, julho 17, 2015

Ecos da crise institucional em julho de 2015, véspera do recesso. E ai?


LENHA NA FOGUEIRA?
Congresso entra em recesso com a bomba do programa institucional da CD, o rompimento de Eduardo Cunha ( não como presidente da CD, mas como deputado) com o governo e mais lenha na fogueira da crise institucional do Brasil, cada vez mais próxima de ser uma das piores da história.
Algumas considerações, "bullets" como dizem os americanos:
  1. Eduardo Cunha é forte e competente, isso ninguém pode negar. Foi acusado e acho que pode existir prova para ele ser condenado ou mesmo processado. Aliás para todos os denunciados é preciso provar a culpa e quem acusa deve mostrar. 
  2. Ele usou a tática: A melhor defesa é o ataque. Partiu pra cima do governo desgastado e impopular. Coincidentemente (ou não) tudo isso coincidiu com o recesso. Não acho que o "panelaço" foi por ele, na verdade foi pela classe política toda, desgastada com tanto escândalo.
  3. A confusão continua e grande. As consequências são imprevisíveis? Acho que existem algumas alternativas para  o que vai ocorrer e já postei aqui. Hoje o mercado aumentou a chance de "impeachment" de Dilma de 20% para 30%. Eu diria que passou de 50%. Pela governabilidade e pelo recrudescimento da crise econômica (infelizmente podem esperar).
  4. A crise econômica se agrava, podemos ter "fratura exposta". Em 23 anos foi o pior ano no fechamento de vagas de postos de trabalho, a recessão é dolorosa e o desemprego é combustível no ciclo vicioso.
  5. Fecha empresas, inadimplência cresce, a recessão já incomoda e projeta ( crescimento negativo de 1,8%, eu acho que pode chegar a 2,5%), a renda cai, a expectativa (negativa agrava a crise) piora, enfim, só nos resta rezar. Isso tudo é combustível na crise econômica.
  6.  Dilma tenta desesperadamente uma agenda positiva, mas ela esta" Lame duck". O discurso e a aprovação da Bolívia no Mercosul corrobora o Foro de São Paulo, aliás mencionado dissimuladamente  como "outros foros". Não sou direita, mas o Foro de São Paulo é real, ditou nosso rumo errado e vamos pagar a conta. Quisera eu, o Brasil ter seguido o Chile, Colômbia (quem diria?) e o México. Lula e Dilma mataram o Mercosul, vide a Aliança do Pacífico e seus membros. A piada dela, Dilma,   exaltar a democracia no Mercosul com o tal Nicolas Maduro que destrói a Venezuela no rastro de Chavez sentado ao seu lado.
  7. Vejo que o recesso do congresso e o arrefecimento da pauta política vai amenizar o clima político incendiado pelo rompimento de Eduardo Cunha que com certeza não foi solitário e nem emocional. Podem apostar que ele tem estratégia e nada aconteceu ao acaso ou na emoção.
V|amos fazer especulações (se fossem previsões estaria operando em "Wall Street" no NYSE.
  1. Vai acontecer alguma coisa no cenário político. Parlamentarismo, Impeachment, eleições, renúncia? Sei lá, mas vai.
  2. A situação econômica preocupa, e muito. Poucos conseguem ver  o que pode acontecer e já está em processo inexorável.
  3.  O segundo semestre será quente e tumultuado. Infelizmente e as consequências são imprevisíveis. Nada de golpe de esquerda ou da direita. Não existe organização (de nenhum grupo) e nem ambiente institucional (apesar da crise) para isso como ocorreu na história em 1930, 1945, 1950, 1954 e 1964. O mundo hoje é outro.
  4.  Pelo que estudei de crises que o Brasil viveu, esta pode ser a maior de todas? Espero que não, mas o tempo dirá e tem grandes chances.
O que eu diria?

Vamos rezar (para quem tem fé) e acreditar que o Brasil é maior do que a classe política e se não temos a resiliência dos Estados Unidos, temos outras virtudes que nos dão um fio de esperança. Ainda bem.

terça-feira, julho 14, 2015

Qual a saída para o Brasil?

Resultado de imagem para saída
Confesso que as informações que tenho recebido sobre a economia são cada vez piores. 2015, 2016 e 2017 com muitos problemas, Se não acertarmos os ajustes necessários, credibilidade e governabilidade, 2018 pode estar perdido também.
Atenção: Não sou do PSDB, minhas criticas, tento fazer de forma construtiva. Sou brasileiro, luto por minha conta própria, não quero ver meu pais no buraco.
Vejo que vivemos uma crise institucional sem precedentes. Minha ultima postagem fala sobre isso, não quero ser redundante e criticar a presidente que não governa e perdeu a rédea do pais em péssimo momento.
E ai? Qual seria a solução? 

Quando vi esta coluna do Ricardo Noblat; Clique e leia e no final vou reproduzir o texto completo, vi que estamos vivendo muitos dilemas. Políticos, porque econômicos a sentença esta dada e me assusta o que tenho ouvido e visto. 

Interessa a oposição a saída de Dilma? Não creio. Imagina a solução mais provável se acontecesse (ou acontecer) um impedimento de Dilma. 
Todos problemas econômicos cairiam no colo de Temer, Eduardo Cunha ou mesmo Aécio (os prováveis presidentes em cada situação que ocorresse).
O que pode acontecer de fato:
  1. Impeachment dela pelo TCU e congresso na rejeição das contas e pedaladas. OBS: Alegam que FHC cometeu algumas pedaladas, mas não foi bem assim. As pedaladas do PT foram mais frequentes e intensas do FHC, mas ambos estão errados e não se justificam.
  2. Congresso aprovar o parlamentarismos como fizeram na crise de 64 com a falta de governabilidade de Jango.
  3. Dilma tem 3 grandes problemas que somados agravam sua situação; Crise econômica, baixíssima popularidade e animosidade no congresso nunca antes vista. Ate seus companheiros ela consegue desagradar.
  4. VOU REPETIR: NÃO QUERO FAZER APOLOGIA A QUEDA DA PRESIDENTE, MAS ESTA PODE SER A SAÍDA PARA QUEBRAR ESTE CICLO PERVERSO QUE ESTAMOS VIVENDO E QUE PODE PIORAR.
  5. A questão agora: Como sairemos da crise politica e econômica?
  6. Com certeza para a oposição seria mais interessante ela ficar. O congresso tem pautado as coisas, ela não governa e todas as mazelas são debitadas na conta dela e do PT. O problema eh que ela sangra, mas todos sangramos juntos.
  7. Um parlamentarismo oficial seria ótimo, acho que pode ser possível, mas improvável. O congresso não vai querer eleições e parece que esta questão envolve referendo (consulta popular). Se houver eleição,mesmo somente para presidente, isso seria muito oneroso para os congressista que não tem como ficar fora da eleição. E para que se vivemos um parlamentarismo de fato?
  8. A solução mais viável ( e com mais chances de acontecer na minha visão) é Temer assumir, Não em nome da politica em si, mas da governabilidade e quebra deste ciclo.
  9. Dia 16/08 estão convocando manifestações. Com inflação e desemprego já batendo os dois dígitos, o governo pode ter uma péssima surpresa e isso sera lenha na fogueira dos problemas de Dilma.
Fica difícil prever o que vai acontecer de fato. A saída dela não é fácil, mas toma corpo a ideia. Não é golpe como querem alguns, é parte do jogo. 

Quero que o Brasil retome seu rumo e os erros cometidos estes anos todos sejam consertados. Simples assim. Apoio qualquer solução para consertar nosso pais.

O artigo do Noblat reproduz bem como andam confusas as coisas e o dilema da oposição. #noblat


Para quê derrubar Dilma?

Ricardo Noblat
Chega de farsa! A oposição não quer derrubar Dilma. Prefere vê-la arrastar-se, exangue, até o último dia do seu mandato. Para quê correr o risco de substituí-la já?
Para dar lugar ao vice do PMDB? Para ser obrigada a fazer com a economia o que Dilma está fazendo – ou coisa pior?
Para que Lula tente se recuperar em paz até a eleição de 2018? A essa altura, Lula torce para que Dilma renuncie. Logo...
Todo o poder a Dilma! Ou melhor: o mínimo de poder a Dilma! E o máximo de desgaste a ser compartilhado por ela com Lula e o PT – os três no “volume morto”, segundo o próprio Lula.
Recente pesquisa do IBOPE constatou que o “lulismo”, hoje, sustenta-se mal e mal nas áreas mais pobres do Nordeste. E mesmo ali está em processo de encolhimento.
Se uma nova eleição presidencial em segundo turno tivesse sido disputada na semana passada por Aécio Neves (PSDB) e Lula, Aécio teria vencido com folga por 48% a 33%.
Perderia para Lula apenas no Nordeste e entre os eleitores de menor renda e escolaridade. Na faixa dos que ganham mais de cinco salários mínimos, Aécio massacraria Lula por 72% a 28%.
Dilma obteve quase dois terços dos votos válidos (descontados os nulos e brancos) nos municípios em que o PT venceu no segundo turno as eleições presidenciais de 2006, 2010 e 2014.
Agora, nesses mesmos lugares, Lula atrairia 52% dos votos contra 48% de Aécio. Um empate técnico, a levar-se em conta a margem de erro da pesquisa que ouviu em todo o país 2.002 eleitores.
Eu sei, você lembra de 2006 quando Lula se reelegeu apesar de baleado pelo escândalo do mensalão. Ao invés de pedir o impeachment dele, a oposição achou melhor deixá-lo sangrar – e deu no que deu.
Compreendo o seu temor. Dizem que a História só se repete como farsa. Não posso garantir. Sei, porém, que 2006 pouco tem a ver com 2015. Ou nada.
Lula é Lula, Dilma, é Dilma. Lula tem carisma e é bom de gogó. Dilma não tem, e quando fala é quase sempre um desastre. Antológica a saudação à mandioca. Bem como à “mulher sapiens”.
Em 2006, Lula era popular, ainda recém-chegado ao poder. Os brasileiros concederam a ele e ao PT um desconto. Foi moleza derrotar o insosso Geraldo Alckmin. Tudo mudou desde então.
Menos de 10% dos brasileiros aprovam o desempenho de Dilma. Ela jamais será esquecida como uma pura invenção de Lula. E também por ter mentido à farta para se reeleger.
A crise econômica potencializou a crise ética que está na raiz da crise política. Essa se agravará caso a Lava Jato culmine com a eventual prisão de Lula. Somente ele sabe o que fez. Para estar com tanto medo... Sei não.
Só sei que pelo menos um partido e um político não têm queixas de Dilma: o PDT de Carlos Lupi e Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do PMDB no Senado.
Depois de apontar o governo Dilma como o mais corrupto da História, Lupi negociou com ele a demissão de Manoel Dias, ministro do Trabalho indicado pelo PDT. Irá trocá-lo por um deputado mais sujeito aos seus caprichos, digamos assim.
Há menos de um mês, Dilma compareceu em Brasília ao casamento da filha de Eunício com Ricardo Fenelon Júnior, advogado há três anos. Uma festança!
Na última segunda-feira, Fenelon acabou presenteado por Dilma com a nomeação para a diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil.
O que ele entende do assunto? Nada. E precisa? Basta ser genro de senador aliado de uma presidente débil. Débil no sentido de frágil.



sábado, julho 04, 2015

Projeções econômicas são ainda mais preocupantes. Temos saída?


A situação é grave. Tanto política quanto econômica.
Inflação de 2 dígitos,hoje já está em 9%, mas a real já machuca o bolso de todos, principalmente dos mais pobres. Salário real em queda, desemprego em alta 8% hoje, mas pode chegar a 2 dígitos até o final do ano. Recessão já pode chegar a 2% negativos.
Empresas quebrando, demitindo, esperança diminuindo e isso acaba sendo combustível na própria crise que se alimenta das projeções negativas.
Queria estar errado, quero estar, mas infelizmente não devo estar. Isso era cantado e esperado. O estouro das contas públicas, pedalas e incompetência agravaram o cenário que já estava ruim.
Nem falo em corrupção, mas também afeta nossa imagem e ânimo de investidores externos.

Vamos imaginar alguns cenários, considerando que 2015 já foi, mas ainda devemos ter notícias ruins e piora nos indicadores e 2016 será igual ou pior. A esperança é começar 2017 e em 2018 voltarmos ao rumo correto.

  1. O ajuste não deverá ter o efeito desejado. O caminho é este, conserto das contas públicas, mas com a recessão a arrecadação não se confirma e as despesas ficam como estão, mesmo com cortes, ainda pífios em alguns setores.
  2. Politicamente a presidente está morta, lame duck como dizem os americanos. Isso faltando ainda 3 anos e meio para terminar o seu mandato.
  3. Popularidade dela em 9% ainda vai cair mais. Nem Collor e Sarney em seus piores momentos chegaram a isso, nem Nixon antes de renunciar, ou seja a coisa só deve piorar.
  4. O congresso assume as rédeas e vivemos um parlamentarismo "branco", de fato.
  5. O impeachment dela tem todos elementos para acontecer, apesar de não achar que seria a solução para o Brasil, queima nosso filme.
  6. Começo a imaginar, se confirmadas a crise que pode ser sem precedentes (rezo e espero para não ser) a saída dela pode ser uma forma de reverter o ciclo e acalmar o país.
  7. Oficializar o parlamentarismo vejo pouca chance, porque é complicado e demorado, haveria novas eleições e fere muito interesses. Já estamos no "parlamentarismo de fato".
  8. Com a piora do cenário econômico o impeachment volta a pauta com certeza.
  9. A renúncia dela? Acho pouco provável, mas tudo é possível. Talvez sob ameaça firma de um impeachment e uma articulação forte ela possa sair de lá desta forma. Esta articulação parece em curso, inclusive com a participação do PT.
  10. No caso de impeachment quem assume? Novas eleições? Acho que este cenário é um empecilho para esta situação de impeachment progredir, mas começo a considerar a chance real.
Já disse, não quero ver o caos do Brasil, somos brasileiros. Eles erraram muito, fizeram bobagens e a crise era esperada. Acho que a surpresa é o tamanho dela e a inapetência da presidente para lidar com ela. Infelizmente.
Deixo aqui registrado que começo a enxergar a saída dela, principalmente pelo agravamento da crise econômica. Não é meu desejo, mas a situação começa a criar forma.
Triste.

quinta-feira, julho 02, 2015

Redução da maioridade penal é aprovada na Câmara dos Deputados

Câmara aprova mudança da maioridade penal - Clique e leia



Considerações:

  1. Sou 100% a favor. Ser bandido é opção pessoal. Claro que existem fatores que podem contribuir para esta opção, mas dizer que a bandidagem é culpa da sociedade, da injustiça social, da pobreza ou do desajuste familiar é muita inocência. Se fosse por isso, só teríamos bandidos na rua;
  2. 87% da população quer a mudança na lei;
  3. Bandido é bandido, seja ele maior ou menor, preto ou branco, rico ou pobre;
  4. Se a educação tivesse sido a prioridade neste país hoje não haveria esta batalha contra a impunidade de menores;
  5. A esquerda usa esta bandeira, de não reduzir a idade penal, talvez porque perdeu outras antes defendidas;
  6. A insegurança é geral e isso ajuda a engordar os 87% que querem a mudança;
  7. O ministro da justiça dizer que não podemos reduzir a idade porque não temos presídios é como dizer numa brincadeira de criança: altas vou descer;
  8. O ECA poderia ser mudado, mas nasceu morte e torto;
  9. A sociedade brasileira passa por mudanças, amadurecendo e pagando a conta do flagelo das instituições, crise econômica e política. Infelizmente isso tudo tem responsável, com nome, telefone e endereço. Espero vê-lo preso em breve;
  10. Se o Brasil estivesse crescendo, com prosperidade e emprego e educação de qualidade, nosso país não teria tantos menores infratores.
  11. A ociosidade e a falta de perspectivas futuras são mãe de todos os vícios e de muitos males que causam a sociopatia.