A chuva aqui em BH, neste janeiro é coisa impressionante.
Parece que São pedro olha para as autoridades do setor elétrico e o Ministro Lobão chega com estrela, mesmo assim ainda parece que as médias históricas não foram recompostas. Clique e veja matéria da Folha Online.
Em dezembro e no começo de janeiro as chuvas foram muito abaixo das médias e acenderam a luz vermelha, a amarela já estava acessa há muito tempo.
Neste últimos dias podemos ter melhorado ainda mais, mas com certeza parece não normalizado ainda.
As conclusões desta situação são as seguintes: Não podemos depender de São Pedro para ter garantia de energia elétrica. Nossa matriz precisa ser diversificada e dependermos menos das chuvas. A crise ainda não foi debelada e é questão de tempo.
As usinas da Amazônia terão problemas ainda não sonhados e o gás é gargalo sério.
O governo deve retomar Angra urgente, é nossa saída imediata. As fontes alternativas e renováveis devem ser incentivadas de maneira que o mundo inteiro faz, menos o Brasil que desdenha a situação.
Continuo torcendo, mas é péssimo depender das chuvas em pleno carnaval, criando trasntôrnos para a maioria dos folões.
Assuntos que me interessam: Política, Meio Ambiente, Economia, Tecnologia, Internet e um pouco de filosofia.
quinta-feira, janeiro 31, 2008
quarta-feira, janeiro 30, 2008
O maestro e mago da economia mundial ensinando um pouco!
Allan Greenspan - Clique e veja artigo
Dispensando comentários, vou direto ao ponto : O livro A Era da Turbulência de Allan Greenspan, que degusto com prazer, tem passagens incríveis. Corroboram muitas postagens minhas anteriores e explica muito das ocorrências mundiais recentes. Estou no início e o livro pode não agradar a todos pelo conteúdo técnico, apesar de ser fácil e agradável, mas eu estou adorando, tentarei puxar sempre alguns ensinamentos ou conclusões:
Nas páginas 12 e 13, ele disserta sobre as mudanças na economia mundial e em especial, palavras dele: " As taxas de crescimento dos tigres asiáticos, em especial a China, e outros emergentes em desenvolvimento ultrapassaram de longe as taxas de crescimento das demais economias. O resultado é a transferência do PIB dos desenvolvidos para estes países desencadeando ondas de efeito." Continua, " As taxas de poupança nos países em desenvolvimento são muito altas, e este deslocamento dos PIBs dos países desenvolvidos para os emergentes desde 2001 aumentou de tal forma a poupança mundial que ultrapassou em muito os investimentos planejados. Isso reduziu drasticamente as taxas de juros nominais, a oferta de dinheiro em busca de retorno cresceu mais rápido que a demanda por investimento".
Ele nesta passagem começa explicando a atual liquidez mundial que estamos vendo desde 2001, mas continua para abordagem a inflação: " Combinada com a globalização, com a tecnologia e os ganhos de produtividade, o deslocamento da força de trabalho das economia planejadas para as forças de mercado competitivos reduziram as taxas de inflação em quase todos países".
OU SEJA, a taxa de juros baixas e inflação de um dígito é coisa natural, da conjuntura, o fenomeno é mundial e governos que tentam se apoderar do feito alegando gestão, estão errados. BATO NISSO AQUI HÁ MUITO TEMPO.
A serendipidade ( atração de coisas boas) que ele diz, acontecem ao mesmo tempo, começo do século XXI e força os bancos centrais a se ajustarem as mudanças. Uma ilação para as forças naturais novamente, mais que gestão de qualquer banco central.
Conjuctura minha: Os fatores da nova economia, velocidade, intangibilidade e conectividade são responsáveis por muitas mudanças e quebra de paradigmas na economia e relações sociais. Muito deverá ser revisto frente as novas premissas e pilares da economia mundial, tanto na economia, quanto na administração e nas ciências sociais em geral. No fundo a sociedade do conhecimento e a era da informação preconizada por Peter Drucker é a realidade mutante da sociedade.
Greenspan alerta para o ciclo econômico com as seguintes palavras: " No entanto nenhuma destas forças (juros e inflação baixas) são permanentes. É díficil eliminar inflação num mundo de moedas fiduciárias (baseada na confiança, pós década de 30, quando as moedas perderam o lastro ouro)".
A explicação da bolha causada pela liquidez: " O declínio das taxas de juros se associa ao aumento dos índices de preço/lucro das ações, dos imóveis, na verdade de todos ativos geradores de renda. O Valor de mercado dos ativos de 1985 a 2006 subiu mais rápido que o PIB mundial e gerou grande aumento da liquidez mundial". Na verdade tenho dito há muito tempo isso aqui.
Greenspan acredita no mercado, assim como eu, critica a intervenção como ocorreu na década de 30 e em outros governos, mas aceitou aquele momento. Coloca a educação como pilar do desenvolvimento e aposta nela para saída de problemas futuros, isso parece consenso entre os grandes pensadores. Suas projeções vão até 2030 e prevêem problemas, mas ele sempre otimista acredita na superação destes problemas. A reliliência do ser humano é sua maior força segundo Greenspan. Ele aborda também a resiliência americana como seu pilar de superação das crises.
As mudanças mundiais arrancaram da pobreza muitos cidadãos e países, mas a rapidez das mudanças geraram apreensão, isso ele chama de turbulência. Defende a lei, o direito de propriedade e a liberdade, como não poderia ser diferente, para crescimento da riqueza material da humanidade.
Fecha a introdução de seu livro da seguinte maneira: " Os cidadãos do mundo se encontram com uma escolha árdua, de um lado, abraçar os benefícios do mercado global e das sociedades abertas que arrancam as pessoas da pobreza e lançam na busca de melhor qualificação. Do outro, rejeitar esta oportunidade e aferrar-se nos ISMOS, nativismo, populismo, tribalismo que algumas comunidades querem se refugiar quando sitiadas na própria identidade não conseguem perceber as melhores escolhas".
Estou extremamente identificado com o livro e como imaginava, será uma fonte de conhecimento enorme. Quem gosta de economia, entende um pouco, quer conhecer a história recente mundial e suas mudanças ou tem pretensões de ver um possível quadro futuro, pode ler o livro. Vou sempre que achar interessante, postar coisas, comentários e palavras do maestro da economia mundial.
Dispensando comentários, vou direto ao ponto : O livro A Era da Turbulência de Allan Greenspan, que degusto com prazer, tem passagens incríveis. Corroboram muitas postagens minhas anteriores e explica muito das ocorrências mundiais recentes. Estou no início e o livro pode não agradar a todos pelo conteúdo técnico, apesar de ser fácil e agradável, mas eu estou adorando, tentarei puxar sempre alguns ensinamentos ou conclusões:
Nas páginas 12 e 13, ele disserta sobre as mudanças na economia mundial e em especial, palavras dele: " As taxas de crescimento dos tigres asiáticos, em especial a China, e outros emergentes em desenvolvimento ultrapassaram de longe as taxas de crescimento das demais economias. O resultado é a transferência do PIB dos desenvolvidos para estes países desencadeando ondas de efeito." Continua, " As taxas de poupança nos países em desenvolvimento são muito altas, e este deslocamento dos PIBs dos países desenvolvidos para os emergentes desde 2001 aumentou de tal forma a poupança mundial que ultrapassou em muito os investimentos planejados. Isso reduziu drasticamente as taxas de juros nominais, a oferta de dinheiro em busca de retorno cresceu mais rápido que a demanda por investimento".
Ele nesta passagem começa explicando a atual liquidez mundial que estamos vendo desde 2001, mas continua para abordagem a inflação: " Combinada com a globalização, com a tecnologia e os ganhos de produtividade, o deslocamento da força de trabalho das economia planejadas para as forças de mercado competitivos reduziram as taxas de inflação em quase todos países".
OU SEJA, a taxa de juros baixas e inflação de um dígito é coisa natural, da conjuntura, o fenomeno é mundial e governos que tentam se apoderar do feito alegando gestão, estão errados. BATO NISSO AQUI HÁ MUITO TEMPO.
A serendipidade ( atração de coisas boas) que ele diz, acontecem ao mesmo tempo, começo do século XXI e força os bancos centrais a se ajustarem as mudanças. Uma ilação para as forças naturais novamente, mais que gestão de qualquer banco central.
Conjuctura minha: Os fatores da nova economia, velocidade, intangibilidade e conectividade são responsáveis por muitas mudanças e quebra de paradigmas na economia e relações sociais. Muito deverá ser revisto frente as novas premissas e pilares da economia mundial, tanto na economia, quanto na administração e nas ciências sociais em geral. No fundo a sociedade do conhecimento e a era da informação preconizada por Peter Drucker é a realidade mutante da sociedade.
Greenspan alerta para o ciclo econômico com as seguintes palavras: " No entanto nenhuma destas forças (juros e inflação baixas) são permanentes. É díficil eliminar inflação num mundo de moedas fiduciárias (baseada na confiança, pós década de 30, quando as moedas perderam o lastro ouro)".
A explicação da bolha causada pela liquidez: " O declínio das taxas de juros se associa ao aumento dos índices de preço/lucro das ações, dos imóveis, na verdade de todos ativos geradores de renda. O Valor de mercado dos ativos de 1985 a 2006 subiu mais rápido que o PIB mundial e gerou grande aumento da liquidez mundial". Na verdade tenho dito há muito tempo isso aqui.
Greenspan acredita no mercado, assim como eu, critica a intervenção como ocorreu na década de 30 e em outros governos, mas aceitou aquele momento. Coloca a educação como pilar do desenvolvimento e aposta nela para saída de problemas futuros, isso parece consenso entre os grandes pensadores. Suas projeções vão até 2030 e prevêem problemas, mas ele sempre otimista acredita na superação destes problemas. A reliliência do ser humano é sua maior força segundo Greenspan. Ele aborda também a resiliência americana como seu pilar de superação das crises.
As mudanças mundiais arrancaram da pobreza muitos cidadãos e países, mas a rapidez das mudanças geraram apreensão, isso ele chama de turbulência. Defende a lei, o direito de propriedade e a liberdade, como não poderia ser diferente, para crescimento da riqueza material da humanidade.
Fecha a introdução de seu livro da seguinte maneira: " Os cidadãos do mundo se encontram com uma escolha árdua, de um lado, abraçar os benefícios do mercado global e das sociedades abertas que arrancam as pessoas da pobreza e lançam na busca de melhor qualificação. Do outro, rejeitar esta oportunidade e aferrar-se nos ISMOS, nativismo, populismo, tribalismo que algumas comunidades querem se refugiar quando sitiadas na própria identidade não conseguem perceber as melhores escolhas".
Estou extremamente identificado com o livro e como imaginava, será uma fonte de conhecimento enorme. Quem gosta de economia, entende um pouco, quer conhecer a história recente mundial e suas mudanças ou tem pretensões de ver um possível quadro futuro, pode ler o livro. Vou sempre que achar interessante, postar coisas, comentários e palavras do maestro da economia mundial.
domingo, janeiro 27, 2008
Em três meses US$ 7,74 trilhões viram pó.
Clique e leia a matéria do Globo On line.
Na verdade este valor é irreal e virtual. Com a geração de riqueza e aumento da liquidez mundial, pessoas, em quase todos os países compram ações nas bolsas. A pressão compradora faz os preços subirem. Muitas empresas, a maioria talvez, não valem o que o preço das ações em bolsa dizem.
Uma empresa tem que valer por seus ativos, pelo fluxo de caixa que gera, pela marca e se compararmos os preços de ações com toda a avaliação possível o preço é virtual quando medido pelo valor da ação na bolsa.
Na verdade pessoas que compraram no final perderam dinheiro, estes US$ 7,74 trilhões não foi prejuízo de empresas, mas de incautos que pagaram mais que o valor real.
Esta é a lógica do mercado, ainda bem.
Na verdade este valor é irreal e virtual. Com a geração de riqueza e aumento da liquidez mundial, pessoas, em quase todos os países compram ações nas bolsas. A pressão compradora faz os preços subirem. Muitas empresas, a maioria talvez, não valem o que o preço das ações em bolsa dizem.
Uma empresa tem que valer por seus ativos, pelo fluxo de caixa que gera, pela marca e se compararmos os preços de ações com toda a avaliação possível o preço é virtual quando medido pelo valor da ação na bolsa.
Na verdade pessoas que compraram no final perderam dinheiro, estes US$ 7,74 trilhões não foi prejuízo de empresas, mas de incautos que pagaram mais que o valor real.
Esta é a lógica do mercado, ainda bem.
terça-feira, janeiro 22, 2008
2008 começa com nervos a flor da pele
Não adianta quebrar a cabeça. (clique na figura)
Agora os amadores devem ficar quietos, chegou a hora dos profissionais do mercado, profissionais e jogadores, a volatilidade será impresssionante. Clique e veja.
Já postei aqui, a ecopnomia americana é 50% da economia mundial, a China "bomba" pelo seu mercado interno, mas muito pelo seu mercado externo, americano especialmente. A teoria do "descolamento", na qual os países emergentes sustentariam a economia mundial substituindo a locomotiva americana, não tem muita sustentação. Verdade que os parametros são outros, as ferramentas de gestrão dos bancos centrais também, mas ainda levará tempo para ocorrer um descolamento, talvez em 2015, quando a projeção coloca a China no primeiro posto da economia mundial.
O FED já agiu, a baixa extraordinária de juros de 0,75% hoje, extraordinária no sentido de ser fora da época, mas mesmo assim de grande impacto, ajuda a consertar as coisas. As bolsas mundiais reagiram, mas ainda nada está no devido lugar.
É o seguinte, vou repetir: Quando se cria muita riqueza, ativos, recursos, papeis mobiliários, de riscos, investimentos em países emergentes, "trade carry" (aquilo de tomar dinheiro em um país e aplicar em outro de melhor taxa), enfim, uma série de coisas vai crescendo o mercado, mas chega um ponto, que nem mesmo os magos de Wall Street ou de bancos centrais sabem, e o mercado vai sofrer ajustes e correção. Eu esperava que isso ocorresse antes, e nem sei se ainda é o ajuste definitivo. O sinal vem sendo dado há algum tempo. O excesso de liquidez é a causa.
Começou no "sub prime" (títulos podres do mercado imobiliário americano, vendidos e revendidos diversas vezes quando micaram na mão de alguns, grandes bancos diga-se de passagem), agora é a recessão, mas no fundo, uma coisa acaba sendo consequência da outra. O ciclo vai perdendo força e começa a mudar o curso.
A volatilidade dos mercados, das bolsas fica inimaginável e perigosa. Muitos ganham dinheiro, muitos recursos viram pó. O efeito da bolha que desaparece corrige valores de empresas superavaliadas em bolsa com valores muitas vezes a realidade de seus ativos, seu "brend", ou seu fluxo de caixa descontado.
Já assistimos antes este filme, sempre muitos perdem e muitos ganham, a experiência de crises passadas e a ação do FED americano suaviza o problema. Resolve? Não sei ainda, vamos ver, mas como previ há algums tempo, não creio que esta crise será pior que as outras, com certeza diferente. CONSOLO: O Brasil está mais preparado como dizem as autoridades monetárias, mas é ilusão achar que dependendo do tamanho da crise, o Brasil está imune. Acho que os EUA já tomou pancada forte, e continua tomando, no preço do petróleo por exemplo a US$ 100. Uma recessão lá pode até ajudar no ajuste do ciclo virtuoso desde a década de 90.
São as forças invisíveis da natureza econômica agindo e o homem tentando administrar e impedir os estragos.
sexta-feira, janeiro 18, 2008
A herança maldita e a oportunidade perdida II
Com base nas assertivas acima, vamos especular algumas situações interessantes:
Segundo Laurentino Gomes em 1808, no cerco de Napoleão a Portugal em 1807, D. João VI, o príncipe regente, teria três opções, a saber:
1. Enfrentar Napoleão, hoje quase constatado que teria grandes chances de sucesso. O flagelo de Napoleão começa por ali. O perfil do príncipe, medroso e indeciso, não deixou esta alternativa vingar
2. Aderir a Napoleão onde então seria bombardeado pela poderosa Inglaterra, assim como foi a Dinamarca por ter sido cooptada por Napoleão sem resistência. Neste caso, alem do bombardeio, haveria chance de invasão do Brasil pelos ingleses, já pensaram o Brasil colonizado pelos ingleses de 1800 até hoje, a maravilha que seria?
3. A opção então foi a fuga ao Brasil que acabou escrevendo a história dos dois países
Sem pensar duas vezes afirmo que o Brasil seria outro caso fossemos colonizados pelos ingleses.
D. João VI é citado pelos seus defeitos, inclusive físicos, mas é consenso a sua importância na integração e preservação da união nacional e na formação da brasilidade. D. Pedro I, fanfarrão, licencioso e depravado teve seu papel na independência e no final da vida surpreendeu a Europa com a tomada do reino de Portugal, ocupado pelo Rei D. Miguel, seu irmão, déspota apoiado pela mãe Carlota Joaquina, uma verdadeira cobra. Com 6.000 soldados tomou Portugal que tinha 80.000 mil. Especula-se que toda estratégia foi inspirada no gênio militar de Napoleão que era seu contra parente.
A Figuraça, culto, estudioso, preparado e homem público fica com D. Pedro II, preparado desde os 8 anos, foi um exemplo para este país. Abolicionista e liberal, com uma simpatia pela república, D. Pedro II era o mais peculiar dos Branganças.
Segundo o historiador Roderick Barman, citado no livro 1808, o Brasil sem a integração seria dividido em três outros países:
1. Um país chamado República do Brasil com as atuais regiões Sudeste e Sul, projetado hoje seria os estados de Minas, Rio, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso.
2. Um segundo, República do Equador com os estados do Nordeste, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
3. Ainda um terceiro na região Norte com Maranhão, Pará e Amazonas.
O Piauí poderia ficar aqui ou no segundo “país”. Barman faz uma análise baseada no comportamento político, revoltas e tentativas de revolução e posição nos episódios históricos da época.
Imagine o “país” Brasil o que seria atualmente, e ainda se fosse sob a colonização inglesa? Não precisa nem comentar nada.
Uma reflexão fria e racional: muitas diferenças entre países estão nestas heranças dos primórdios da colonização.
Tudo bem que a história foi do jeito que estamos agora, temos uma grande nação, mas é inegável nossa herança maldita, com todo respeito aos portugueses.
Quando vejo o último levantamento do TSE, Tribunal Superior Eleitoral sobre o perfil do eleitor e constatamos que mais de 50% são analfabetos ou quase analfabetos, podemos concluir que ainda levaremos trezentos anos para tentar ser um dia um país de primeiro mundo.
Triste constatação e arrependimento. O destino da nação foi este, mas o futuro pode ser modificado e só a consciência do povo com educação, cultura, tecnologia pode mudar o quadro. A ética e a moral são fatores vitais para que o processo avance.
Segundo Laurentino Gomes em 1808, no cerco de Napoleão a Portugal em 1807, D. João VI, o príncipe regente, teria três opções, a saber:
1. Enfrentar Napoleão, hoje quase constatado que teria grandes chances de sucesso. O flagelo de Napoleão começa por ali. O perfil do príncipe, medroso e indeciso, não deixou esta alternativa vingar
2. Aderir a Napoleão onde então seria bombardeado pela poderosa Inglaterra, assim como foi a Dinamarca por ter sido cooptada por Napoleão sem resistência. Neste caso, alem do bombardeio, haveria chance de invasão do Brasil pelos ingleses, já pensaram o Brasil colonizado pelos ingleses de 1800 até hoje, a maravilha que seria?
3. A opção então foi a fuga ao Brasil que acabou escrevendo a história dos dois países
Sem pensar duas vezes afirmo que o Brasil seria outro caso fossemos colonizados pelos ingleses.
D. João VI é citado pelos seus defeitos, inclusive físicos, mas é consenso a sua importância na integração e preservação da união nacional e na formação da brasilidade. D. Pedro I, fanfarrão, licencioso e depravado teve seu papel na independência e no final da vida surpreendeu a Europa com a tomada do reino de Portugal, ocupado pelo Rei D. Miguel, seu irmão, déspota apoiado pela mãe Carlota Joaquina, uma verdadeira cobra. Com 6.000 soldados tomou Portugal que tinha 80.000 mil. Especula-se que toda estratégia foi inspirada no gênio militar de Napoleão que era seu contra parente.
A Figuraça, culto, estudioso, preparado e homem público fica com D. Pedro II, preparado desde os 8 anos, foi um exemplo para este país. Abolicionista e liberal, com uma simpatia pela república, D. Pedro II era o mais peculiar dos Branganças.
Segundo o historiador Roderick Barman, citado no livro 1808, o Brasil sem a integração seria dividido em três outros países:
1. Um país chamado República do Brasil com as atuais regiões Sudeste e Sul, projetado hoje seria os estados de Minas, Rio, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso.
2. Um segundo, República do Equador com os estados do Nordeste, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
3. Ainda um terceiro na região Norte com Maranhão, Pará e Amazonas.
O Piauí poderia ficar aqui ou no segundo “país”. Barman faz uma análise baseada no comportamento político, revoltas e tentativas de revolução e posição nos episódios históricos da época.
Imagine o “país” Brasil o que seria atualmente, e ainda se fosse sob a colonização inglesa? Não precisa nem comentar nada.
Uma reflexão fria e racional: muitas diferenças entre países estão nestas heranças dos primórdios da colonização.
Tudo bem que a história foi do jeito que estamos agora, temos uma grande nação, mas é inegável nossa herança maldita, com todo respeito aos portugueses.
Quando vejo o último levantamento do TSE, Tribunal Superior Eleitoral sobre o perfil do eleitor e constatamos que mais de 50% são analfabetos ou quase analfabetos, podemos concluir que ainda levaremos trezentos anos para tentar ser um dia um país de primeiro mundo.
Triste constatação e arrependimento. O destino da nação foi este, mas o futuro pode ser modificado e só a consciência do povo com educação, cultura, tecnologia pode mudar o quadro. A ética e a moral são fatores vitais para que o processo avance.
A herança maldita e a oportunidade perdida I
Fica fácil olhar para trás e consertar fatos passados. No caso brasileiro, após a leitura de pelo menos sete livros: A odisséia histórica de Eduardo Bueno nos seus quatro livros, 1808 de Laurentino Gomes e as biografias de Pedro II, de José Murilo Carvalho e Pedro I de Isabel Lustosa, todos excelentes, recomendo a leitura, agradável e enriquecedora.
Portugal com o D. Henrique, o rei de meados do século XV, foi a grande potência mundial. A Escola de Sagres pode ser comparada a NASA atual em termos de tecnologia e pesquisas.
A era dos descobrimentos, onde o mundo desconhecido da Europa foi desvirginado pelos navegadores, o Brasil era descoberto no embalo dessa prosperidade portuguesa, do espírito empreendedor e força do país mais poderoso da época. Ai começa nosso calvário quando considero a herança maldita.
Com todo respeito aos portugueses e a Portugal, vamos aos fatos colhidos por mim nestes livros tão interessantes:
· Portugal no princípio de 1600, século XVII, perdia sua posição de líder para Espanha e a emergente Inglaterra, a futura rainha dos mares;
· A colonização feita sob a égide da exploração e tutela da poderosa igreja saindo da inquisição colocaria muitas coisas ruins nos costumes e hábitos do brasileiro e do português;
· Todo renascentismo e iluminismo da Europa nos séculos XVII e XVIII não teve reverberação em Portugal que continuou um reino, atrasado, corrupto e carola;
· Um fato inusitado, fruto do liberalismo e do iluminismo europeu, ergueu Napoleão Bonaparte após a revolução francesa no final de 1700, para organizar a população em frangalhos pela miséria e desordem da revolução;
· Napoleão reformou a Europa com a destituição de reinos e invasão de províncias, a vinda da corte, em 1808 foi graças a Napoleão Bonaparte;
· É inegável que a mudança do Brasil com a vinda da família real mudou radicalmente o país, então com 300 anos de atraso pela colonização exploratória e predadora, com os degredados, criminosos e prostitutas, povoando o Brasil desde o descobrimento;
· Para se ter uma idéia, em moeda de hoje, entre 1700 e 1800 foram expropriados do Brasil R$ 30 bilhões, só de Minas Gerais R$ 12 bilhões, sem contar o contrabando que segundo alguns este valor seria em dobro;
· Outro fato do atraso, o Brasil era o país com maior número de escravos no mundo e um dos últimos a abolir a famigerada escravidão, no século XIX, início de 1800, era temida uma revolta dado ao número elevado de escravos, segundo historiadores com os hábitos selvagens, sujos e odiosos;
· Estrangeiros em viagem pelo Brasil relatam a indolência e sujeira dos hábitos brasileiros nesta época, a exemplo de Portugal que sempre foi o reino mais atrasado da Europa, nos livros são descritas cenas enojadas;
· Relatos de crimes e corrupção acompanham o Brasil por todos os anos, desde o descobrimento, colonização, até a proclamação da república em 1889, a prática da caixinha iniciada na instalação do primeiro governo, sempre deixou funcionários públicos milionários. Nos idos de 1800, a cobrança de 17% de “caixinha” era praxe escancarada;
· Uma das grandes fontes dos historiadores, Luiz Joaquim dos Santos Marrocos escreveu em 1812: “ Em cinco dias contaram me 22 assassinatos, e numa noite defronte a minha porta fez um ladrão duas mortes e feriu um terceiro gravemente”, qualquer semelhança com o Rio de 200 anos depois não será mera coincidência.
Esta é uma pequena síntese de episódios que comprovam tristes constatações de nossa herança histórica.
Portugal com o D. Henrique, o rei de meados do século XV, foi a grande potência mundial. A Escola de Sagres pode ser comparada a NASA atual em termos de tecnologia e pesquisas.
A era dos descobrimentos, onde o mundo desconhecido da Europa foi desvirginado pelos navegadores, o Brasil era descoberto no embalo dessa prosperidade portuguesa, do espírito empreendedor e força do país mais poderoso da época. Ai começa nosso calvário quando considero a herança maldita.
Com todo respeito aos portugueses e a Portugal, vamos aos fatos colhidos por mim nestes livros tão interessantes:
· Portugal no princípio de 1600, século XVII, perdia sua posição de líder para Espanha e a emergente Inglaterra, a futura rainha dos mares;
· A colonização feita sob a égide da exploração e tutela da poderosa igreja saindo da inquisição colocaria muitas coisas ruins nos costumes e hábitos do brasileiro e do português;
· Todo renascentismo e iluminismo da Europa nos séculos XVII e XVIII não teve reverberação em Portugal que continuou um reino, atrasado, corrupto e carola;
· Um fato inusitado, fruto do liberalismo e do iluminismo europeu, ergueu Napoleão Bonaparte após a revolução francesa no final de 1700, para organizar a população em frangalhos pela miséria e desordem da revolução;
· Napoleão reformou a Europa com a destituição de reinos e invasão de províncias, a vinda da corte, em 1808 foi graças a Napoleão Bonaparte;
· É inegável que a mudança do Brasil com a vinda da família real mudou radicalmente o país, então com 300 anos de atraso pela colonização exploratória e predadora, com os degredados, criminosos e prostitutas, povoando o Brasil desde o descobrimento;
· Para se ter uma idéia, em moeda de hoje, entre 1700 e 1800 foram expropriados do Brasil R$ 30 bilhões, só de Minas Gerais R$ 12 bilhões, sem contar o contrabando que segundo alguns este valor seria em dobro;
· Outro fato do atraso, o Brasil era o país com maior número de escravos no mundo e um dos últimos a abolir a famigerada escravidão, no século XIX, início de 1800, era temida uma revolta dado ao número elevado de escravos, segundo historiadores com os hábitos selvagens, sujos e odiosos;
· Estrangeiros em viagem pelo Brasil relatam a indolência e sujeira dos hábitos brasileiros nesta época, a exemplo de Portugal que sempre foi o reino mais atrasado da Europa, nos livros são descritas cenas enojadas;
· Relatos de crimes e corrupção acompanham o Brasil por todos os anos, desde o descobrimento, colonização, até a proclamação da república em 1889, a prática da caixinha iniciada na instalação do primeiro governo, sempre deixou funcionários públicos milionários. Nos idos de 1800, a cobrança de 17% de “caixinha” era praxe escancarada;
· Uma das grandes fontes dos historiadores, Luiz Joaquim dos Santos Marrocos escreveu em 1812: “ Em cinco dias contaram me 22 assassinatos, e numa noite defronte a minha porta fez um ladrão duas mortes e feriu um terceiro gravemente”, qualquer semelhança com o Rio de 200 anos depois não será mera coincidência.
Esta é uma pequena síntese de episódios que comprovam tristes constatações de nossa herança histórica.
Está explicado, olhem o perfil do eleitor brasileiro
Deus do céu, é inacreditável. Tinha minhas suspeitas, mas agora levantamento do TSE comprova, em 2007 a situação era esta:
- Baixa escolaridade atinge mais da metade dos eleitores e chega a 70% no Nordeste
- A média do sudeste somando eleitores analfabetos e os que apena lêem e escrevem e não completaram o segundo grau é de 49,55%
- Em Minas Gerais, 37,5% têm o primeiro grau incompleto, 17,99% o segundo grau incompleto
- A maior fatia concentra-se entre as idades de 25 a 59 anos com 65% do eleitorado
Clique e leia matéria do Estado de Minas sobre os dados de Minas
Leia no TSE os dados e neste link para ver os arquivos. O link de divulgação do TSE com mais dados é este aqui.
Acho que isso explica o nível da classe política a suscetibilidade aos potentados do dinheiro e o grau de participação cívica da população. Pobre do país.
Sem educação não iremos em frente, o ciclo vicioso é comprovado pelo nível dos eleitores e consequentemente da classe política que é eleita.
O Brasil e a crise nos EUA
A crise americana será administrada pelo FED e pelo governo, as ferramentas atualmente são outras, as experiências com problemas passados um grande aprendizado. Claro que ainda não podemos dizer o tamanho e o desafecho da crise, preocupa, mas nada que possa tirar o sono, pelo menos por enquanto.
As bolsas, principalmente pelo excesso de liquidez mundial dos últimos anos, somado a crise americana atual e do "sub-prime" imobiliário, terão fortes emoções, com alta volatilidade, coisa para profissional, muitos perderão dinheiro, principalmente os novatos e incautos.
Crise dos EUA é brisa no país, diz The Economist - Clique e leia
O Brasil é outro país. Com a estabilidade da moeda e fundamentos macroeconômicos plantados há muito tempo, antes talvez do PT e FHC, o Brasil está mais tranquilo do que em outras crises.
As reservas em quase US$ 200 bilhões são importante arma de defesa contra uma crise mundial e um eventual ataque a moeda ou efeito manada no capital especulativo que inunda as bolsas e investimentos de riscos.
Uma coisa deve ser considerada: Os EUA são 50% da economia mundial, a locomotiva, dependendo da crise lá, haverá efeito aqui, isso é inegável. A CHINA poderá sentir também, mas a força e a inércia de seu movimento virtuoso de crescimento econômico deve superar este momento. O grande problema, ainda sem previsão, é quando a China enfrentar seu ciclo reverso.
A economia mundial deverá arrefecer, são todas as previsões, mas ainda nada que possa mudar o cenário positivo. Pelo menos assim esperamos.
As bolsas de valores é que vão ficar inquietas neste momento de crise, independente do tamanho dela. Tenho por mim que a chance da Bovespa voltar para uns 45 mil pontos, ou menos não é descartada, mas como já disse, se soubesse estaria operando em Wall Street.
As bolsas, principalmente pelo excesso de liquidez mundial dos últimos anos, somado a crise americana atual e do "sub-prime" imobiliário, terão fortes emoções, com alta volatilidade, coisa para profissional, muitos perderão dinheiro, principalmente os novatos e incautos.
Crise dos EUA é brisa no país, diz The Economist - Clique e leia
O Brasil é outro país. Com a estabilidade da moeda e fundamentos macroeconômicos plantados há muito tempo, antes talvez do PT e FHC, o Brasil está mais tranquilo do que em outras crises.
As reservas em quase US$ 200 bilhões são importante arma de defesa contra uma crise mundial e um eventual ataque a moeda ou efeito manada no capital especulativo que inunda as bolsas e investimentos de riscos.
Uma coisa deve ser considerada: Os EUA são 50% da economia mundial, a locomotiva, dependendo da crise lá, haverá efeito aqui, isso é inegável. A CHINA poderá sentir também, mas a força e a inércia de seu movimento virtuoso de crescimento econômico deve superar este momento. O grande problema, ainda sem previsão, é quando a China enfrentar seu ciclo reverso.
A economia mundial deverá arrefecer, são todas as previsões, mas ainda nada que possa mudar o cenário positivo. Pelo menos assim esperamos.
As bolsas de valores é que vão ficar inquietas neste momento de crise, independente do tamanho dela. Tenho por mim que a chance da Bovespa voltar para uns 45 mil pontos, ou menos não é descartada, mas como já disse, se soubesse estaria operando em Wall Street.
quarta-feira, janeiro 16, 2008
Bolsas sinalizam forte queda e problema americano pode ser grave.
Postei em setembro de 2007 as previsões de Alan Greenspan, o mago do FED já fala há muito tempo nos problemas da locomotiva mundial - Clique e veja.
Em diversas ocasiões falamos aqui sobre a prosperidade mundial e as chances de ajustes pela ciclotimia natural do processo econômico, será que chegou a hora?
As bolsas americanas perderam todo o ganho de 2007 - Clique e veja.
Os EUA enfrentam a pior taxa inflacionária dos últimos 17 anos, veja matéria e com uma ameaça de recessão devido ao baixo desempenho industrial, o menor desde 2003, veja a matéria.
Mistura explosiva de queda da atividade com inflação. O governo abaixando juros para minimizar a possível recessão pode comprometer o combate a inflação.
Uma coisa é certa, os mecanismos hoje do FED são outros e eles saberão enfrentar a crise. A inflação não é tão preocupante, pelo menos ainda e mesmo uma redução de consumo nos EUA, ainda o mundo será sustentado na prosperidade pela China e Índia, mas um alerta deve ser dado. O mercado se antecipa e há muito ele está para corrigir rumos e fazer ajustes, pode ter chegado a hora. O tal efeito manada nas bolsas sempre fazem os incautos perderem,os profissionais já realizaram os lucros.
Não podemos precisar se este é o ajuste que inevitavelmente será feito nas bolsas, mas pode ser.
Se eu soubesse ou adivinhasse, estaria operando em Wall Street, mas está com jeito de coisa feia.
Em diversas ocasiões falamos aqui sobre a prosperidade mundial e as chances de ajustes pela ciclotimia natural do processo econômico, será que chegou a hora?
As bolsas americanas perderam todo o ganho de 2007 - Clique e veja.
Os EUA enfrentam a pior taxa inflacionária dos últimos 17 anos, veja matéria e com uma ameaça de recessão devido ao baixo desempenho industrial, o menor desde 2003, veja a matéria.
Mistura explosiva de queda da atividade com inflação. O governo abaixando juros para minimizar a possível recessão pode comprometer o combate a inflação.
Uma coisa é certa, os mecanismos hoje do FED são outros e eles saberão enfrentar a crise. A inflação não é tão preocupante, pelo menos ainda e mesmo uma redução de consumo nos EUA, ainda o mundo será sustentado na prosperidade pela China e Índia, mas um alerta deve ser dado. O mercado se antecipa e há muito ele está para corrigir rumos e fazer ajustes, pode ter chegado a hora. O tal efeito manada nas bolsas sempre fazem os incautos perderem,os profissionais já realizaram os lucros.
Não podemos precisar se este é o ajuste que inevitavelmente será feito nas bolsas, mas pode ser.
Se eu soubesse ou adivinhasse, estaria operando em Wall Street, mas está com jeito de coisa feia.
terça-feira, janeiro 15, 2008
Evolução da Energia no mundo!
Clique nas Figuras para aumentar.
Esta é a evolução da energia ao longo da evolução da humanidade. O trabalho braçal prevaleceu durante anos, a biomassa teve seu momento, depois migrou para o carvão e finalmente chega o petróleo no século XIX. A tendência são as novas fontes, inclusive tecnologias ainda em estudos que ocuparão seu lugar. Faria uma projeção minha pessoal para o uso nuclear como fonte geradora de energia elétrica, não tem volta. O Brasil tem uma matriz energética muito boa, mas não podemos depender em quase 85% das hidrelétricas para gerar energia. Veja dados da matriz nacional e mundial.
Esta é a evolução da energia ao longo da evolução da humanidade. O trabalho braçal prevaleceu durante anos, a biomassa teve seu momento, depois migrou para o carvão e finalmente chega o petróleo no século XIX. A tendência são as novas fontes, inclusive tecnologias ainda em estudos que ocuparão seu lugar. Faria uma projeção minha pessoal para o uso nuclear como fonte geradora de energia elétrica, não tem volta. O Brasil tem uma matriz energética muito boa, mas não podemos depender em quase 85% das hidrelétricas para gerar energia. Veja dados da matriz nacional e mundial.
O segredo será a diversificação das fontes, todas terão seu espaço e seu lugar.
segunda-feira, janeiro 14, 2008
Risco ou Perigo?
Incrível - Raio atravessa avião - Esta situação mostra bem que muitas coisas são fortuitas, alguns explicam como eventos do destino. Na maioria das vezes existem razões técnicas e lógicas, muitas vezes não e isso se constitue em mistério.
Risco é por definição igual a probabilidade x severidade do evento, assim: R= Prob. x Sever.
Perigo é igual ao risco dividido pelo controle do risco: P = Risco/Controle do risco
Será que os passageiros do avião ficaram expostos a riscos? Correram perigo? Vamos pesquisar sobre o assunto.
Falando em risco, existe o perigo de acontecer o recionamento de energia? Claro que sim. Os reservatórios estão vazios, falta gás e vários aproveitamentos não cumpriram cronograma. Os controles destes riscos desde 2005 foram ineficientes, resultado: Perigo com risco alto: A probabildiade é grande, a severidade é enorme com prejuízo para todos, comprometimento do crescimento e pior: A imagem do país que em 7 anos pode ter dois problemas energéticos.
Risco é por definição igual a probabilidade x severidade do evento, assim: R= Prob. x Sever.
Perigo é igual ao risco dividido pelo controle do risco: P = Risco/Controle do risco
Será que os passageiros do avião ficaram expostos a riscos? Correram perigo? Vamos pesquisar sobre o assunto.
Falando em risco, existe o perigo de acontecer o recionamento de energia? Claro que sim. Os reservatórios estão vazios, falta gás e vários aproveitamentos não cumpriram cronograma. Os controles destes riscos desde 2005 foram ineficientes, resultado: Perigo com risco alto: A probabildiade é grande, a severidade é enorme com prejuízo para todos, comprometimento do crescimento e pior: A imagem do país que em 7 anos pode ter dois problemas energéticos.
quinta-feira, janeiro 10, 2008
O problema energético em 2008.
Agência prevê complicação do cenário energético no Brasil em 2008 - Clique e veja
Não existe mais volta, a questão é quando a bomba vai estourar. Antes prevista para 2011, com a estiagem, segundo dizem, provocada pela "La Niña" traz o problema para 2008.
O crescimento econômico deve cair em 2008 por conta de um arrefecimento mundial, mas ainda assim será bom e pode ser superior a 4%. Com os dois últimos anos na faixa de 4%, o país não aguentou na oferta energética. A falta de gás para rodar as térmicas é gasolina na fogueira.
Segundo as fontes do setor, estamos gastando mais água dos reservatórios castigados pela estiagem, o preço no mercado spot bateu R$ 600 reais e 40% da oferta está sendo feita com térmicas a gás e a óleo. Poucos sabem que o custo desta energia térmica a óleo é absurdamente alto, detalhe: nós pagamos a conta subsidiada.
Solução: Acelerar obras, tentar reduzir consumo e cortar gorduras. Ponto crítico: Em 2001 as gorduras foram quase todas queimadas, hoje existe pouco, mas ainda pode ser trabalhada. Outro ponto de ataque: iluminação pública, mas ainda com efeitos pequenos.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mesmo que chova muito neste final de janeiro, fevereiro e março quando as águas de março fecham o verão, ainda assim a média histórica dos índices pluviométricos estão comprometidos por conta de dezembro.
Ainda podemos torcer pelas chuvas, mas segundo o competente Jerson Kelman, presidente da Aneel, é preciso urgente um plano B.
Não existe mais volta, a questão é quando a bomba vai estourar. Antes prevista para 2011, com a estiagem, segundo dizem, provocada pela "La Niña" traz o problema para 2008.
O crescimento econômico deve cair em 2008 por conta de um arrefecimento mundial, mas ainda assim será bom e pode ser superior a 4%. Com os dois últimos anos na faixa de 4%, o país não aguentou na oferta energética. A falta de gás para rodar as térmicas é gasolina na fogueira.
Segundo as fontes do setor, estamos gastando mais água dos reservatórios castigados pela estiagem, o preço no mercado spot bateu R$ 600 reais e 40% da oferta está sendo feita com térmicas a gás e a óleo. Poucos sabem que o custo desta energia térmica a óleo é absurdamente alto, detalhe: nós pagamos a conta subsidiada.
Solução: Acelerar obras, tentar reduzir consumo e cortar gorduras. Ponto crítico: Em 2001 as gorduras foram quase todas queimadas, hoje existe pouco, mas ainda pode ser trabalhada. Outro ponto de ataque: iluminação pública, mas ainda com efeitos pequenos.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Mesmo que chova muito neste final de janeiro, fevereiro e março quando as águas de março fecham o verão, ainda assim a média histórica dos índices pluviométricos estão comprometidos por conta de dezembro.
Ainda podemos torcer pelas chuvas, mas segundo o competente Jerson Kelman, presidente da Aneel, é preciso urgente um plano B.
terça-feira, janeiro 08, 2008
Brasil é 7º em desempenho do PIB na América do Sul
País superou apenas Suriname, Guiana, Bolívia e Equador. Incluindo-se toda a América Latina e Caribe, Brasil é 17º. Clique e leia.
Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), entidade vinculada à ONU que divulga estes dados vincula o crescimento de 2008 ao custo e oferta de energia. D´´a para imaginar a encrenca que teremos?
Contra fatos não existem argumentos. Se estamos bem, fica sempre a certeza que poderiamos estar melhores, isso é indiscutível e só não ver quem não quer.
Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), entidade vinculada à ONU que divulga estes dados vincula o crescimento de 2008 ao custo e oferta de energia. D´´a para imaginar a encrenca que teremos?
Contra fatos não existem argumentos. Se estamos bem, fica sempre a certeza que poderiamos estar melhores, isso é indiscutível e só não ver quem não quer.
Apagão já? O mercado se antecipa.
Olha a notícia - Clique e veja - Com temor de apagão, preço de energia no mercado quase dobra.
O setor está assustado há muito tempo, a estiagem só agrava o problema. As previsões eram para 2011, sem chance de errar, mas sempre com uma suspeita de antecipação. Veja postagem antiga de 2007, outra de 2006.
Existem outros gargalos sérios, como a falta de gás, atraso em obras previstas e furos no Proinfa, Saiba mais.
O mercado sábio, se antecipa sempre. Podemos ter problemas já em 2008? Chances grandes, ainda mais que o país continua no ritmo de crescimento alavancado pela prosperidade mundial e aumento do consumo via crédito. Diga-se de passagem, este aumento do crediário com as taxas de usura pode virar um "sub-prime" nacional ao sinal de qualquer crise que afete o crescimento com aumento de desemprego ou diminuição da atividade.
Sabe de uma coisa, o racionamento, se vier, pode ser bom para o país que está com a infraestrutura combalida, não suportaria mesmo taxas de crescimentos maiores paradoxalmente.
Não deve faltar energia, mas como já postei aqui várias vezes o custo será enorme e sabe quem pagará a conta? Nós, os mortais contribuintes.
Se faltar a energia o custo será maior ainda. Estudos indicam que o custo da falta de energia pode levar a R$ 3.000,00 o mWh. Vamos rezar e torcer que não aconteça.
O setor está assustado há muito tempo, a estiagem só agrava o problema. As previsões eram para 2011, sem chance de errar, mas sempre com uma suspeita de antecipação. Veja postagem antiga de 2007, outra de 2006.
Existem outros gargalos sérios, como a falta de gás, atraso em obras previstas e furos no Proinfa, Saiba mais.
O mercado sábio, se antecipa sempre. Podemos ter problemas já em 2008? Chances grandes, ainda mais que o país continua no ritmo de crescimento alavancado pela prosperidade mundial e aumento do consumo via crédito. Diga-se de passagem, este aumento do crediário com as taxas de usura pode virar um "sub-prime" nacional ao sinal de qualquer crise que afete o crescimento com aumento de desemprego ou diminuição da atividade.
Sabe de uma coisa, o racionamento, se vier, pode ser bom para o país que está com a infraestrutura combalida, não suportaria mesmo taxas de crescimentos maiores paradoxalmente.
Não deve faltar energia, mas como já postei aqui várias vezes o custo será enorme e sabe quem pagará a conta? Nós, os mortais contribuintes.
Se faltar a energia o custo será maior ainda. Estudos indicam que o custo da falta de energia pode levar a R$ 3.000,00 o mWh. Vamos rezar e torcer que não aconteça.
segunda-feira, janeiro 07, 2008
Pacote de janeiro, projeções de 2008.
Após uns dez dias de sol e praia, estou de volta. Gosto do Blog, me faz bem.
O Pacote de janeiro- Não sei se para compensar a perda da CPMF, o governo lançou este pacote, estranho e polêmico. Aumento de IOF e da CSSLL dos bancos, a única coisa justa na minha opinião.
Peculiaridades do pacote: O governo falou o que queria fazer e não publicou nada, todo o mercado ficou confuso. Existem falhas jurídicas nas medidas e o STF já foi acionado. Lula parece que não sabia de nada, não avisou aos aliados nem respeitou o pacto com a oposição que esperava negociar um aumento de carga tributária. Lula desagrada amigos e inimigos, fica a suspeita se sabia de alguma coisa. Lula empenhou sua palavra com a oposição na votação da DRU. O governo perde mais credibilidade junto ao legislativo e isso não é nada bom, mais confronto a vista. Vamos esperar para ver o que acontece.
As projeções de 2008 - Vamos as de 2007 primeiramente: Link da minha postagem antiga.
Em dezembro de 2006 foram previstos os indicadores:
IPCA- 4,6% - Real 4,6%
IGP-4,30% - Próximo de 9,44 %
Juros- 12,00% - Real 11,5%
US$ -2,25 - Real 1,76
PIB-3,5% - Real 5,3%
Saldo Comercial- US$ 38,0 bilhões - Real US$ 32 bilhões
Erro em quase tudo, como sempre. Veja mais informações sobre a inflação.
Alguns números ainda não foram confirmados, mas a ordem de grandeza é esta.
Vamos aos dados previstos para 2008.
IPCA- 4,0%
IGP-4,0%
Juros- 10,00 %
US$ -1,90
PIB-4%
Saldo Comercial- US$ 28 bilhões
Vamos esperar 2009. A dúvida ainda permanece com relação a recessão na economia americana e sua influência na economia mundial. A China e Índia continuam a puxar o trem mundial, mas a locomotiva pode causar problemas. A liquidez e um correção de rumos é esperada há muito tempo. Ainda não dá para precisar nada, mas a chance de queda é grande pelo próprio ritmo ciclotímico da economia, mesmo com a quebra de vários paradigmas.
O Pacote de janeiro- Não sei se para compensar a perda da CPMF, o governo lançou este pacote, estranho e polêmico. Aumento de IOF e da CSSLL dos bancos, a única coisa justa na minha opinião.
Peculiaridades do pacote: O governo falou o que queria fazer e não publicou nada, todo o mercado ficou confuso. Existem falhas jurídicas nas medidas e o STF já foi acionado. Lula parece que não sabia de nada, não avisou aos aliados nem respeitou o pacto com a oposição que esperava negociar um aumento de carga tributária. Lula desagrada amigos e inimigos, fica a suspeita se sabia de alguma coisa. Lula empenhou sua palavra com a oposição na votação da DRU. O governo perde mais credibilidade junto ao legislativo e isso não é nada bom, mais confronto a vista. Vamos esperar para ver o que acontece.
As projeções de 2008 - Vamos as de 2007 primeiramente: Link da minha postagem antiga.
Em dezembro de 2006 foram previstos os indicadores:
IPCA- 4,6% - Real 4,6%
IGP-4,30% - Próximo de 9,44 %
Juros- 12,00% - Real 11,5%
US$ -2,25 - Real 1,76
PIB-3,5% - Real 5,3%
Saldo Comercial- US$ 38,0 bilhões - Real US$ 32 bilhões
Erro em quase tudo, como sempre. Veja mais informações sobre a inflação.
Alguns números ainda não foram confirmados, mas a ordem de grandeza é esta.
Vamos aos dados previstos para 2008.
IPCA- 4,0%
IGP-4,0%
Juros- 10,00 %
US$ -1,90
PIB-4%
Saldo Comercial- US$ 28 bilhões
Vamos esperar 2009. A dúvida ainda permanece com relação a recessão na economia americana e sua influência na economia mundial. A China e Índia continuam a puxar o trem mundial, mas a locomotiva pode causar problemas. A liquidez e um correção de rumos é esperada há muito tempo. Ainda não dá para precisar nada, mas a chance de queda é grande pelo próprio ritmo ciclotímico da economia, mesmo com a quebra de vários paradigmas.
Assinar:
Postagens (Atom)