Política é complexa, previsões são difíceis, mas existe forma de aplicar racionalidade e raciocínio lógico.
Claro que eleição e mineração, só sabemos resultado após a apuração e fatores exógenos a ela podem mudar cenários de um dia para outro.
A tecnologia e a metodologia hoje garante mais ferramentas para análise. Uma delas é a pesquisa de intenção, que passou a ser mais do que isso. Hoje, a metodologia é muito mais eficiente e esclarecedora. Existem pesquisas qualitativas e formas de depurar as análises. Quem é o maior usuário das pesquisas, é o próprio candidato. Pode-se fraudar pesquisas? Pode, mas não é comum e institutos sérios jamais darão tiro no pé. Pode-se manipular algumas informações, mas a verdade estará ali estampada para quem quiser fazer uma análise séria.
Ontem encontrei uma pessoa, que aliás já trabalhou para o governo, conhece tudo de estatística e pesquisa eleitoral. Conversamos e argui algumas coisas sobre a eleição de 2014 sob a ótica de quem vive dentro do ambiente de pesquisas. Vou declinar seu nome aqui, não tenho esta autorização para divulgar, sei lá dos seus interesses. Lembrem-se que estamos há 4 meses da eleição e nem muitas coisas poderão mais influenciar, a tendências estão sendo consolidadas.
- Como você está vendo as pesquisas? R- A Dilma já perdeu a eleição. Com a rejeição dela e o processo de queda, Aécio deve ser o próximo presidente.
- E a Inflação está pesando nesta queda dela? Com certeza, a inflação está destruindo o valor das bolsas e o povão está sentindo isso.
- Como você pode afirmar que a Dilma perde? Pela rejeição dela e ao PT. É impressionante como cresceu esta rejeição. Há 4 meses da eleição a rejeição é mais importante do que a intenção.
- E se o Lula entrar? Ele deve sentir o desgaste do PT, vai dividir o partido e seria uma operação complicada para eles. Pelo temperamento dela, haveria muito conflito interno dentro do PT.
- Eduardo Campos tem chances? Ele terá um bom desempenho e em tese poderia surpreender apesar de que terá desempenho mais fraco no sul e sudeste, o maior colégio eleitoral.
Em linhas gerais é isso. Já tinha ouvido de outra pessoa séria, que tem feito pesquisa qualitativa porque é candidato, de que a rejeição ao PT é enorme e cresce a cada dia.
Olhem este quadro eleitoral de 2010:
Podemos notar aqui que mesmo com toda antipatia e rejeição de Serra, ele não teve desempenho pífio.
Se alguém tiver curiosidades e quiser ver o desempenho com detalhes por município, por PIB, população, etc. e estado, clique aqui. Vale a pena e corrobora que o quadro eleitoral destas erá muito pior para o PT do que foi em 2010 e elegeu Dilma.
Quem quiser ver a votação de Dilma e Serra por estado, clique aqui.
Uma análise básica nos remete a inferir que Dilma não repetirá sua performance em diversos estados.
Por exemplo, ela ganhou Amazonas com 80%, Bahia (importante colégio) com 70%, Pernambuco com 73%, Rio com 61% e Rio Grande perdeu, mas por pouca diferença, 50%, São Paulo perdeu por 54%, Minas Gerais ganhou com 58% .
Enfim, hoje o quadro mudou para ela nestes estados que citei.
Quem quiser ver as estatísticas eleitorais: Site TSE - Clique e leia - Eleições de 2012
Agora vejamos um quadro de eleitores por estado: Dados Abril de 2010 - Este número deve estar na faixa de 140 milhões, mas não interfere na análise aqui porque ela será qualitativa.
Abril de 2010 - Eleitores no Brasil
73% dos eleitores estão concentrados aqui:
Comentários:
Fazendo uma análise qualitativa em 73% do eleitorado:
- Dilma não repete a performance em MG, PE, BA. MG por causa de Aécio, PE por conta de Campos, BA pela imagem e desgaste do PT.
- CE deve piorar a performance.
- RS foi apertado, mas deve perder com folga, SC da mesma forma.
- RJ Dilma deve piorar sua votação, não repete os 60% de 2010.
- PR Dilma deve piorar.
- São Paulo o maior colégio deve ser de equilíbrio, mas ainda acho que Dilma perderá lá.
- Outros casos como, AM onde ela teve 80% dos votos, não se repetirá com certeza. No DF ela perde, mas ganhou na última.
Isso tudo vai corroborando a ilação do meu amigo que entende do riscado. Eu tinha estes dados e resolvi confirmar.
Claro que não se trata de futurologia, até porque pode mudar o cenário por fatores exógenos e alheios aos candidatos. Há 4 meses da eleição dá para começar a fazer prognósticos e quando mais se aproximar dela, mas serão convergentes os prognósticos e o resultado final.
A questão fica pelos 72 milhões de pessoas que usam benefícios do governo. Com certeza não são 72 milhões de votos, talvez 30 milhões.
Uma outra situação detectada na pesquisa foi o teto de Dilma no segundo turno: 42%.
vamos lá acompanhar agora. Começa a esquentar o jogo. Após a Copa do Mundo a campanha começará nas ruas pra valer. Já disse, não acho que o resultado da Copa, seja bom ou ruim para o Brasil, vá influenciar na eleição.As badernas e protesto podem, mas seriam, na minha opinião, contra Dilma, ou seja ela pagará parte desta conta.
Eles devem estar preocupados. Não há nada no cenário que possa favorecer a candidatura de Dilma, ao contrário, só deve vir bomba pra eles.