Escrevi sobre isso - Clique e veja
O dólar baixo tem suas vantagens e tudo indica que está fazendo mais bem do que mal. Clique e veja matéria mostrando que na conjutura atual o déficit mostra um mercado inetrno aquecido e investimentos estrangeiros vindo com força, janeiro de 2008 foi maior do que janeiro de 2007.
O fluxo é dinâmico e entram e saem dólares em diversas transações,o importante é o saldo, a oferta que derruba preços e a demanda que eleva. O regime é de câmbio livre e flutuante, mas nem tanto assim, o BC entra comprando para segurar quedas mais anormais.
Na economia, um caminho é sempre em detrimento de outro, o ponto de equílibrio é importante e o fortalecimento de nossa moeda, ou melhor de todas, pode trazer consequências ruins.
Pode ser que o Dólar esteja cedendo lugar, ou dividindo o lugar, de moeda mundial com o Euro, quem sabe?
Uma coisa é certa, existem fatos complexos e inexplicáveis nos eventos econômicos, mas a lógica sempre prevalece, as forças naturais agem sempre. Mesmo com as mudanças de paradigmas e regras na nova economia, o fenomeno do fortalecimento de várias moedas, entre elas o nosso Real, é coisa para ser analisada com calma e frieza.
Assuntos que me interessam: Política, Meio Ambiente, Economia, Tecnologia, Internet e um pouco de filosofia.
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
O novo salário mínimo, e ai?
Clique e veja - Novo salário de R$ 412,40 injeta R$ 21 bilhões na economia segundo o Dieese.
Isso tem o lado bom de incrementar o consumo das famílias e jogar lenha na fogueira da produção, mas em contrapartida representa custos para a combalida previdência e para algumas pequenas localidades que terão impacto nas folhas de pagamentos e benefícios.
Me lembro do livro-texto de economia: Salário antes de ser renda, é custos de produção.
De toda forma, um aumento de 8,52%, tem ganho real. O número de empregados com salário mínimo tende a diminuir. A especialização e escolaridade, cada vez mais exigidas, vão minguar os empregados desta faixa. Nos rinções brasileiros e no campo ainda existem, mas nas grandes cidades cada vez mais reduzidos.
Vamos ver os impactos. A lua de mel da economia nacional, nos ventos da prosperidade mundial, nos dá chances de enfrentar qualquer parada. Em outro ambiente, seria choradeira na certa, ainda não li tudo a respeito, vamos aguardar.
Isso tem o lado bom de incrementar o consumo das famílias e jogar lenha na fogueira da produção, mas em contrapartida representa custos para a combalida previdência e para algumas pequenas localidades que terão impacto nas folhas de pagamentos e benefícios.
Me lembro do livro-texto de economia: Salário antes de ser renda, é custos de produção.
De toda forma, um aumento de 8,52%, tem ganho real. O número de empregados com salário mínimo tende a diminuir. A especialização e escolaridade, cada vez mais exigidas, vão minguar os empregados desta faixa. Nos rinções brasileiros e no campo ainda existem, mas nas grandes cidades cada vez mais reduzidos.
Vamos ver os impactos. A lua de mel da economia nacional, nos ventos da prosperidade mundial, nos dá chances de enfrentar qualquer parada. Em outro ambiente, seria choradeira na certa, ainda não li tudo a respeito, vamos aguardar.
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Inflexão para nova ordem mundial
Após vivermos desde a década de 90 o "boom" da comunicação, informática e tecnologia em geral, com ganhos de produtividade e alta produtividade, finalmente parece que entramos definitivamente no ponto de inflexão.
A crise nos EUA, que não vai passar de ajustes, e o preço do petróleo a US$ 100,00, atecipando a terceira onda do combustível - Clique e veja matéria.
O fortalecimento das moedas dos países desenvolvidos e um quase equilíbrio das contas de estrangeiros no déficit americano mostram que a ordem financeira mundial vai mesmo mudar.
A migração para quais ativos será o problema quando os países árabes estiverem montados na grana. Dinheiro do mercado financeiro está sob suspeita e sem liquidez, pela ganância e movimentos especulativos, agora eles vão aprender.
Nossa moeda fortalecida já provoca déficit na balança comercial, é a "invisible hand" do mercado com o aumento das importações mesmo quando o preço e a demanda das comodities sobe.
Não teremos crise global, espero e acredito, mas teremos ajustes, correção de rumos e o ponto de inflexão parece claro com o somatório de fatores que aparecem sincronizados.
A crise nos EUA, que não vai passar de ajustes, e o preço do petróleo a US$ 100,00, atecipando a terceira onda do combustível - Clique e veja matéria.
O fortalecimento das moedas dos países desenvolvidos e um quase equilíbrio das contas de estrangeiros no déficit americano mostram que a ordem financeira mundial vai mesmo mudar.
A migração para quais ativos será o problema quando os países árabes estiverem montados na grana. Dinheiro do mercado financeiro está sob suspeita e sem liquidez, pela ganância e movimentos especulativos, agora eles vão aprender.
Nossa moeda fortalecida já provoca déficit na balança comercial, é a "invisible hand" do mercado com o aumento das importações mesmo quando o preço e a demanda das comodities sobe.
Não teremos crise global, espero e acredito, mas teremos ajustes, correção de rumos e o ponto de inflexão parece claro com o somatório de fatores que aparecem sincronizados.
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
O câmbio e as reservas
Reservas superam dívida - Clique e leia
O Brasil é o quarto aplicador de dinheiro no tesouro americano as reservas são garantia contra crises globais. Isso deve-se principalmente a responsabilidade do governo e conjuntura internacional.
Dólar cai aos níveis de 1999 - Clique e veja
O Dólar está em R$ 1,70. Isso é bom porque ajuda no controle da inflação e favorece as importações, mas existe um conceito chamado doença holandesa -clique e veja, que tenta explicar uma valorização cambial da moeda de um país atrelada a exploração de recursos naturais e afetando a economia doméstica manufatureira. Quero dizer que a moeda tem um limite razoável para sua valorização, se for em excesso faz mal.
A conjuntura mundial favorece o dólar baixo, as exportações, principalmente de comodities estão arrebentando. O BC compra dólar e isso ajuda a segurar a queda, mas podemos estar chegando a limites críticos da taxa. O BC tenta não interferir, isso é bom, mas pode estar chegando a hora de comprar mais para levantar o preço.
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Notícias boas e ruins! Comentários econômicos!
1- Existem ainda dúvidas com relação ao problema americano, o tamanho do problema. Alguns grandes economistas desdenham da possível recessão. Eu tenho lido A Era da Turbulência de Allan Greenspan e estes fatos ocorreram antes, muito semelhantes e o FED administrou com muita competência e transparência. Busch solta um pacote para atacar a potencial recessão e tenho certeza dará resultado, pelo menos em parte. Continuo achando que terá problema por lá, mas não tão grave , muito provavelmente pelo ajuste do ciclo de liquidez da década de 90 e problemas agravados pelo déficit público na gestão Busch Jr. Volto breve com pérola de Greenspan que aborda o tema. Muitas vezes me passa pela cabeça que pode até não acontecer a temida recessão, até porque a definição de recessão é polêmica e acadêmica, mas na verdade e no axioma popular é a seguinte: Crise é quando meu vizinho perde o emprego, recessão é quando eu perco o meu. Ou seja a redução da atividade econômica chega na nossa porta.
2- Lucro do Itaú cresce 96,75% em 2007 e bate R$ 8,5 bilhões - Clique e veja É anormal esta situação. Causa: Aumento do crédito da usura e tarifa. Pasmem, eles cobram R$ 10,00 por um DOC/TED feito pela internet. Os juros, ou melhor os spreads são roubo, sem comentários. Mesmo achando, após a reflexão e o livro de Greenspan, que o BC e o COPOM administram com certa lógica a política monetária, a súcia bancária mete a mão na patuléia. Isso não discuto mais e protesto sempre. Festa na floresta da banca nacional. O estrangeiros HSBC, ABN, UBS devem ter aqui no Brasil sua maior fonte de lucro, aposto com qualquer um.
3- A industria mineira cresceu 8,61% contra 6,02% do Brasil em 2007, bom número. Minas foi alavancada pela indústria automobilística e mineração. O Brasil foi bem pelo ciclo virtuoso mundial e Minas fatura também. Em 2008, podemos ter arrefecimento, mas ainda acho que vamos ter ciclo positivo. Caso a crise americana se agrave, o que não acredito, podemos ter mudanças no quadro, mas as chances são pequenas.
4- As chuvas de fevereiro recompuseram os reservatórios, mas não espantou a crise, até 2011 teremos problemas. Assim como ocorreu em 2001, algumas indústrias mineiras já param a produção para vender energia. Estão comprados a R$ 30 e vendendo a R$ 500, grande negócio. Antecipação do problema? Pode ser.
5- Poupança de Janeiro de 2008 tem o melhor saldo desde 1997- Clique e veja- Poupança capta mais de R$ 1 bi em janeiro e isso é bom. Poupança sempre faz bem a economia, janeiro é mês atípico para poupança, isso é sinal de renda nas mãos das famílias. Ainda não dá para saber exatamente o que está acontecendo, mas é boa coisa com certeza.
6- IBGE projeta safra recorde em 2008 - Clique e veja - O campo agradeçe e a economia também. Após alguns anos de problemas, 2008 parece que será bom. O PIB agrícola já chegou a 35% do PIB geral, perdeu terreno, mas com a pujança no setor, isso é sinal de força na máquina econômica. O Brasil ganha.
2- Lucro do Itaú cresce 96,75% em 2007 e bate R$ 8,5 bilhões - Clique e veja É anormal esta situação. Causa: Aumento do crédito da usura e tarifa. Pasmem, eles cobram R$ 10,00 por um DOC/TED feito pela internet. Os juros, ou melhor os spreads são roubo, sem comentários. Mesmo achando, após a reflexão e o livro de Greenspan, que o BC e o COPOM administram com certa lógica a política monetária, a súcia bancária mete a mão na patuléia. Isso não discuto mais e protesto sempre. Festa na floresta da banca nacional. O estrangeiros HSBC, ABN, UBS devem ter aqui no Brasil sua maior fonte de lucro, aposto com qualquer um.
3- A industria mineira cresceu 8,61% contra 6,02% do Brasil em 2007, bom número. Minas foi alavancada pela indústria automobilística e mineração. O Brasil foi bem pelo ciclo virtuoso mundial e Minas fatura também. Em 2008, podemos ter arrefecimento, mas ainda acho que vamos ter ciclo positivo. Caso a crise americana se agrave, o que não acredito, podemos ter mudanças no quadro, mas as chances são pequenas.
4- As chuvas de fevereiro recompuseram os reservatórios, mas não espantou a crise, até 2011 teremos problemas. Assim como ocorreu em 2001, algumas indústrias mineiras já param a produção para vender energia. Estão comprados a R$ 30 e vendendo a R$ 500, grande negócio. Antecipação do problema? Pode ser.
5- Poupança de Janeiro de 2008 tem o melhor saldo desde 1997- Clique e veja- Poupança capta mais de R$ 1 bi em janeiro e isso é bom. Poupança sempre faz bem a economia, janeiro é mês atípico para poupança, isso é sinal de renda nas mãos das famílias. Ainda não dá para saber exatamente o que está acontecendo, mas é boa coisa com certeza.
6- IBGE projeta safra recorde em 2008 - Clique e veja - O campo agradeçe e a economia também. Após alguns anos de problemas, 2008 parece que será bom. O PIB agrícola já chegou a 35% do PIB geral, perdeu terreno, mas com a pujança no setor, isso é sinal de força na máquina econômica. O Brasil ganha.
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
E o Brasil? E bolsa brasileira?
A Bovespa caiu hoje- Clique e veja- A Volatilidade será grande, a queda de hoje foi sem volume, menos mal.
Os EUA vivem uma crise, sim, mas será administrada, como foi no passado. Veja o POST abaixo.
Veja opinião de Denise Toledo sobre a oscilação, a volatilidade - Clique e veja
Minha opinião: Enquanto não houver calma nos EUA a bolsa brasileira vai ficar volátil, só para profissional, mas não me parece que tem força para subir. Deve ocorrer o que aconteceu em agosto de 2007, para talvez voltar no segundo semestre de 2008, quando a dimensão do problema americano estiver dimensionado e/ou sob controle.
Existe o risco de inflação com recessão, a pior combinação, econômica. Do jeito que estiver a situação lá, agravada pelo enorme déficit público de quase 6% do PIB, eles vão sair, como sempre sairam. Meu sentimento é que vai haver uma recessão, administrada pelo FED para domar o leão inflacionário. O déficit público será administrado separado e pode ser o mais grave problema que ainda não subiu a tona da crise.
Bolsa: Eu realizaria lucros e manteria uma posição, para talvez começar a comprar daqui a dois meses. FUTUROLOGIA: a bolsa volta a 45.000 pontos, para retomar e chegar aos 60.000. A festa na floresta será a mesma de 2007. O que pode mudar? A economia é regida por forças naturais, mas sempre seguem uma lógica. A China é pilar do equilíbrio mundial, se acontecer algos esquisito por lá, ai podemos ter uma situação gravíssima. Vamos torcer que não.
A economia nacional segue com bons fundamentos, a energia, depois da chuva de fevereiro pode estar próxima da normalidade, mas com perigos ainda em 2009, 2010 ou 2011 dependendo do crescimento. Acho que viveremos uma tempestade por aqui, mas nada que assuste ou seja bicho de sete cabeças. I HOPE.
Os EUA vivem uma crise, sim, mas será administrada, como foi no passado. Veja o POST abaixo.
Veja opinião de Denise Toledo sobre a oscilação, a volatilidade - Clique e veja
Minha opinião: Enquanto não houver calma nos EUA a bolsa brasileira vai ficar volátil, só para profissional, mas não me parece que tem força para subir. Deve ocorrer o que aconteceu em agosto de 2007, para talvez voltar no segundo semestre de 2008, quando a dimensão do problema americano estiver dimensionado e/ou sob controle.
Existe o risco de inflação com recessão, a pior combinação, econômica. Do jeito que estiver a situação lá, agravada pelo enorme déficit público de quase 6% do PIB, eles vão sair, como sempre sairam. Meu sentimento é que vai haver uma recessão, administrada pelo FED para domar o leão inflacionário. O déficit público será administrado separado e pode ser o mais grave problema que ainda não subiu a tona da crise.
Bolsa: Eu realizaria lucros e manteria uma posição, para talvez começar a comprar daqui a dois meses. FUTUROLOGIA: a bolsa volta a 45.000 pontos, para retomar e chegar aos 60.000. A festa na floresta será a mesma de 2007. O que pode mudar? A economia é regida por forças naturais, mas sempre seguem uma lógica. A China é pilar do equilíbrio mundial, se acontecer algos esquisito por lá, ai podemos ter uma situação gravíssima. Vamos torcer que não.
A economia nacional segue com bons fundamentos, a energia, depois da chuva de fevereiro pode estar próxima da normalidade, mas com perigos ainda em 2009, 2010 ou 2011 dependendo do crescimento. Acho que viveremos uma tempestade por aqui, mas nada que assuste ou seja bicho de sete cabeças. I HOPE.
terça-feira, fevereiro 05, 2008
Uma análise da crise americana a partir do livro de Greenspan!
Parece que a crise americana é novidade, mas não é. Não é por causa do “sub prime” ou do prejuízo de bancos e financeiras. È oi final de um ciclo, mais um, e todos estes fatores influem, mas não só estes.
O livro Era da Turbulência de Allan Greenspan mostra claramente que a economia vive de ciclos, sua força de subida reside na queda e ajuste.
Greenspan teve como um dos mentores Arthur Burns, grande estudioso dos ciclos econômicos e ele próprio, Allan, acredita piamente que a economia pela “invisible hand” do mercado de Adam Smith é assim, não tenho dúvidas.
De 1980 até os dias de hoje, várias crises econômicas foram presenciadas por nós, sempre após períodos de inflação e/ou recessão por motivos diversos, mas quase sempre com a administração pela mão de ferro poderosa do FED.
Os ciclos ficam nítidos, na crise de 1987 quando Wall Street caiu 22% no mesmo dia, segundo especialistas, pelo enfraquecimento do dólar, mas na verdade, a motivação era a imensa liquidez gerada por investimentos especulativos. O FED administrou, assim como em 1990, as S&L (saving and Loans), empresas que tomavam recursos a 3% e emprestavam a 6%, e acabou na farra especulativa com a quebra de várias empresas e fraude em algumas, como o caso famoso de Charles Keating, amigo do senador Mac Cain, provável candidato republicano na eleição deste ano.
Esta crise de 92, muito semelhante a atual, quebrou várias empresas, colocou bancos em dificuldade e o FED deu liquidez ao sistema. Na verdade contribuinte pagando parte da conta, ou toda.
Quero dizer, que nos anos 80 e 90, a economia americana enfrentou crises, causadas pela liquidez especulativa ou movimentos a partir de crises localizadas que forçavam a intervenção do governo. Segundo alguns este fato custou a eleição de Bush pai na reeleição.
Bill Clinton ganhou a eleição e viveu a fenomenal época do capitalismo da informação, mas ainda assim enfrentou crises, com a bolha da internet e crises de pagamento na Ásia e México que afetaram os Estados Unidos.
Em 11 de Setembro de 2001, o ataque aos Estados Unidos quase leva o país a bancarrota e o mundo a reboque, o FED com Allan Greenspan administrou a crise.
Allan chama de resiliência (capacidade de adaptação) da economia a saída das crises, mas acho que vai, além disso.
A experiência do passado e das crises recentes da década de 80 até aqui e a administração séria de pessoas nos bancos centrais que salvam os Estados Unidos e parte do mundo que anda a reboque da locomotiva.
Bem Bernanke, atual “chairman” do FED é estudioso da crise de 29 e sabe, tanto quanto muito economistas, que aquela crise poderia ser evitada.
Enquanto vivermos a liquidez, especulativa ou não, onde a oferta de papeis fica menor que a demanda, os ciclos estarão se configurando no seu ajuste. Assistimos mais um.
O final não poderá ser feliz para todos, com certeza para os mais cautelosos e bem informados, mas muitos incautos perderão dinheiro grosso. As bolsas de valores aplicam certo “darwinnismo” nos seus atores.
O que esta ocorrendo agora já aconteceu no passado e quem quiser saber o final é só olhar a história recente. Para saber se vai perder ou ganhar? Olha se está no lado comprador ou vendedor. Nas crises os vendedores costumam ganhar mais.
Depois volto com mais coisas de Greenspan e do FED, verdadeiras pérolas.
O livro Era da Turbulência de Allan Greenspan mostra claramente que a economia vive de ciclos, sua força de subida reside na queda e ajuste.
Greenspan teve como um dos mentores Arthur Burns, grande estudioso dos ciclos econômicos e ele próprio, Allan, acredita piamente que a economia pela “invisible hand” do mercado de Adam Smith é assim, não tenho dúvidas.
De 1980 até os dias de hoje, várias crises econômicas foram presenciadas por nós, sempre após períodos de inflação e/ou recessão por motivos diversos, mas quase sempre com a administração pela mão de ferro poderosa do FED.
Os ciclos ficam nítidos, na crise de 1987 quando Wall Street caiu 22% no mesmo dia, segundo especialistas, pelo enfraquecimento do dólar, mas na verdade, a motivação era a imensa liquidez gerada por investimentos especulativos. O FED administrou, assim como em 1990, as S&L (saving and Loans), empresas que tomavam recursos a 3% e emprestavam a 6%, e acabou na farra especulativa com a quebra de várias empresas e fraude em algumas, como o caso famoso de Charles Keating, amigo do senador Mac Cain, provável candidato republicano na eleição deste ano.
Esta crise de 92, muito semelhante a atual, quebrou várias empresas, colocou bancos em dificuldade e o FED deu liquidez ao sistema. Na verdade contribuinte pagando parte da conta, ou toda.
Quero dizer, que nos anos 80 e 90, a economia americana enfrentou crises, causadas pela liquidez especulativa ou movimentos a partir de crises localizadas que forçavam a intervenção do governo. Segundo alguns este fato custou a eleição de Bush pai na reeleição.
Bill Clinton ganhou a eleição e viveu a fenomenal época do capitalismo da informação, mas ainda assim enfrentou crises, com a bolha da internet e crises de pagamento na Ásia e México que afetaram os Estados Unidos.
Em 11 de Setembro de 2001, o ataque aos Estados Unidos quase leva o país a bancarrota e o mundo a reboque, o FED com Allan Greenspan administrou a crise.
Allan chama de resiliência (capacidade de adaptação) da economia a saída das crises, mas acho que vai, além disso.
A experiência do passado e das crises recentes da década de 80 até aqui e a administração séria de pessoas nos bancos centrais que salvam os Estados Unidos e parte do mundo que anda a reboque da locomotiva.
Bem Bernanke, atual “chairman” do FED é estudioso da crise de 29 e sabe, tanto quanto muito economistas, que aquela crise poderia ser evitada.
Enquanto vivermos a liquidez, especulativa ou não, onde a oferta de papeis fica menor que a demanda, os ciclos estarão se configurando no seu ajuste. Assistimos mais um.
O final não poderá ser feliz para todos, com certeza para os mais cautelosos e bem informados, mas muitos incautos perderão dinheiro grosso. As bolsas de valores aplicam certo “darwinnismo” nos seus atores.
O que esta ocorrendo agora já aconteceu no passado e quem quiser saber o final é só olhar a história recente. Para saber se vai perder ou ganhar? Olha se está no lado comprador ou vendedor. Nas crises os vendedores costumam ganhar mais.
Depois volto com mais coisas de Greenspan e do FED, verdadeiras pérolas.
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