terça-feira, janeiro 30, 2007

O Apagão e a taxa de juros - Polêmicas?

1-) Energia
Não há risco de apagão com crescimento de 5%, diz Rondeau
Segundo o ministro de Minas e Energia, "não há nenhuma surpresa que não seja contornável, no que diz respeito ao abastecimento de energia até 2010. Estadão-29 de janeiro de 2007 -
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Ministro tenta desmentir relatório da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda alertando para riscos de apagão com crescimento maior do que 4%.
Ele tem que entender, escondendo ou tentando dissimular, o problema não acabará.
Existem problemas sim, são graves e todos atores do setor, inclusive do governo, falam abertamente da celeuma. O pior cego é o que não quer ver. Esta matéria é café requentado, em Dezembro abordei o assunto-Clique e leia.
Há muito tempo o problema é mencionado na mídia, vamos reforçar: O problema do gás boliviano é grave e nossas reservas que supririam o mercado, não terão tempo hábil para entrar. A demanda é projetada para ser atendida com 60% pelas usinas da Amazônia. Estas usinas, se saírem, só entrarão em operação em 2012 no melhor cenário. Têm casos que se arrastam há 20 anos, são afastadas do centro de carga, isso é mais problema ambiental com os 2.500 km de linhas de transmissão, cortando vários estados, com custos proibitivos e mais restrições ambientais. Enfim, não adianta tapar o sol com a peneira. Pessoas do setor pregam abertamente a retomada de Angra. Na minha visão não teremos saída, com ou sem apagão a usina nuclear é a salvação. A questão ambiental será outra polêmica a parte!
O grave desta história agora é o próprio governo batendo cabeça!

2- Juros

Após Copom, mercado prevê juros maiores neste ano - Folha - Clique e leia

Os juros estão caindo, mas ainda são os maiores do planeta. Na ponta final estão ainda na agiotagem. A banca monopolista e gananciosa suga o cidadão e enche a burra. Aguardem os lucros deste ano dos bancos, mesmo com a queda dos juros. Queda?
Na ponta final: Cheque especial: 140% a.a., Cartão: quase 200%, Empréstimo consignado: 50% ao mínimo. A Taxa Selic: 13%. Os spreads são absurdos e os juros não caem na ponta final, rarissímas exceções com clientes preferenciais e que normalmente não precisam de dinheiro.
No crédito consignado, com desconto em folha e especialmente a previdência, os riscos são zero, mas as taxas são assalto. Já fiz uma pesquisa, constatei a usura e escrevi sobre: Veja
Se o BC quisesse mesmo que caissem as taxas na ponta tomadora, regulamentaria via resoluções do BC algumas premissas que são abusadas pelos bancos. Porque não fazer isso? Alguma afronta à liberdade do mercado? Creio que não, a motivação deve ser outra, com atrativos diversos!
O monopólio e o domínio dos grupos atrapalham qualquer tentativa de derrubar a taxa.
O crédito tem tido expansão, mas o filé vai para a banca e o mercado sempre se enrolando para pagar o roubo institucionalizado.
E tem mais, esta história de dizer que a inadimplência é alta sendo responsável pelos spreads absurdos cobrados é a mesma de tentar dizer que a febre é responsável pela infecção.

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