As previsões pioraram, em janeiro eram de crescimento mundial médio de 1% alavancados nos crescimentos de China, Índia e dos países emergentes. A China ainda mantém o otimismo e até aqui as previsões indicam crescimento de 6,5%. Tomara.
As notícias aqui não são boas. No último trimestre de 2008, quando explodiu a crise mundial, o Brasil teve retração de 2,5%. Em janeiro a queda nas vendas foi de 13,5% e a retração da atividade econômica 17%, a maior desde a era pós Plano Collor. Se continuar assim podemos entrar tecnicamente em recessão por aqui, o ânimo vai acabar atrapalhando e sancionando as ruins expectativas. Uma das coisas que precisamos retomar é a confiança, além do crédito e consumo, claro.
Economia brasileira em 2009 vai desacelerar- Clique e veja - Já era previsível a retração, o problema é o tamanho desta retração. O governo previa crescimento otimista, mas a queda de arrecadação acendeu o sinal amarelo. Fico preocupado com os gastos públicos em custeio, principalmente nesta fase de queda de arrecadação. Quero ver como eles vão administrar este problema, já que eles não gostam de cortar alguns tipos de despesas que precisariam reduzir neste cenário.
A aposta nos EUA ainda deve ser forte, o Plano de Obama não entrou ainda para valer no jogo, mas é uma das últimas esperanças. Os governos de diversos países atuam, colocam recursos na economia, mas podem não ser suficientes estas medidas, o mercado precisa reagir. O consumo precisa pulsar forte e as relações internacionais voltarem aos níveis passados. Na economia globalizada isso é básico para retomar crescimento.
O Japão já tentou salvar a economia via estado e não conseguiu - Clique e veja a coluna de Antônio Machado no Cidadebiz. Pode ser, mas precisamos esperar os efeitos de ação do plano americano. Ben Bernanke disse que não medirá esforços para retomar o crescimento e usará todas suas ferramentas(não são poucas). Se isso acontecer o mundo vem a reboque, óbvio, com a ajuda da China que permanece firme na atividade econômica e com ações do governo de Beijing que parecem não deixar a peteca cair, como dizem aqui em Minas Gerais.
Não dá ainda para traçar cenários, mais pessimista ou otimista. Temos sinais que algumas coisas melhoram, ou deixam de piorar (caso da indústria automobilística nacional) e outros que pioram, estes indicadores de janeiro, na verdade um mês meio atípico para medir a economia, a não ser serviços e turismo.
Vamos ficar na torcida e acompanhar, mas as notícias de hoje não foram boas. Continuo otimista, mas agora vamos seguir o pensamento de Willian George Ward:
O pessimista queixa-se do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas.
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