sexta-feira, agosto 03, 2007

CPI do Apagão Aéreo da Câmara


Há muito tempo as CPIs são transformadas em festival de bobagens, um verdadeiro circo bufão. Tirando ai umas poucas CPIs sérias, a televisão da Câmara e Senado coloca os membros nas luzes da ribalta e o espetáculo é garantido, isso sem falar nos "flash" de outras com entrada na programação ao vivo.
A origem disso foi o pique na audiência na época do mensalão com o Marcos Valério. Verdadeiro show. Cômico se não fosse trágico, alguns deputados deitam e rolam na frente da mídia.
Fora erros de português gritantes, demonstração de despreparo e incompetência, fica clara e óbvia a perda de tempo.
Foi um verdadeiro espetáculo o que assisti ontem, por acaso, na CPI do Apagão Aéreo.
Vendo a Globo News, canal 40, eles trasmitiam o depoimento de um tal assessor de imprensa da AirBus. Foi brincadeira o que assisti. O país não merece isso. A vaidade e indolência de alguns membros, a necessidade de buscar fatos desconexos para manutenção do assunto é cômica.
Parece um bando de malucos, com assuntos desarticulados, sem pé nem cabeça, tentando levar e buscar solução para um problema crítico que é o atual caos no setor aéreo.
Misturam assuntos técnicos com políticos querendo fazer a CPI tomar um rumo que a própria essência da matéria não teria. O acidente da TAM desfoca o assunto principal que deveria ser a investigação das mazelas, incompetência e corrupção no segmento. A oposição, com seus muitos atores também, cai na conversa e tegiversa sob as luzes da ribalta das TVs e jornalistas presentes.
Rídiculo. Eles estão perdidos, perdendo tempo e jogando o tempo de outros fora. Onde eles querem chegar? Precisamos rever a questão da eficácia das CPIs.
Clique no link e veja algumas matérias sobre a CPI e o caos aéreo.
Sabe, não posso e nem devo generalizar, tem gente séria, preparada e vocacionada lá, mas afirmo que é a minoria.
Retrato do país? Pode ser, mas esta minoria responsável deveria tomar as rédeas do congresso e trabalhar as questões relevantes deste Brasil, com resultados, compromissos e prazos.
A sensação que dá é muita gente, querendo fazer tudo e não produzindo nada, sem capacidade para ditar as prioridades e pauta para o Brasil tão cheio de problemas.

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