Vejam matéria da Folha Online sobre geração de emprego!
Muitos sabem que o petróleo esgota-se em 50 anos no máximo. É o maior causador do mal no efeito estufa comprometendo a sobrevivência da humanidade.
O Brasil domina a tecnologia do Biodiesel e do Etanol da cana há mais de 20 anos. O Etanol da cana de açúcar é disparado o mais competitivo com custos menores.
Alguns dados: o etanol é produzido nos EUA com milho, na Alemanha com trigo e beterraba e no Brasil com Cana de Açúcar. Os custos comparativos da produção líquida final são impressionantes: Cana de Açúcar 15 Euros por h/l. Milho 25 Euros h/l, Beterraba 52 Euros h/l e Trigo, 48 Euros h/l. Fonte: Henniges 2004.
Em 1995 éramos líderes mundiais da produção com 16 bilhões de litros, hoje produzimos 17,8 bilhões e perdemos para os EUA que produzem e consomem 18,5 bilhões de litros. Os EUA são o maior importador do álcool brasileiro. A China é o terceiro produtor mundial com 4,0 bilhões. O Brasil é o maior exportador mundial.
Nossa produção de 1995 até 2006 cresceu muito pouco. Segundo especialistas faltaram estudos, pesquisas e investimentos. O “boom” ocorre de dois anos para cá pela oportunidade e pela inevitabilidade do álcool suprir energeticamente o mundo.
Temos chances de nos tornarmos a Arábia Saudita do Etanol, vejam por que:
1- A McKinsey Consultoria faz projeções que o mercado mundial deve comprar de 50 a 200 bilhões de litros até 2020. Factível com certeza.
2- A nossa produção de 17 bilhões de litros ocupa área de 6 milhões de hectares.
3- O Brasil pode exportar 160 bilhões de litros, mas para isso terá que aumentar a produtividade em 30% nestes 15 anos próximos. Óbvio: Precisaremos de investimentos em logísticas, usinas e tecnologia, além de área de cultivo. A boa notícia e o potencial nacional: Isso representaria 24 milhões de hectares, aproximadamente 3,5% das terras agricultáveis do país. Meta fácil de ser atingida se criada a condição.
4- Existem hoje 350 usinas, precisaríamos de 600. O total de investimentos até 2020 seria na ordem de US$ 100 bilhões. Geração de emprego e renda garantidos.
Barreiras: Marco regulatório e infra-estrutura de portos e estradas. Este negócio sem investimentos privados e confiança do empresariado não existe, sem logística, esquece, o marco regulatório é importante, mas menos que portos e estradas em condições. Gargalo que deve ser crítico também: Meio ambiente, portanto a racionalidade deve imperar.
“Big bussines”, mas viável se estabelecida parceria entre governo e iniciativa privada, entes federativos e todos os atores envolvidos. Perdemos muitas oportunidades nos últimos 10 anos, não podemos deixar passar mais esta.
Temos terra, tecnologia e potencial. Precisamos de investimento e logística. Temos que tomar cuidado com a China. Países europeus investem em tecnologia e brevemente perderemos competitividade. Estamos na frente e temos o maior potencial, e só.
Temos que nos unir aos EUA, o risco da ideologia atrapalhar parece afastado por enquanto, vamos ver.
Já “postei” sobre isso (Clique e veja), mas os dados aqui e toda mídia do final de semana que passou trazem ventos mais favoráveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário