24 de dezembro de 2006 - 16:52 - Estadão
Governo Lula criou 2,464 milhões de empregos em 4 anos
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Este número é ruim. A renda caiu quando comparada a evolução que deveriamos ter para acompanharmos o ritmo global. A promessa eleitoral foi de 10 milhões. Desejável, talvez a metade da promessa. Factível se tivessemos acompanhado o mesmo ritmo mundial. Agora a Inês é morta e temos que correr atrás do prejuízo.
Criar emprego é sempre bom para o governo, este número trabalhado com marketing político se transforma em uma maravilha que não existe, sabe porque?
1- Isso está ocorrendo pela conjuntura e nosso crescimento pífio de 2,3% (médio na era Lula) proporcionou a geração destes empregos. O Mundo cresce a média de 5% e a América do Sul também. O Brasil precisa de 3,5% no mínimo para empatar. Ou seja, se tivessemos acompanhado o ritmo global e de países como o nosso o número era melhor. Não geramos renda nem riqueza, ainda perdemos o jogo global.
2- A China é o maior importador depois dos EUA. O Brasil sempre teve a balança comercial favorável, isso quer dizer, vendiamos mais que compravamos, sempre. Os números giram na ordem de US$ 7 bilhões para venda nos últimos anos. Vejam esta: Estamos comprando mais da China e em 2007 a chance é termos uma balança desfavorável. Pela primeira vez na história o Brasil comprará mais que venderá para China.
Razões: O câmbio favorece, nossa carga tributária é infernal e a competitividade global faz este mercado ficar apertado para quem não tem competência.
É fácil enxergarmos para onde estamos indo?
Só temos uma saída: Crescer igual aos outros. Os programas assistencialistas atuais seriam muito melhor aproveitados por todos em um ambiente próspero, alguém duvida?
Infelizmente alguém colocou na cabeça de Lula que o crédito consignado (roubo dos bancos e usura total) e o bolsa família estão salvando o Brasil, distribuindo renda. Não adianta mais, Lula tem que enfrentar a onça e começar o seu governo em 2007 com mais razão que emoção.
A mídia responsável e especialistas alertam para graves problemas que estão por vir. Será que vamos consertar a porta depois de arrombada? Apagar mais incêndios como o do apagão aéreo?
Governar com o coração pode complicar mais ainda a nossa vida. Ele está iludido com sofismas de uma esquerda sonhadora ou de mal intencionados e incompetentes.
Alguém em sã consciência é contra a distribuição de renda entre os mais pobres? Óbio que não!
A questão não é acabar com isso, mas criar outros mecanismos e gerar oportunidades para todos.
Precisamos de racionalidade e enfrentamento da realidade. O ciclo que mencionei na última postagem pode durar anos, e nós, a classe média, cada vez mais atolada na lama.
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