sábado, fevereiro 28, 2015

Tecnologia é ameaça a privacidade?



É inegável que estamos vivendo um maravilhoso mundo da informação em tempo real e interação entre as pessoas de forma nunca imaginada.
A internet quando veio nos anos 90 serviu a um monte de coisas, proporcionou progressos enormes e com o advento das redes sociais (nem vou citar porque são centenas, muito além de Facebook e Whatsupp e Twiter só falando das mais conhecidas).
Fantástico, viciante, mas já paramos para pensar onde podem estar os inconvenientes desta maravilha?
Claro que tudo é via de mão dupla, um monte de coisas boas vieram com os avanços tecnológicos, com a sociedade da informação e a era do conhecimento, mas o que pode ter de ruim nisso?
Vamos lá fazer uma reflexão, uma não duas:

  1. Quem leu o livro 1984 de George Orwell (clique e saiba mais) sabe que o livro se passa em uma sociedade totalitária dominada pelo estado onde todos são vigiados, o Grande Irmão. O livro é ótimo e poderíamos dizer que o mundo que ele previu nos anos 50, acontece hoje na Coréia do Norte. Outro livro dele, aliás, e falando da Coréia do Norte é A revolução dos Bichos. Recomendo a leitura dos dois. Mas vamos lá: Vocês já repararam que parece que com a internet e acesso as redes sociais estamos em constante processo de vigilância pelo sistema? Não falo nem o WeekLeaks de Snodew que denunciou uma forma de espionagem americana via e-mail e internet. 
  2.  Falo de nós mortais que somos analisados pelas nossas buscas e preferências via algum tipo de software que interage o maravilhoso instrumento de busca Google (outra maravilha desta revolução) com nossas preferências. Repare bem como as propagandas nos sites e redes que frequenta estão relacionadas as buscas e preferências de suas pesquisas e curiosidade.
  3. Não que deve ter algum "Big Brother" nos vigiando, mas uma integração de softwares nos coloca sob monitoramento constante destes programas. Sim, vivemos vigiados e isso pode suscitar a violação de nossa privacidade? Vale pensar. Até que ponto isso é bom ou ruim?
  4. Outro ponto que nunca tinha atinado e vendo um debate na CBN entre psicólogos veio a dúvida que me fez pensar: Será que as crianças não estão precocemente indo para os processos tecnológicos (tablets, smartphones, etc.)? É comum, e cada vez mais, assistirmos crianças de menos de uma ano "brincando" com estas maravilhas que temos hoje.
  5. Até que ponto isso não prejudica o desenvolvimento de outras atividades de uma criança, mesmo que fisicamente?
  6. Não que eu seja contra esta precocidade de acesso as inovações tecnológicas. Sempre disse que isso é processo e não projeto, mas os pais podem de certa maneira controlar algum tipo de excesso que pode existir.
  7. Com certeza desenvolver as crianças via a tecnologia trará frutos, mas em detrimento de que tipo de desenvolvimento destas crianças?
  8. O ser humano cresce física e mentalmente e tem etapas para diversos desenvolvimentos de aptidões e características próprias, ficar centrado em uma só será saudável?
Na verdade seria impossível dosar estes processos inerentes ao desenvolvimento e que só temos que agradecer por existirem, mas a reflexão sobre que estas maravilhas podem causar danos ao ser humano vale pena. 
Aqui coloco estes dois pontos, mas pode haver mais.
Como sempre digo, em tudo na vida, a virtude estará no meio. Qualquer exagero, para mais ou menos é ruim e vai ser prejudicial a alguém em determinado momento.
A nossa privacidade está em risco? Pode ser, se fizeram isso, podem fazer mais e o WeekLeaks que o diga.
Criar crianças que se transformem em mini adultos será bom, ou vale deixar que o desenvolvimento venha de forma natural e as ferramentas sejam canais virtuosos e não de ameaça a este desenvolvimento?
Ficam aqui estes pontos para reflexão.

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