quarta-feira, abril 10, 2013

Inflação ou crescimento? Dilema do governo? Vamos deixar registrado

Tenho batido nesta tecla, inclusive falando sobre o risco de uma estagflação, que é o pior cenário de uma economia, especialmente a economia moderna, dos tempos atuais.
Vou deixar aqui registrado dois artigos:

1-) Do Terra Notícias: Inflação oficial em 12 meses chega a 6,59% e supera teto do governo - Clique e veja
 O texto completo: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou inflação de 0,47% em março deste ano, taxa inferior ao 0,6% de fevereiro. A inflação acumulada em 12 meses chegou a 6,59% e superou o teto da meta de inflação estipulada pelo governo, que é 6,5%. O dado foi divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É a primeira vez que o teto da meta é ultrapassado desde novembro de 2011, quando havia sido observada uma taxa de 6,64%. No ano, a inflação acumulada chega a 1,94%. Em março do ano passado, a taxa havia sido 0,21%. Segundo o governo, o limite inferior previsto para a inflação é 2,5% e o centro, 4,5%. A inflação de março foi fortemente influenciada pelos alimentos, que tiveram aumento de preços de 1,47% no mês. Por outro lado, os transportes, com uma deflação (queda de preços) de 0,09%, ante uma inflação de 0,81%, contribuíram para frear a taxa do IPCA em março.
Período - IPCA
março de 2013 - 0,47%
fevereiro de 2013 - 0,60%
março de 2012 - 0,21%
em 12 meses - 6,59%
acumulado do ano - 1,94%

2-) Coluna do Antonio Machado falando do dilema juros altos x inflação, aliás escrevi no post anterior. 
 A questão é se há convicção para dizer: “Presidente, segura os juros que a inflação vai ceder”. Ou: “Presidente, se os juros subirem, há risco de recessão” - Clique e veja

O dilema é sério, pode mudar a política de 2014, apesar de eu acreditar que não há tempo do flagelo inflacionário se mostrar. Crescimento baixo sim, isso pode repercutir na eleição, a inflação será mais nefasta para o Brasil, a conta será alta e o povão pagará, como já vai pagar outras que Lula plantou para o futuro.

Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come? Vamos ver, mas a racionalidade e a competência terão que entrar em campo, caso contrário vamos ser mais penalizados. Os pilares da estabilização do plano Real foram para o espaço, mas sem dúvida a inflação é o pior deles se cair. 

terça-feira, abril 09, 2013

O risco da inflação ronda o Brasil e assusta o governo.

Vejam o que escrevi: Estagflação ?  Só para explicar, Estagflação é recessão com inflação.

Além do caso famoso do tomate, o governo se mexe para avaliar o risco da inflação. A meta parece ter ido para o espaço este ano, como nos dois anos anteriores de Dilma. Isso é ruim.
Além disso a mídia fala que Dilma se reúne com economistas celebres, nem sempre da mesma linha de pensamento, Delfim Netto é um deles. Ela esta preocupada.

O que esta ruim?
O cambio deveria estar ajudando a conter a inflação, a gasolina sem ajuste sacrifica a Petrobrás, mas ajuda o governo. E os juros? Ai parece que o governo relaxou e abaixou muito mais do que devia. Todos queremos juros baixos, mas eles são importantes no combate a inflação.
O governo não quer reduzir gastos públicos e não quer mexer nos juros, por isso as metas foram para o espaço. O risco existe e o custo é alto, principalmente para os mais pobres que não se defendem.
A eleição do ano que vem é prioridade para Dilma e o PT, mas ela deve pensar no Brasil, por isso mesmo alguns já  estimam que os juros devem subir para segurar a fera inflacionária.
Agora vamos lá, se existe o risco de crescimento baixo, projeções de 3% para este ano, o juros altos comprometem ainda mais o nosso PIB.
O que fazer? Risco de Estagflação existe se o governo não tomar atitudes e agir racionalmente. Se pensar só na eleição pode ter o tiro pela culatra, eu se fosse ela pensaria nos riscos que vivemos e são graves: Baixo crescimento e volta da inflação.
Se já temos contas a serem pagas no futuro, se fizerem mais bobagem a conta só vai aumentar.
Vamos acompanhar.

O setor elétrico ainda preocupa e pode ser o calcanhar de Aquiles de Dilma.

Não gostaria de estar postando isso aqui, mas estou estudando a conjuntura do setor elétrico, tarifas, comercialização, etc...e hoje vi coisas que me assustaram. Ontem vi uma coletiva das autoridades, achei estranho, mas agora acho que entendi.
Não quero racionamento e nem problemas no setor, isso faz com que todos nós perdemos.
Existe sim risco de racionamento. Se as UTEs (Térmicas) não derem conta da demanda, vamos ter problemas.Paradoxalmente, se a economia não crescer ajuda o setor, mas traz outras consequências ao Brasil. Enfim, este cenário pode influenciar na eleição? Sem dúvida. Vamos acompanhar.
Dados da CCEE- Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
Imagens e dados oficiais dizem mais que palavras neste caso.

Neste primeiro, relatório de Abril do Sudeste, 70% mercado a variação do preço do PLD. Complexo explicar aqui, mas a referência e sinalização dos preços de energia. Olhem ai.



Neste segundo, ainda dados de abril, notamos que os reservatórios estão muito abaixo da média, principalmente no Sudeste, a maior bacia e onde se encontram os principais reservatórios.



Podemos afirmar que haverá racionamento? NÃO. Claro que não. Em 2001 a situação era outra como já expliquei aqui. Existem riscos de problemas se as térmicas não atenderem a demanda, se houver ainda atrasos em obras e se o país crescer mais do que os 3% previstos e esperados por todos.
Com certeza os custos serão maiores para nós consumidores, as UTEs vão rodar direto e os custos deles são muito altos e repassados para a tarifa. O governo já fez algumas mexidas, mas ainda assim será repassado. Isso é fato consumado.
Fica aqui registrado.