Desde 1986 a usina se arrasta com problemas de toda ordem, agora, com este grande foco ambiental e principalmente por estar no coração da Amazônia, a situação é mais complexa.
Sempre disse que belo Monte até sairá do papel, mas ainda haverá muita batalha, em todos os sentidos. A questão não é só técnica, mas política e econômica.
Os principais problemas são:
- Os custos estimados começaram em US$ 4 bilhões, o governo estima hoje US$ 12 bilhões , mas o mercado fala em US$ 17 bilhões. Qualquer erro dos empreendedores vai jogar a conta no colo da viúva, ou será que isso já não está sendo propositadamente sendo articulado?
- A área a ser inundada era de 516 km2, mudaram o projeto para reduzir impactos do reservatório, mas criaram outros problemas ambientais. Os impactos serão sempre um embate e ninguém pode precisar ainda o tamanho e os efeitos.
- A energia firme da usina é péssima. Dos 11 GW de potência instalada, ela gera 4,6 GM, fator de capacidade baixíssimo só atinge o máximo 3 meses no ano, na seca cai para 40% de produção. Comparado com outras usina na Amazônia, é flagrante a falta de produtividade. As duas do madeira têm, Santo Antônio ( 3,3 GW para 2,0 GW de produção) e Girau (3,1 GW para 2,2 GW ).
- Áreas indígenas e mudança no leito são os principais problemas alegados pelos ambientalistas, mas a própria linha de transmissão para escoamento da energia será percalço duro de romper.
Não sou contra Belo Monte, acho que já perdemos muito tempo e precisamos criar alternativas. As usinas nucleares são a saída para o Brasil.
Anotem ai, marcaram e cancelaram leilão de Belo Monte, consórcio pulou fora, a celeuma é grande, mas no frigir dos ovos aposto que o cronograma não tem chance de ser cumprido e outra a chance da viúva pagar esta conta é enorme, assim como as duas do Rio madeira ainda têm muitas coisas que vão aparecer e precisam ser esclarecidas.
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