segunda-feira, janeiro 22, 2007

A liquidez mundial e o PAC

Leio sempre a Coluna de Antônio Machado, Brasil S/A, no jornal Estado de Minas, pena não ter um link digital. Esta coluna é ótima e recomendo.
Neste domingo 21/01 ele aborda a questão da liquidez mundial: A consultoria americana McKinsey compila as cifras mundiais, fabulosas: Segundo a McKinsey desde 1990 fluxo de capitais entre países cresce a taxa de 10,7% ao ano, considerando as taxas cambiais constantes em 2005. Os mercados financeiros nacionais estão se integrando ao único mercado global, diz a McKinsey. Claro, não podendo ser diferente, 80% do fluxo dos capitais são da UE, EUA e Inglaterra. Os EUA são os maiores tomadores e maiores doadores. Se considerado o crescimento do PIB global médio de 3,5% desde 1990, o fluxo entre países cresce na velocidade muito maior. Os países emergentes recebem crescentemente capitais, duas vezes mais que os países desenvolvidos. Ou seja, é a globalização aliada à tecnologia e a era da informação.
Riscos: Um ajuste é esperado pela alta liquidez do mercado global e pela característica ciclotímica da economia.O Brasil pode se dar mal e já disse aqui.
O PAC lançado agora busca capital privado. Não existe mais esta de estado propulsor de crescimento, ele pode ajudar como pode atrapalhar. Na verdade quem fará o crescimento sustentável é a geração de riqueza em ciclo virtuoso com recursos privados e externos. O capital necessário a infraestrutura antecipa o crescimento e deve ser privado na sua maioria. O Brasil terá que conviver com a arrumação da sua base de infraestrutura e ao mesmo tempo criar condições para reverter o ciclo vicioso atual.

Os externos estão ai segundo a McKinsey, mas compete criarmos as condições para que eles cheguem saudável ao Brasil. Capital especulativo é fria e qualquer crise mundial a coisa detona aqui.
O capital tem coração de passarinho, pernas de lebre e memória de elefante. Nosso fluxo vem caindo e isso é grave. O PAC reverterá a tendência?
Bom, continuamos a avaliar o PAC para comentários, mas parece que o mercado e analistas continuam céticos, muita conversa e promessa. Intenção boa e agora vamos ver a ação.

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