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sexta-feira, setembro 21, 2018
A eleição de 2018 virou um plebiscito
Está chegando a hora, agora será o PT e Anti PT.
Há muito disse que o segundo turno seria Bolsonaro contra o posto do Lula. Estava claro que Bolsonaro se cristalizava e que o PT, por conta principalmente do NE colocaria seu candidato no segundo turno. As últimas pesquisas mostraram isso. Haddad, o poste, atropelou Ciro Gomes. A sentença está dada.
Bolsonaro capitalizou a indignação da população com a política e o poste vende ilusão de um país das maravilhas do PT que nunca existiu.
O impeachment acabou ressuscitando a narrativa do PT que o Brasil foi bom e no imaginário das pessoas. Foi bom sim, por vários motivos, menos por causa do PT. No primeiro governo petista as coisas andaram bem e elogiei diversas vezes. A partir de 2006 começaram as lambanças e o famoso ciclo virtuoso mundial das commodities foi desvirtuado, culminando com a tragédia do governo Dilma que causou a maior crise de nossa história. Vejam o quadro.
Pois bem, sem entrar no mérito de economia, dois pilares estão guidando o voto dos eleitores na minha opinião: A ilusão de que o Brasil estava bem e a revolta com os políticos e o desejo de mudar.
São muitas mazelas, segurança, saúde, educação, finanças públicas despedaçadas, desemprego, enfim, não dá para enumerar tanto coisa ruim e errada. A corrupção comparada com o estrago causado pela incompetência foi até pequena.
A eleição pode ser decidida no primeiro turno? É improvável, mas não impossível, as próximas pesquisas vão dizer.
Bolsonaro perde para qualquer um no segundo turno? Não acho que esta premissa seja mais válida. O segundo turno já está estabelecido.
Bolsonaro tem rejeição alta? Sim é verdade, mas esta ilação de que candidato com 40% de rejeição não ganha eleição é falácia. Aliás muitos paradigmas estão sendo quebrados neste eleição, mas o mito da rejeição alta morreu em 2014. Vejam a rejeição dos candidatos em 2014.
Dilma com 42%.
Na minha opinião o PT tem mais rejeição. Em 2014 foi assim, em 2016 quase foram dizimados nas urnas. O impeachment ressuscitou a narrativa, mas não acredito que seja suficiente para dar a vitória ao PT. O NE sim, ele terá, como foi em 2014 e apanhou menos em 2016.
Veja a rejeição em uma pesquisa divulgada pelo Antagonista.
Sem contar que Lula está preso e condenado, a corrupção e os erros serão explicitados nesta campanha de segundo turno (se tiver) e refrescar a memória do eleitor.
O tempo de TV, a experiência dos candidatos como Alckmin e Alvaro Dias ficaram para o segundo plano na cabeça do eleito. O dinheiro curto e as redes sociais com sua tremenda influência serão objetos de estudos por sociólogos e cientistas políticos.
Para mim a pauta corrupção e segurança mandaram nesta eleição, Bolsonaro explica um pouco esta minha afirmação.
O Haddad pode e deve ser mais preparado do que Dilma, mas é fraco na minha opinião, e com certeza tomando instruções na cadeia vai espantar muita gente.
A maioria sabe que as instituições funcionam, apesar de atacadas e desmoralizadas pelo PT e Lula. Não há complô de elite e nem perseguição a Lula e ao PT, pena que ainda temos muitos incautos que embarcam nas mentiras e sofismas do PT. Triste.
Pode mudar os resultados até aqui sinalizados? Pode, mas não acredito. Duas semanas para a eleição as tendências mostram claramente o que vai acontecer.
Se Ciro disputasse a eleição contra Bolsonaro, provavelmente ganharia a eleição, mas não acredito mais nesta hipótese.
Bolsonaro ganha, não porque é melhor candidato, mas pela rejeição ao PT.
Eu fico assustado com uma possível volta do PT ao governo, nossa crise não aguentaria mais um governo populista. Vamos aguardar e conferir depois.
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