quinta-feira, maio 18, 2017

E agora Temer? Como fica a situação do Brasil?


Inegável. Uma bomba explodiu ontem em Brasília.
Na verdade vivemos uma grave crise politica há muito tempo, ontem foi mais um capitulo.
Podemos dizer que uma página da nossa história está sendo virada, mas infelizmente o resultado não será rápido e só começará em 2018 com a depuração (pelo menos parcial) de parte da classe política.
Aécio aumenta seu calvário e Temer entra no centro do furacão.
Confirmadas as gravações de Temer (tudo indica que sim) ele está em maus lençóis.
E agora? O que pode acontecer?

Vamos pensar:

  1. Impeachment de Temer - Já foi pedido, mas a chance é pequena. Além de ter necessariamente o aceite de Rodrigo Mais (o que não aconteceria), isso demanda tempo e poderia chegar na véspera da eleição do ano que vem.  Chance quase nula.
  2. Temer renunciar- Acho que pode ser uma opção, mas ele ainda vai brigar muito para ficar onde está. A renúncia é um ato unilateral dele. Não acho que ele se encaixe neste perfil de fugir da raia do embate politico. Chance muito pequena.
  3. Chapa Temer é cassada - Neste caso Rodrigo Maia como presidente da CD assume e convoca eleição em 30 dias. Acho que esta hipótese passou a ser mais considerável agora, mas não acredito ainda. Quem seria o nome? O desgaste da classe politica e de imagem do país não recomendam esta situação. Chance pequena, mas aumenta agora.
  4. Antecipação das eleições - Existia um movimento para prorrogar os mandatos de todos até 2022 para coincidir as eleições. Eu até acho que a coincidência das eleições uma boa opção para o Brasil, mas agora isso não aconteceria. O que pode acontecer e ganha força é a antecipação das eleições de 2018. Esta solução depende do congresso e , são 2/3 para uma PEC. Uma solução que agradaria a opinião pública. Chance muito boa de acontecer.
  5. Michel Temer sai (por renúncia ou  impeachment)- Rodrigo Maia, Eunício de Oliveira e Carmem Lúcia são a linha sucessória. Ele saindo as eleições indiretas devem ser convocadas em 30 dias. A solução que agrada muitos, a de Carmem Lúcia (como presidente do STF) assumir não aconteceria. Rodrigo Maia e Eunício teriam que renunciar. Eles têm acusações e me parece estão indiciados o que favoreceria Carmem Lucia. Existe chance, mas acho que muito pequena.
  6. Parlamentarismo - Seria uma ótima solução, mas depende de PEC que são na prática votos de 2/3 do congresso. Muito difícil pelo momento. O calendário eleitoral de 2018 apagaria este movimento. Chance muito pequena.
  7. Intervenção militar - Chance nula. Eles não estão articulados para isso como ocorreu em outros momentos da nossa historia. 
Tivemos várias crises na nossa história, mas nada se compara ao momento atual.
Vivíamos grave crise política, econômica e institucional.  A politica foi arrefecida com o impeachment, a econômica com as boas perspectivas e a institucional ainda reverbera, mas as instituições têm funcionado.

Temer perde força para aprovar as necessárias medidas, isso e inegável, mas o congresso não pode fugir a luta. 
O pais sofre com isso, mas no processo de amadurecimento na nação isso faz parte. Ja sobrevivemos a coisa pior.

As velhas figuras políticas protagonistas até aqui estão todas liquidadas. Isso é parte da depuração do processo que vivemos.

E agora José? 

A bolsa hoje despenca, nossa imagem global estremece, as torcidas se engalfinham nas redes sociais e teremos um pico da intolerância e a cegueira de muitos, principalmente da claque que defende a esquerda e Lula. A acusação de complô perde força e a Rde Globo acusada de ser a "mentora" agora passa a ser elogiada por eles.
Não, isso não favorece Lula, nem ninguém. Todos nós perdemos, mas nunca o ditado No Pain, No gain fez tanto sentido no Brasil.

Na política devemos sempre nos lembrar de uma máxima: Na maioria das vezes a versão e muito mais importante do que os fatos. 
Não há como lutar contra isso na política.
A realidade e os fatos estão ai, agora é esperar a poeira abaixar e rezar pelo nosso Brasil. #prontofalei 

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