Os reservatórios estão baixos. Clique e leia - A forte seca que vem castigando todo o país reduziu o volume de água armazenada nos reservatórios das usinas hidrelétricas e a expectativa é que alcance os menores níveis desde 2008. Isto obrigaria a geração de energia por meio de usinas térmicas a gás, que têm um custo maior.
O custo é maior não, é muito maior. Só para se ter uma idéia, o custo de geração hidrelétrica pode ser considerado em média em torno de R$ 70,00 mWh, enquanto as térmicas saem no mínimo a R$ 500,00 o mWh.
Em ano onde a projeção de crescimento é de 7%, este problema de reservatório baixo pode ser uma mistura explosiva. O crescimento demanda energia, e muita. Se temos problemas nos reservatórios, a situação pode descambar para um apagão, ou mesmo um freio neste crescimento. Já li algumas coisas sobre a projeção de crescimento do consumo residencial em toro de 7%, o normal e histórico seria em torno de 4%. Consumo residencial em alta e industrial com chances de ser também, a energia precisa estar firme.
Vivi na pele o racionamento de 2001, o custo social e para o país é incalculável. Agora temos esta questão que pode ser muito grave. Interfere na eleição? Não creio, mas o próximo, ou melhor, a próxima presidente pode começar o ano com problemas sérios de administrar o caos energético.
Não falo nem nos aproveitamentos que estão para entrar. Falo sempre aqui que atrasos nos cronogramas são parte da história, com as questões ambientais cada vez mais rigorosas, esta chance aumenta muito.
Qual seria a solução? Chuva, muita chuva. Me lembro quando o Lobão assumiu o Ministério das Minas e Energia a situação era crítica, mas com a sorte dele e a estrela de Lula, as chuvas vieram generosamente e solucionaram o problema.
Nossa matriz é muito hídrica, depende de chuva. Eu acho que a saída para o país é o caminho da geração distribuída e/ou energia nuclear. Breve volto a este tema
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