Energia pode comprometer crescimento do Brasil

Sempre digo, planejar é se antecipar. O Brasil projeta crescimento de 5%, no mínimo, este ano e 4,5% em 2011. Isso demanda infraestrutura: energia, estradas, portos, aeroportos e para alguns saneamento(o que concordo plenamente).

Na economia dizemos que precisamos de no mínimo 1% de crescimento de oferta de energia para cada 2% de crescimento do PIB. Se estamos no limite do equilíbrio entre a oferta e demanda de energia, se não entrarem os novos empreendimentos teremos problemas.

Belo Monte no Xingu, Santo Antonio e Jirau no Madeira são nossos maiores aproveitamentos, mas ainda demoram. Clique e leia mais sobre Santo Antonio e Jirau e as turbinas que reduziram a queda tornando-as mais palitáveis aos ambientalistas.

Agora a ABIAPE - Associação das PCHs denuncia que metade dos 40 GW estão comproblemas. Clique e leia a matéria- Cerca de 20GW de novos empreendimentos de geração de energia elétrica estão emperrados no Brasil. A potência representa quase 50% do montante previsto no planejamento da expansão do setor para os próximos anos. Usinas hidrelétricas de grande e pequeno porte, termelétricas e centrais eólicas enfrentam os mais diversos tipos de impedimentos para saírem do papel, como atraso em licenciamentos ambientais, problemas com financiamento, entraves regulatórios etc.

Isso é sério, muito sério considerando que temos um cronograma a ser cumprido para entrada em operação das usinas e atendimento a demanda, se atingirmos 5% e não tivermos energia, a coisa fica feia.

Além dos problemas energéticos, os aeroportos e portos dão sinais de esgotamento e as estradas nem se fala. No MT os prejuízo com o escoamento da safra é grande.

Estamos em bom momento nacional e global, tudo nos leva a crer que 2010 e 2011 podem ser anos importantes para o Brasil. Lula já atinge 3,5% de crescimento médio se consolidada os 5% de 2010. Isso é emprego, renda e riqueza, a satisfação da população e justiça social ficam claras.

Precisamos melhorar sempre, estamos indo bem, mas sempre lembro, é questão de estado e não de governo.

O governo deve sim, olhar para estas questões de infraestrutura. Eles podem investir, ou criar condições para a iniciativa privada investir. Não tem outro jeito, ele definitivamente pode comprometer o ambiente que se aproxima e será verdadeiro tiro no pé. Fica aqui registrado.