quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Administração pública: Uma no cravo e outra na ferradura.


Clique na figura para aumentar. Se quiser ver o quadro completo, clique aqui.

Eu venho elogiando a ascensão de milhares de pessoas para classes sociais mais elevadas. Isso significa renda, emprego, consumo. Gosto destes sons, só acredito em justiça social e prosperidade desta forma.
Vejam matéria mostrando que além da ascensão da classe C, postada aqui em fevereiro, a classe AB foi a que mais cresceu no goevrno Lula. Clique e leia
Um trecho da máteria: A classe AB, com renda familiar a partir de R$ 4.807, foi a que mais cresceu proporcionalmente no governo Lula, de acordo com dados divulgados ontem pelo economista Marcelo Neri, pesquisador do Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getulio Vargas). A notícia é do jornal Folha de S. Paulo, 22-09-2009.

Usando dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ele aponta que a faixa mais rica teve crescimento real de 37,1% no número de integrantes entre 2003 e 2008. No último ano, a alta foi de 7%.
A classe mais numerosa, no entanto, é a C, que no ano passado concentrou quase metade da população (49,2%), apesar de ter crescido menos (4,9%). No
governo Lula, a classe C aumentou 31,1%.

Neri aponta que houve redução na desigualdade no país. De acordo com cálculos do economista, a renda do trabalho foi responsável por 66,8% dessa queda, entre 2001 e 2008. O Bolsa Família, principal programa social do governo federal, contribuiu com 17% para a melhoria no índice Gini, usado para medir a desigualdade.

A pesquisa usa como base dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgada na semana passada.

Segundo os cálculos do economista, 3,8 milhões de pessoas saíram da classe E, abaixo da linha da pobreza (renda familiar de até R$ 768). No entanto, ainda havia 29,9 milhões nessa condição em 2008. Eram 49,3 milhões em 2003.

Seguinte: Tudo isso é positivo, muito, mas o quadro acima publicado na revista Veja desta semana distorce esta boa notícia. O aumento dos gastos públicos tem sido a nota desafinada. Em detrimento de investimentos o atual governo aumenta o custeio via funcionalismo público. Segundo a Veja, nos três poderes, a média de contratação de funcionários nestes sete anos de Lula é de 60 funcionários por dia. Isso é inchaço da máquina, convite a burocracia e corrupção e a conta será paga, inclusive com riscos inflacionários pelo aumento dos gastos públicos. Este é o link da Veja, mas acredito que possa ser acessível só para assinantes. Clique e veja. Já o link do Quadro acima é: Clique. Vejam trecho da matéria da Veja: Quando assumiu o governo, em 2003, Lula herdou um quadro que totalizava 884 000 servidores federais. Agora, o total na ativa dos três poderes – Executivo, tanto civis como militares, Judiciário e Legislativo – já passa de 1 milhão. Em sete anos, o efetivo foi inchado em 153 000 pessoas, gente suficiente para lotar dois Maracanãs, no atual limite de capacidade do estádio carioca. Desde a redemocratização, não houve governante que contratasse pessoal nesse ritmo. Ocorreu um avanço de 17%, num período em que a população do país cresceu 12%. Reverteram-se, assim, os esforços, ainda que tíbios, de governos anteriores para tornar a máquina pública mais enxuta. Ao mesmo tempo em que acelerou as contratações, a equipe de Lula concedeu reajustes acima da inflação. Essa política, cujo intuito ideológico expresso foi fortalecer o estado, resultou na elevação de 54% nas despesas totais com a folha do funcionalismo – um aumento que supera, em termos relativos, qualquer indicador econômico acumulado no período.Quando assumiu o governo, em 2003, Lula herdou um quadro que totalizava 884 000 servidores federais. Agora, o total na ativa dos três poderes – Executivo, tanto civis como militares, Judiciário e Legislativo – já passa de 1 milhão. Em sete anos, o efetivo foi inchado em 153 000 pessoas, gente suficiente para lotar dois Maracanãs, no atual limite de capacidade do estádio carioca. Desde a redemocratização, não houve governante que contratasse pessoal nesse ritmo. Ocorreu um avanço de 17%, num período em que a população do país cresceu 12%. Reverteram-se, assim, os esforços, ainda que tíbios, de governos anteriores para tornar a máquina pública mais enxuta. Ao mesmo tempo em que acelerou as contratações, a equipe de Lula concedeu reajustes acima da inflação. Essa política, cujo intuito ideológico expresso foi fortalecer o estado, resultou na elevação de 54% nas despesas totais com a folha do funcionalismo – um aumento que supera, em termos relativos, qualquer indicador econômico acumulado no período. Sustentar 1 milhão de funcionários federais custa aos brasileiros que pagam impostos 100 bilhões de reais por ano. São 100 000 reais por ano para cada servidor, o que resulta em um salário mensal médio de 8 300 reais – valor superior ao pago a funcionários de qualquer setor produtivo privado. Segundo números do economista Nelson Marconi, da Fundação Getulio Vargas, os servidores federais recebem hoje, em média, o dobro do que ganham trabalhadores em funções semelhantes no setor privado.

Enquanto assistimos progressos por um lado vemos ameaças por outro. O fortalecimento do estado pregado por ideólogos do PT que trabalham no programa da Dilma Russef, provável nova presidente, é preocupante.

Muita da ascensão social com seu efeito positivo no consumo e na economia está relacionada ao aumento do funcionalismo e aos programas sociais. Isso tem efeito positivo temporário. Como dizemos na economia, díficil não é matar o elefante, e sim remover o cadáver. Esta conta pdoe ser paga por futuras gerações. A popularidade de Lula prova muito desta medida, e considero um dos seus méritos a responsabilidade. É bom ficarmos atentos a esta mazela e tomarmos cuidado para não deixar a hemorragia no custeio dos gastos públicos aumentar, principalmente quando a provável e favorita próxima presidente fala em fortalecimento do estado. O equilíbrio está sempre no meio. O que vemos aqui é aburdo e grave erro da administração pública.

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