A vitória no referendo sobre o fim do limite à reeleição na Venezuela coloca o maluco Chávez na ribalta novamente, mas afunda o povo da Venezuela. Clique e leia a matéria da BBC. A vitória dele foi apertada, mas lhe dá cacife para aprontar mais um pouco.
Com 33% de abstenção, Hugo Chávez ganhou de 54% a 45%. Vitória apertada e isso pode limitar as sandices de sua anacrônica revolução bolivariana.
Primeira questão: Porque ele quer se perpetuar no poder? A democracia presupõe alternância de poder, o poder sem limite é combustível para a corrupção, ineficiência e demandos de toda natureza, diga-se de passagem o que não falta na Venezuela. O que quer o coronel presidente? Seguir seu mentor Fidel Castro?
Os programas sociais de Chávez parecem garantir esta parcela do eleitorado. Não é preciso muito raciocínio para saber em qual classe cultural e econômica estão estes seguidores.
A Venezuela passa por problemas sérios. Alavancado no preço do petréoleo, nas nuvens fruto da demanda alucinada pela prosperidade e pela pressão dos derivativos, o coronel fez um estrago, mas segundo matéria na Veja desta semana os problemas são os mesmos de 1998, ano que elevou o filhote de ditador ao poder.
A crise é geral, de desabastecimento, de inchaço de máquina pública, de corrupção e queda nos bons indicadores econômicos. A conta que o povo vai pagar será altissíma, podem anotar ai.
Segundo a Veja desta semana de 1998 para 2008 aconteceu o seguinte lá:Clique no quadro do início para ampliar.
- Redução de 32% na produção de petróleo (ineficiência e corrupão talvez)
- Redução de 77% na entrada de investimento externo (alguém vai investir com um louco destes no poder?)
- Redução em 36% no número de indústrias (falta de credibilidade e políticas populistas)
- Aumento de 10% na inflação (na contramão do mundo que viveu queda de inflação)
- Aumento de 166% na criminalidade (pode ser pelo aumento e excesso das brigadas chavistas)
- Aumento de 108% no déficit habitacional (redução de investimentos)
- Aumento de 175 nos gastos militares (típico de populistas e ditadores)
- Aumento de 50% no número de funcionários públicos (também típico de populistas e ditadores)
- Redução de 23% no empregos industriais (falta de investimento e confiança)
- Aumento de 85% no gastto público (políticas assistenciais e populismo)
Ele sustentou a sua loucura no alto preço do petróleo dos últimos anos. O preço não deve voltar aos níveis que projetaram Chávez. Os problemas, que são muitos, vão recrusdecer, o desabastecimento é só um deles. As bombas relógios destes indicadores econômicos é que vão explodir a combalida Venezuela que ainda enfrenta crise mundial.
Chávez usa reservas internacionais, altas e acumuladas no período da festa na floresta. Uma hora a fonte vai secar, e ai? Aumentar o defícit público será e já deve ser sua opção.
É triste e previsível o desfecho desta história. Me arrepia, mas alguns analistas já falam em inspiração para outros governantes latinos a perpetuação no poder pelo voto direto. ABSURDO! FERE DE MORTE A DEMOCRACIA! Iran, Cuba e outros países deste tipo têm voto direto. Olha lá o que acontece.
Só posso lamentar o destino do povo da Venezuela e vaticinar o final desta história. Sangue à vista. Hugo Chávez vai acabar de destroçar a Venezuela, não vai largar a carniça fácil e depois acusar o inimigo ianque de querer derrubá-lo quando a coisa chegar ao ponto insustentável. Isso se não aprontar alguma confusão militar aqui na América do Sul, pelas sandices ou para mascarar a situação econômica que se avizinha. Alguém quer apostar?
Eu concordo com você, também acho que poder sem limites alimenta a corrupção. Ele é um louco desiquilibrado, quer ser o dono da Venezuela. Para que quer se manter do poder eternamente? Tinha que ser discípulo do Fidel Castro mesmo, viu!!! rs.
ResponderExcluirBeijos