Clique e leia trechos do discurso, em português. Em resumo, as partes que gostei e minhas considerações:
- Ele tenta restabelecer a confiança do povo e do consumidor principalmente. Corretissímo, a crise tem na falta de confiança um dos seus piores componentes.
- Vai cortar despesas de guerras, Iraque e Afeganistão. Estima em US$ 3 trilhões o corte de despesa. Outro ponto correto. O déficit americano é brutal e ele precisa de recurso para investir em infraestrutura e outros segmentos que terão melhor impacto no combate a crise e a recessão que circunda os EUA.
- Ele menciona ajuda ao setor financeiro, mas se defende de medida combatida e impopular, afinal, ajudar banqueiro? É necessária a ajuda para restabelecer a confiança melhorando a oferta de crédito, o sistema americano está falido e precisa ser reestruturado.
- Redução de subsídios às empresas agrícolas. PERFEITO. Um monopólio ajudado pela potência mundial é anacrônico e irreal. Se o setor é incompetente, não merece subsídio, se é eficiente não precisa. Esta é a verdade e há muito isso vem sendo debatido. A medida deve ajudar o Brasil nas comodities.
- Priorizará energia, educação e saúde. Vamos ver os resultados. A questão ambiental está intimamente ligada a saúde e energia e os EUA estão há muito tempo patinando para priorizar uma coisa tão importante quanto a ação para preservar o meio ambiente e o planeta ameaçado, por eles principalmente, os maiores poluidores.
O plano ainda não começou a funcionar de fato, o dinheiro ainda não chegou nas pontas finais, mas é mais um passo este discurso chamando o povo a lide. Uma das saídas da crise é este plano de Obama, portanto vamos torcer, e rezar para que dê certo. Eu acho que as chances são grandes pela resiliência americana, pelo momento, pela esperança e pela competência americana.
Obama termina dizendo que os EUA sairão mais fortes da crise atual do que entraram, foi ovacionado pela eclética platéia. Tomara, a locomotiva mundial pode reverter muito de ruim no mercado rápido. Ben Bernanke, presidente do FED, deu uns pitacos hoje e disse que em 2010 será retomado o crescimento. Defendeu ajuda aos bancos, com certa razão. Ele não pode aparecer muito por enquanto, lembrem-se que ele foi um dos principais atores quando estourou a bomba em outubro passado. O FED é competente, Ben Bernanke também, aprendeu com a lição recente, é especialista em crises, a de 1929 principalmente. Temos que confiar e lhe dar um crédito de confiança.
Vamos confiar neles, até porque não temos muitas outras opções.O mundo é outro, muitas premissas estão sendo revistas, a hora é esta e está começando. Sinto que a inflexão positiva para retomada do ciclo virtuoso está próxima, ou no mínimo, as coisas deixaram de piorar.