segunda-feira, março 05, 2007

O "PIBINHO" e a Criminalidade!

Olhe este quadro constante na matéria abaixo.Clique no quadro e amplie a imagem para ver melhor.

Domingo-04 de Março de 2007 -Trabalhadores de 18 a 24 anos à margem - Jornal o Tempo -
Clique e leia mais - Desemprego entre jovens, o caminho perigoso para o crime.
O nosso "PIBINHO" , como vários economistas estão chamando, é o maior vilão deste país.
Quando perdemos as oportunidades mundiais e só batemos o Haiti com 2,9% de crescimento, a senha está dada. O Brasil precisa crescer pelo menos 3,5% para fazer frente a demanda social, dos entrantes, do crescimento vegetativo. Desde 1986 nossa média é de 2,3% e ai está o o "X" da questão.
Não adianta taparmos o sol com a peneira e fingirmos que distribuimos renda com assistencialismo barato que a sociedade paga sem nada receber em troca.
O jovem desocupado é um marginal em potencial nas grandes cidades e suas periferias. Se o "PIBINHO" pune todos de uma maneira geral, no jovem é pior. Vejam esta matéria a prova do crime que estão cometendo contra o Brasil, os números são claros e perversos. Já esgotei meus argumentos.
Na década de 70 o Brasil experimentou o milagre econômico chegando a crescer 11% ao ano. Escrevi sobre isso - Clique e veja as médias de crescimento passadas.
Mesmo tendo aproveitado pouco por não estar em idade de trabalho, peguei o final do ciclo e com 18 anos, tinha um emprego em Banco, conseguido por mim, pela força do mercado "contratante". Meu salário deu para comprar um carro zero e me divertia a valer. As oportunidades davam aos jovens esperança e vontade de vencer com qualidade de vida material. Me lembro dos amigos ganhando "luvas" para trocar de trabalho. A demanda por profissionais era enorme e os melhores nadavam de braçada escolhendo salário e empresa.
Deixo uma pergunta no ar: Qual o jovem hoje com 18 anos que pode comprar um carro zero com seu salário? Se conhecerem algum, pode saber que a exceção confirma a regra.
Ao invés da discussão estéril e falaciosa de culpar a sociedade pela criminalidade e banalização da violência, os políticos deveriam olhar estes números e enxergar o "link" da questão. A essência do problema está aqui: falta de crescimento e oportunidades.
Os vetores são outros, drogas, impunidade, e talvez a falta de consciência na escolha de nossos dirigentes e governantes.
Se estes jovens estivessem com perspectivas, emprego e oportunidades, iriam para as drogas e marginalidade com a mesma facilidade que vão atualmente?


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